Quis o destino que os manos Santos Cabral fossem notícia na mesma semana, o mano porque é o procurador da investigação que envolve o vice-presidente do PSD, ex autarca da Guarda e deputado europeu Álvaro Amaro na investigação do processo Rota Final, enquanto a mana em boa hora não foi reconduzida no cargo de Procuradora-Geral da República, dedicando-se agora a fazer palestras para dizer que está viva, um pouco à semelhança do seu mentor,~um tal Aníbal que vive algures na Quinta da Coelha.
Acontece que o nosso procurador é o mesmo que esteve no caso Face Oculta e na época constou nas notícias que a família teria festejado com champanhe ou espumante a sentença daquele famoso caso. Desta vez parece terem guardado o champanhe para mais tarde pois o vice-presidente do PSD só não está vendo o sol aos quadradinhos porque o procurador não terá dado seguimento à proposta da PJ de pedir a prisão preventiva do político.
Não sabemos o que a mana terá pensado enquanto falava de corrupção e de uma pescadinha de rabo na boca que é a tentativa de controlar os juízes controlando os magistrados, uma acusação que curiosamente renasceu quando o PSD de Rui Rio, de que o Álvaro Amaro é vice-presidente fez propostas neste domínio. Mas certamente não era no PSD que a Dra. Joana estava a pensar quando fez a sugestão dessa ambição de políticos tenebrosos.
Enfim, é uma pena que a ex-procuradora nunca mais se tenha dedicado as suas atenções às questões da proteção das crianças, um tema que faziam contar que lhe era muito querido, ainda antes de ganhar fama como a grande padeira de Aljubarrota do combate à corrupção. E é uma pena porque ainda era Procurador-Geral e ficámos com a impressão de que um gato lhe comeu a língua.
Mas a declaração mais importante é que com o dinheiro que Portugal perde com a corrupção cada português comeria 446 Big Macs por ano. Não sabemos se estava fazendo propaganda à Mac Donald´s. agora que o BES já não patrocina as iniciativas do seu sindicato. Mas convenhamos que se todos comêssemos tanto Big Mac até a Dra Joana ficava com a fama de ser uma rapariga elegante.