Marcelo Rebelo de Sousa teve
um momento de comentador da TVI24 e decidiu chumbar Mário Centeno, em
público e em direto se sem qualquer direito de ir à oral. Logo ali decidiu que
o Costa foi um excelente aluno com nota para quadro de honra, o cábula era
outro.
Começa a ser tempo de o Presidente da República perceber que
Portugal tem um estado de direito e que nesse estado há competências, pelo que começa
a ser cansativo considerar que os bitaites do Presidente da República entra em
vigor ainda antes de o último perdigoto cair no chão, para não falar daqueles
que ficam em suspensão, ainda que a Dra. Graça Freitas aguarde por mais uma
evidência científica robusta.
António Costa parece desconhecer as normas do OE e não deve
ter ideia do contrato assinado pelo Estado aquando da venda do Novo Banco, ou
se tem deve achar mais importante passar a mão pela pele da Catarina do que
dizer que o Estado está vinculado aos contratos que assina. Isto de andar de
visita em visita, transformando cada covid num voto prometido nas sondagens não
o dispensa de telefonar aos ministros de vez em quando.
O lidere da oposição teve mais olhos do que barriga, logo
ele cuja primeira missão foi arranjar um Mário Centeno do PSD, pediu a cabeça
do ministro, quando podia muito bem telefonar ao Passos Coelho ou à Maria Luís
para se inteirar do que assinaram por baixo, garantindo que o Estado português
não meteria um tostão, lembram-se?
Isto é, se há uma crise política por causa dos 800 milhões
quem se deveria demitir não é o Mário Centeno, porque é o único que nesta
parada de malucos tem o passo certo. Mas como seria um exagero demitir Marcelo,
Costa e Rio, o melhor é que se calem e deixem de mandar perdigotos para o ar, não
vá o país ter um covid 20 com coronavírus da imbecilidade nacional e depois
ficamos todos parvos e confinados.