Confesso que desde que o OE me começa a ser indiferente pois
dali nada vem a não serem aumentos de impostos. Desta vez parece que nem os
cães e gatos se vão escapar de maus uma tachinha, fazendo lembrar um tal
António Costa que em tempos criou a expressão “taxas e tachinhas”.
Curiosamente é o mesmo António Costa que em tempos disse que
se “se o PS pensar como a direita, acabará por governar como esta”. É também o líder
do mesmo PS que criticou o aumento do IVA sobre o gás e a eletricidade.
Mas quando ouço António Costa dizer que não lhe podem pedir
para governar com o programa dos outros recordo-me que o argumento nada tem de
novo, foi usado por Passos Coelho a seguir às eleições legislativas de 2015.
Um OE é um OE e mais défice menos défice não diferem muito
uns dos outros, da mesma forma que demagogia à parte em matéria orçamental os
ministros das Finanças ou os primeiros-ministros são todos muito parecidos nas
medidas e nos argumentos.
Há apenas uma coisa que eu gostaria de ver alterada neste
OE, que fosse eliminado o aumento de 03% dos vencimentos dos funcionários públicos.
Porque tal percentagem não é um aumento mas sim uma humilhação e posso perdoar
tudo a António Costa, mas não lhe admito que goze com as pessoas.