quarta-feira, novembro 11, 2020

OBRIGADO RUI RIO

O argumento de Rui Rio para justificar a aliança de um partido que se diz social-democrata com um partido da extrema-direita é um atentado à inteligência. Usando uma linguagem vulgar o Rui Rio diz que ainda não se tornou num gigolô, o que fez foi o que toda a gente faz, perdeu a virgindade e não vê qual o inconveniente em tê-lo feito com o Chega. 

Segundo esta lógica o PAN, que ´+e tido como um partido de esquerda, seria um forte aliado dos nazis pois é sabido que Hitler era vegetariano e adotou leis de proteção dos animais que fariam inveja a muitos países ditos muito civilizados. O líder do PAN poderia muito bem explicar que não apoiava o extermínio dos judeus, dos opositores do nazismo, dos ciganos ou dos republicanos espanhóis, apena tinha feito um acordo no domínio da proteção do ambiente e dos animais. 

A explicação do Rui Rio de que o Chega apoia as suas bandeiras é ridícula, o líder do PSD sabe que quando fala em reduzir deputados ou cortar nos malditos apoios osiciais está a fazer suas duas bandeiras da extrema-direita. Por mais pacóvio que seja ele sabe que a redução de alguns deputados e o corte nos subsídios não passam de medidas senm qualquer impacto na sociedade ou economia, são apenas idiotices para ganhar votos de idiotas que acham que é capando, cortando subsídios e dando facadas no parlamento que se atinge a democracia. 

Mas há uma coisa que devemos agradecer a Rui Rio, finalmente um líder do PSD assumiu a matriz ideológica que todos eles defendem em privado, ainda que em público venham com a pantomina do partido de esquerda ou do centro direita. O PSD é um partido da direita e é natural que entre o PSD e o CHEGA o denominador comum sejam estas duas bandeiras que os uniu nos Açores. 

Agora está tudo claro e a Catarina Martins fica a saber que governo está a escolher quando decidir derrubar um governo de esquerda só porque quer subir dois pontos na votações, comportando-se como um especulador da bolsa que de vez em quando vende as ações para realizar os ganhos. 

Nunca tivemos tão bons motivos para agradecer ao Rui Rio, nunca a política portuguesa ficou tão clara.