No país em que todo um povo sofre uma dose suplementar de
austeridade brutal desnecessária e perversa porque um primeiro-ministro imberbe
e irresponsável decidiu castigar os portugueses da Metrópole porque terão gasto
em demasia é imoral que o ministro dos Negócios Estrangeiros tenha beneficiado
de um negócio à margem das regras do mercado e tenha ganho centenas de milhares
de euros que estão sendo pagos pelos mais pobres.
A verdade é que os dinheiros fáceis ganhos por algum dos
nossos políticos, mais fácil do que o ganho pelas putas, vai ser pago com o
despedimento de funcionários públicos. São quinhentos mil euros e é fazer uma
contas para se perceber que dezenas de famílias vão perder a forma de vida para
que os Machetes possam ser ricos ou ainda mais ricos. É imoral que alguém que
já se devia ter retirado da política considere podridão de terceiros a
discussão das suas formas de ganhar dinheiro fácil.
O governo que começou por inventar esqueletos no armário e
que perante as dúvidas não hesitou no recurso à mentira manhosa e maldosa
deveria ter o cuidado de arregimentar gente lavadinha, sem cheirar a lixo
tóxico. É uma prova de falta de respeito pelo país e de burrice a contratação
de um secretário de Estado que se dispôs a ajudar um governo a viciar as contas
públicas, para enganar o país e a União Europeia.
Este senhor não passa de um pequeno bandido que já deveria
estar a contas com a justiça pela tentativa de burla que protagonizou. Mas em
Portugal estes rapazolas que ganham fortunas na banca são pequenos deus para
jotas imbecis doutorados na universidade de Castelo de Vide, para não referir a
mais etílica universidade de Verão de Porto Santo.
Mas parece que o país assiste a uma reedição do Ali Baba e
os Quarenta Ladrões, só ainda não se percebeu bem se o governo já conseguiu
reunir os quarenta ladrões ou se já ultrapassou este número.