O caso dos ativistas russos envergonha-nos e mostra como na Administração
Pública (como em toda a sociedade) há idiotas em lugares chaves. É evidente que
o caso tem dimensão política e justifica um pedido de desculpas. Foi o que o
presidente da CM de Lisboa fez, fê-lo em nome da CM dando a cara pias asneiras
dos seus funcionários.
O presidente da CM deveria ter corrigido a situação muito
antes? É óbvio que sim, mas também é óbvio que nem vereadores, nem deputados
municipais da oposição podem dizer que nada têm que ver por não terem funções
executivas. A verdade é que os políticos das autarquias estão especializados em
matérias que dão votos, não é o caso desta.
Os responsáveis pelos serviços envolvidos nas manifestações deverão
ser, em princípio, formados em direito. É incrível como chefes de divisão e diretores
de serviços, exercem funções tão críticas e nem sequer repararam que estavam borrando
em cima de todos os valores éticos, legais e constitucionais.
Se sempre que um funcionário comete um erro administrativo o
secretário de estado, o ministro, o primeiro-ministro ou o Presidente da
República devessem apresentar a demissão, o melhor seria entregar o país aos
cuidados do Reino de Espanha.
Até ao momento só vimos oportunismo e patetices da parte do
Carlos Moedas, embirra com bicicletas, tem um outdoor que ninguém entende,
convidou todos os virologistas que apareceram na televisão e parece que quer ganhar
por falta de comparência, já que basta encontrar uma pedra solta na calçada
para exigir a demissão do Medina.
Quando tinha centenas de milhões para investir, contava com
a luxuosa máquina da Comissão Europeias e os muitos lambe cus da nossa
sociedade o homem é brilhante. Agora que só conta com ele e com a máquina do
PSD, até parece o Diácono Remédios a fazer nudismo na Praia do Meco, despido
não tem por onde se pegar.
Um jeito manso