domingo, junho 20, 2021

PERPLEXIDADES COVIDIANAS

Quando se esperava que o alvo das estratégias de comunicação fossem os jovens, eis que se faz saber que há doentes graves que tinham sido vacinados, A mensagem subliminar é evidente, os vacinados devem ter tanto cuidado como deveriam ter se não foicem vacinados. Compreende-se, é preciso assustar os vacinados para que se mantenham firmes no cumprimento das regras, como se estivessem ainda em março do ano passado. 

E desta forma só falta dizer aos jovens que não deixem de ir a farras, a covid-19 é um problema de velhos e a esses nem a vacina lhes vale. Enfim, parece que ao divulgar números de vacinados com doença grave, quando noutros países se aligeiram as medidas, as autoridades são mais eficazes do que os negacionistas que se recusam a receber a vacina. Talvez os jovens, tenham razão, a contaminação em festas é mais eficaz do que as vacinas, ganham-se umas feris em casa e não é preciso esperar meses para receber a segunda dose. 

Há poucos dias Portugal e os seus governantes revoltaram-se contra os ingleses, como não se via desde o tempo do mapa cor-de-rosa. Não só se protestou como se ridicularizou as autoridades britânicas, desde políticos a ingleses asseguraram que o argumento da variante indiana não fazia qualquer sentido, que só tinham sido registados meia dúzia de casos e estavam sob controlo. 

Poucos dias depois de os ingleses terem fugido, eis que a variante indiana é dominante e justifica o descontrolo de uma pandemia que parece estar a provocar uma quarta vaga, Enfim, em janeiro a culpa da terceira vaga era da variante inglesa. Qual será a variante que desencadeará a quinta vaga?