quinta-feira, setembro 28, 2023

A ‘PORTA DO INFERNO’ TUGA

 



Depois de uma nacionalização rocambolesca parece que a TAP enquanto dor de cabeça nacional vai continuar e esperemos que não ocorra outra pandemia porque o mais certo é voltarmos a ouvir vozes sugerindo nova nacionalização com o consequente investimento de mais uns quantos milhares de milhões para este “Cratera de Darvaza nacional.

Enquanto a cratera de Darvaza, conhecida por Porta do Inferno, se localiza no Turquemenistão, queimando gás natura, a TAP fica em Portugal e a sua chama deve-se a queimar permanentemente euros.

A não ser que a participação do Estado se fique por uma quota simbólica, para manter uma posição na gestão da empresa, sem que tal represente uma golden share, é óbvio que a instabilidade da empresa continue. Por exemplo, os seus trabalhadores continuarão a ver no Orçamento o saco azul a que se dirigem as reivindicações e continuaremos a ter greves na Páscoa, no Natal e no início do verão.

É pouco provável que um grande grupo do setor da aviação esteja interessado em investir numa empresa, em cuja gestão estará sendo sistematicamente pressionada por governos e partidos, até por autarcas que sofrem de “regionalite aguda’ com posições errática sobre a empresa e obedecendo mais a estratégias eleitorais, muita vezes alimentadas por raciocínios populistas.

Basta olharmos para o que aconteceu na Comissão Parlamentar de Inquérito e a forma como o Governo tratou a ex-presidente da empresa, para concluirmos que um administrador de uma grande companhia aérea que esteja nas suas plenas capacidades, não esteja disposto a aturar o André Almeida ou as perguntas humorísticas de alguns deputados.

Enfim, parece que querem privatizar a TAP, mas não querem deixar de poder voltar a mandar nela.