Ia caindo de cu quando vi que um dos magistrados que foram
eleitos para os órgãos dirigentes do SCP era o nosso incansável e inenarrável
Palma, uma personagem muito conhecido na democracia portuguesa e que teve uma
intervenção ativa na política portuguesa, à frente de um sindicato que chegou a
ser patrocinado pelo Dono Disto Tudo.
Explica o inenarrável Palma que a sua presença na liderança
do clube era uma espécie de garantia de justiça, como se Alvalade fosse uma
espécie de Boa Hora. Sejamos honestos e esqueçamos essa treta da verdade
desportiva, do ecletismo e de outras coisas, na perspetiva de um qualquer
burro, pouco importando se mirandês ou branco, o que cheia ali para os lados de
Alvalade, como cheira na Luz ou nas Antas, é a palha, a muito e boa palha, uma
palha saborosa e nutritiva que atrai notáveis com o mesmo poder que a merda
atrai as moscas.
A presença de magistrados nos clubes é uma vergonha para os
clubes e para a magistratura, pouco importa se estão jubilados porque eles até
com demência continuam magistrados e por isso até têm direito a subsídio de
residência, não vá o tribunal fica longe de casa. Não há como explicar a sua
utilidade a não ser que sirvam para influenciar, já que para julgar ou acusar
o Bruno de Carvalho qualquer oficial de justiça serviria.
Como explica que num país com tão poucos juízes, onde os processos
se arrastam por décadas exista uma tal concentração de magistrados por metro
quadrado? Num tempo em que os clubes tentam destruir os adversários nos
tribunais porque não o conseguem fazer nos relvados, mandaria o bom senso que
os juízes ficassem longe da mesa dos rissóis da bancada central.