quinta-feira, março 12, 2020

|ESTÁ TUDO GROSSO?|


Quando o país mais precisava de um Presidente da República eis que Marcelo decide dar um exemplo, achou que se tinha cruzado com uma primo de uma sobrinha de um conhecido de um contaminado de Felgueira e impôs a si próprio uma quarentena, durante a qul lhe levam tudo a casa e quando sente saudades de dar ao badalo para o país o ouvir vai à varanda das traseiras onde, coincidência das coincidências, está uma jornalista à espreita.

O bom exemplo que Marcelo poderia ter dado desde há muito tempo era de higiene, pondo fim a essa treta populista do presidente dos afetos, que o leva a beijar tudo e todos, transformando a sua cara no maior jardim zoológico de bacilos vírus, fungos, bactérias e tudo o mais que se mede em microns.

Mas é para vir dizer que está vendo o que o governo faz, assegurar que vai pedir contas, visitar doentes ou fazer boletins clínicos como se tivesse tirado um curso de medicina e a especialidade em saúde pública enquanto esteve de quarentena, o melhor é voltar a dar o exemplo e voltar para quarentena, mas desta vez uma quarentena de quarenta dias, talvez o país regresse a alguma normalidade informativa.

E enquanto o presidente está de quarentena vamos assistindo ao espetáculo proporcionado pelas conferências de imprensa da ministra e da diretora-geral. Só é pena que lá não apareça sempre aquele senhor com cara de pau que finalmente percebi que era secretário de Estado da Saúde, bem como a colega Jamila, a senhora da JS que tanto poderia ter ido para adjunta e da Saúde como para a agricultura, porque quem não sabe de nada serve para tudo.

Ver a senhora diretora-geral dedicar a sua maior intervenção à defesa corporativa dos médicos do hospital de Santa Maria, cuja competência ou honorabilidade ninguém questionou foi deprimente. A verdade é que não há como explicar como é que duas pneumoniass com COVID-19 se “escaparam” quando basta espirrar e ter um primo italiano para ir logo fazer companhia ao Marcelo.

Por favor, metam ordem na casa, deixem-se de gestão da imagem e enfrentem o problema com seriedade e segurança, transmitindo confiança aos portugueses. Deixem-se de palhaçadas e façam um bom programa televisivo explicando a todos as medidas preventivas que devemos adotar.