Quando o país mais precisava de um Presidente da República
eis que Marcelo decide dar um exemplo, achou que se tinha cruzado com uma primo
de uma sobrinha de um conhecido de um contaminado de Felgueira e impôs a si
próprio uma quarentena, durante a qul lhe levam tudo a casa e quando sente
saudades de dar ao badalo para o país o ouvir vai à varanda das traseiras onde,
coincidência das coincidências, está uma jornalista à espreita.
O bom exemplo que Marcelo poderia ter dado desde há muito
tempo era de higiene, pondo fim a essa treta populista do presidente dos
afetos, que o leva a beijar tudo e todos, transformando a sua cara no maior jardim
zoológico de bacilos vírus, fungos, bactérias e tudo o mais que se mede em
microns.
Mas é para vir dizer que está vendo o que o governo faz,
assegurar que vai pedir contas, visitar doentes ou fazer boletins clínicos como
se tivesse tirado um curso de medicina e a especialidade em saúde pública
enquanto esteve de quarentena, o melhor é voltar a dar o exemplo e voltar para
quarentena, mas desta vez uma quarentena de quarenta dias, talvez o país
regresse a alguma normalidade informativa.
E enquanto o presidente está de quarentena vamos assistindo
ao espetáculo proporcionado pelas conferências de imprensa da ministra e da
diretora-geral. Só é pena que lá não apareça sempre aquele senhor com cara de
pau que finalmente percebi que era secretário de Estado da Saúde, bem como a
colega Jamila, a senhora da JS que tanto poderia ter ido para adjunta e da Saúde
como para a agricultura, porque quem não sabe de nada serve para tudo.
Ver a senhora diretora-geral dedicar a sua maior intervenção
à defesa corporativa dos médicos do hospital de Santa Maria, cuja competência
ou honorabilidade ninguém questionou foi deprimente. A verdade é que não há
como explicar como é que duas pneumoniass com COVID-19 se “escaparam” quando
basta espirrar e ter um primo italiano para ir logo fazer companhia ao Marcelo.
Por favor, metam ordem na casa, deixem-se de gestão da
imagem e enfrentem o problema com seriedade e segurança, transmitindo confiança
aos portugueses. Deixem-se de palhaçadas e façam um bom programa televisivo explicando
a todos as medidas preventivas que devemos adotar.