Tanto quanto se sabe o Presidente da República não esteve em
contacto com algum doente portador do coronavirus, da sua agenda fez parte um encontro
com uma turma do ensino secundário, numa sala pequena, apinhada de gente. A própria
Presidência da República esclareceu que o estudante de Felgueiras infetado com o
coronavirus não era portador do vírus.
Marcelo decidiu dar o exemplo e ficou na sua casa de
quarentena. Será que o exemplo de Marcelo é para seguir?
Vejamos a primeira parte do bom exemplo de Marcelo, num
contexto em que se deve evitar o contacto a Presidência da República organiza
eventos com salas apinhadas de gente. Apesar dos seus 70 anos Marcelo não
prescinde da sua mania da beijoquice e só não foi para mais uma imensa sessão
de beijocas, porque com a sua quarentena acabou por não ir à Procissão dos
Passos.
Este comportamento é um bom exemplo do que um septuagenário
não deve fazer. Vejamos, então, a segunda parte.
Marcelo não esteve em contacto com nenhum doente, esteve
numa sala onde estava jovens de uma escola com milhares de alunos, um dos quais
se veio a revelar portador do vírus e só por isto o Presidente da República
decidiu ficar de quarentena e fazer análises.
Se todo o país seguisse este exemplo estaria de férias até
passar a epidemia e teríamos de contratar uma boa parte dos laboratórios
europeus para fazer tanta análise.
Enfim, seria bom que Marcelo desse bons exemplo de como
evitar o contágio em vez de andar a fazer boletins clínicos e a dar exemplos
destes.