Há críticas a fazer? Há.
Mas a hora, como diria o nosso estimado Cavaco Silva que
parece que perdeu o pior, é de deixar trabalhar. Por maiores que sejam as
dúvidas é a hora de deixar trabalhar quem o faz todos os dias e muito para além
do que pode ser considerado normal. Por isso não há aqui qualquer crítica às
pessoas que dando a cara ou trabalhando nos bastidores.
Estou em casa e não me passa pela cabeça criticar seja quem
for que está a correr riscos e a dar o seu melhor para que eu e muitos outros
estejamos com alguma tranquilidade a esperar que isto passe. Mais competentes
ou menos competentes, devo-lhes pelo menos isto. E não tenciono ir para a
janela prestar homenagens a médicos e enfermeiros, preferia não assistir a
cenas como alguém protestar porque uma enfermeira usou o seu estatuto de
cliente prioritária na fila do supermercado.
É assim, qualquer idiota diz que paga impostos para os outros
ganharem enquanto enfermeiros, como se os ordenados dos enfermeiros, médicos ou
qualquer outro funcionário fossem gorjetas e não a remuneração de trabalho
prestado. Assim o nosso bom povo, tem uma elevada percentagem de idiotas e
vemos isso nos dias que passam.
Mas se os idiotas fazem questão de não ficarem calados a
verdade é que nos dias de hoje a regra é mesmo o silêncio, deixei de ouvir
aviões e a cidade deixou de ser ruidosa, consigo ouvir os pássaros e desde os
tempos em que ia para a aldeia da minha avó que não sentia tanto silêncio.
Agora só falta ver a Via Láctea parta pensar que estou na Junqueira.