“Ministra do Mar fora do Governo? Não percebo nada disto!
Afinal quem 'faz acontecer' e apresenta resultados é retirado do jogo? O mais
importante devia ser a competência e o trabalho apresentado e não as relações
familiares. Da nossa parte, um agradecimento muito especial à Ministra do Mar,
Ana Paula Vitorino, pelo empenho na defesa da nossa causa e pela
responsabilidade a nós atribuída. Vamos fazer tudo para levar o barco a bom
porto."
Este é o texto de um post colocado esta quarta-feira no
Facebook por uma ativista ambiental da ilha da Culatra (Algarve). Um texto em
que se crítica o primeiro-ministro pelo facto de não ter reconduzido Ana Paula
Vitorino no cargo de ministra do Mar. E que, cerca de uma hora depois de ter
sido colocado online (em modo aberto), foi partilhado na mesma rede social (e
também em modo acessível a todos) por Eduardo Cabrita, marido de Ana Paula
Vitorino - e que Costa reconduziu como ministro da Administração Interna.” [DN]
Como era de esperar a ex-ministra do Mar não gostou nada de
ser substituída e logo apareceram apoiantes, curiosamente de Olhão, reino do
seu file escudeiro José Apolinário, fazendo comentários em defesa da sua
grandiosa obra, que o seu querido e doce marido se apressou a partilhar no
Facebook.
A pobre senhora não percebe porque motivo foi dispensada e reage
com bazófia, dizendo que com ela a economia do mar duplicou o peso. Isto é, sem
lhe conhecermos grandes medidas eis que por sua obra e graça a economia do mar
duplicou. Não foi a globalização que favoreceu o porto de Sines, não foi o crescimento
das exportações que aumentaram o m0vimento de todos os postos, não foram os investimentos
públicos e privados, que se realizariam mesmo sem ela, que promoveram o
crescimento económico do setor, foi o seu brilhantismo.
Se calhar este crescimento resultou de obras como a sua
visita técnica ao farolim do molho do Guadiana ou os estudos da treta pagos a
peso de ouro pelo seu amigo Luís Gomes, o autarca que mais arruinou uma
autarquia do nosso país, e um dos maiores velhacos da política autárquica do
PSD que o país conheceu.
É pena que esta senhora não tivesse sido demitida no dia em
que o Público divulgou os seus negócios em VRSA, talvez agora estivesse
caladinha. É uma pena que a justiça não tenha investigado este negócio, para
ver se o seu marido partilhava as notícias no Facebook.