O que mudou na ciência médica e nas evidências científicas
para que de um dia para o outro vejamos ministros a usar máscaras e governante
a sugerir a utilização de máscaras comunitárias? Nada, rigorosamente nada.
Antes da pandemia chegar a Portugal já tinha percorrida
muitos países, antes de Portugal passou pela Ásia, pelo Irão, pela Itália, França
e Espanha e mesmo por países nórdicos como a Noruega. Poderíamos ter aprendido
muito, mas não aprendemos nada e se não fossem as imagens dramáticas que nos
chegavam da Itália e da Espanha e muito provavelmente teríamos de passar pelo
mesmo.
Temos uma das maiores industria têxteis da Europa que já
poderia ter inundado o mercado de máscaras comunitárias. Mas não, alguém
insistiu teimosamente em ser coerente com as primeiras opiniões erradas que deu
e enquanto em todo o mundo se usa máscara por cá andámos de conferência de
imprensa em conferência de imprensa desvalorizando o uso de máscaras, lançando um
estigma a quem as usava e até mesmo comentando o seu uso com sorrisos cínicos.
Agora parece que é mesmo aconselhável e até já se diz que a
sua utilização deverá ser obrigatória em espaços fechados. Pois, já devia ter
sido obrigatória desde o primeiro dia, foi um absurdo termos visto pessoa nos
hipermercado, pedreiros, motoristas e muitos outros profissionais não protegerem
os outros da eventualidade de estarem contaminados, usando uma simples máscara.
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Quantos profissionais dos lares de terceira idade teriam escapado
à contaminação, quantas pessoas que trabalham na construção civil, na distribuição
alimentar e em muitos outros setores teriam evitado a contaminação. Quanto
custou ao país em vidas e em recursos esta teimosia? Não teria sido mais
inteligente ter tornado o seu uso obrigatório dando logo indicações à indústria
têxtil?