Desde há alguns dias que a DG Saúde recorre à expressão “evidências centíficas” para fundamentar todas as posições que assume. Compreende-se, passados mais de três meses de pandemia que de evidência em evidência tudo o que se diz num dia é desmentido uns dias depois.
A primeira evidência científica era a de que este coronavírus dificilmente era transmissível de pessoa para pessoa, podíamos estar tranquilos porque a moléstia dificilmente poderia chegar cá. Não se entendia como é que na China os infetados se multiplicavam de um dia para o outro sem transmissão pessoa a pessoa. Provavelmente na China era uma versão asiática do filme “Os Pássaros” de Alfred Hitchcock, com as aves a serem substituídas por morcegos.
Era mais do que óbvio, apesar das evidências científicas, que tinha de haver contágio pessoa a pessoa da mesma forma que haviam sérios motivos para recear que a epidemia poderia dar lugar a uma pandemia. Mesmo assim preferiram a evidência científica.
Quando perceberam que havia contágio pessoa a pessoa explicaram que eram só as gotículas, vulgo perdigotos, bastando espirrar para o cotovelo e ficar a uma metro. Depois o metro passou para dois metros, agora já admitem que nem todos os perdigotos são projetados para o chão pela força da gravidade, agora descobriram que há aerossóis.
Quantas pessoas ficaram infetadas porque acreditaram, nas sucessivas evidências científicas?
Começa a ser óbvio que em vez de coinfiarmos nas tais evidências o melhor é seguir o provérbio popular segundo o quel "cuidados e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém".