Há muito que se percebeu que o governo de António Costa é o
Centeno e mais três ou quatro, os restantes ministros não contam para nada e o
seu desempenho não vale muitos votos. Todavia, há uma mania em Portugal de que
o primeiro-ministro parece ser um partidários que leva a que os governos só in
extremis promovam remodelações ou mesmo a substituição de um ministro caído em
desgraça.
Vimos isso com uma
ministra da Administração interna e voltámos a ver agora com o ministro da
Defesa. Parece óbvio que o ministro foi alvo de uma cabala de uma direita
militar que parece não olhar a meios, mas na verdade há muito que a saída do
ministro era evidente. António Costa poderia ter evitado um processo dolorosos,
mas opotu por fazer como já tinha feito com a ex-ministra da Administração
Interna, esperou até ao limite.
Também era óbvio que com a trapalhada do INFARMED o ministro
da Saúde era um elo fraco do governo, a sua comunicação tem sido desastrosa,
permitindo que a direita use o argumento do desinvestimento na saúde. Mas os
ministros que deveriam ser remodelados não ficam por aqui, um exemplo disso é a
ministra do Mar, uma ministra muito fraquinha, que se apoia num tal Apolinário
que chegou a ser o escolhido por passos Coelho para presidir à Docapesca, uma
empresa por onde passam alguns negócios imobiliários muito estranhos.
António Costa poderia ter ido mais longe nesta remodelação,
afastando qualquer possibilidade de voltar a mexer no governo e relançando o
governo para este último ano e já a pensar na próxima legislatura. Foi uma
remodelação poucochinha.