quarta-feira, setembro 30, 2009

Quem são Ali-Babá e os quarenta ladrões?

Os maiores problemas do país não são os sentimentos do assessor de imprensa de Cavaco Silva ou saber se José Sócrates roubou a receita dos carapaus alimados à dona Maria graças às vulnerabilidades da rede informática de Belém. Os problemas do país são a crise económica e os processos judiciais em curso que puseram em causa a confiança dos portugueses nos seus políticos.

Se a crise económica será superada com o tempo, o mesmo não de pode dizer de processos judicias como os do casos Freeport e do BPN e agora o dos submarinos de Paulo Portas. Quando nunca mais falou do Freeport, se esqueceu o BPN o Ministério Público veio dar de uma gestão democrática das investigações e relançou as investigações do negócio dos submarinos. Só que a comunicação presidencial teve o mérito de fazer esquecer tudo, desde o desemprego até aos mais de dois mil milhões de euros que roubaram no BPN.

Só que não serão as diatribes sentimentais do Fernando do Lima que farão os portugueses esquecerem-se de exigir as conclusões das investigações ao caso Freeport que tanto foram usadas para tentar destruir José Sócrates e muito menos os muitos milhões de euros que roubaram no BPN.

Se em relação ao caso Freeport os portugueses ficaram a saber de tudo, só lhes escapou a cor das cuecas dos investigadores porque isso não constava nas folhas numeradas do processo, já em relação ao BPN se mantém uma nuvem de fumo tornando este processo opaco. Já nem vale a pena falar da famosa Operação Furacão, foi tratada segundos critérios meteorológicos e parece que de grande tempestade passou a brisa suave à medida que se aproximou da costa.

Os portugueses querem saber quem são o Ali-Babá e os quarenta ladrões no caso BPN, foram mais de dois mil milhões de euros (para não contar com os prejuízos que Cavaco disse ter tido, bem como de outros cidadãos igualmente descuidados) que desapareceram e toda a gente sabe que ninguém mandou por engano as barras de ouro pelo esgoto. Os portugueses querem saber se alguma campanhaeleitoral para a eleição de órgãos de soberania, desde a Presidência da República à mais pequena junta de freguesia, ou mesmo para a escolha de líderes partidários foi financiada com dinheiro "sujo" do BPN.

Quem ganhou com negócios de aplicações financeiras com preços fixados arbitrariamente por gestores como Oliveira e Costa? Quem recebeu crédito a descoberto? Quem esteve envolvido em negócios em off-shores do banco? Quem Beneficiou de assessorias e outras formas de receber dinheiro fácil do banco?

Os portugueses querem saber quem ficou com o dinheiro que saiu do banco e foi reposto com o dinheiro dos contribuintes. Querem saber se políticos no activo ou na reforma, titulares ou não de cargos de soberania, titulares de cargos unipessoais ou meros membros de juntas de freguesia beneficiaram, roubaram ou de alguma forma viram a sua fortuna aumentar graças à fraude no caso BPN. Os portugueses querem saber que políticos estiveram envolvidos nos negócios duvidosos do BPN.

E não o querem saber apenas por causa dos mais de dois mil milhões de euros, querem que todos os intervenientes sejam identificados para nos certificarmos que as manobras políticas são motivadas pela preocupação pelo interesse nacional ou para criar condições para abafar o Caso BPN e, desta forma, salvarem o Ali-Babá e os quarenta ladrões.

Dois mil milhões de euros é muito dinheiro, é infinitamente mais do que alguma vez poderão ter sido usados como luvas no caso Freeport. É por isso que não se entende porque razão houve tanta excitação com o caso de Alcochete e no Caso BPN parece que o malandro foi Vítor Constâncio. Os próprios sindicalistas do Ministério Público desdobraram-se a exigir meios para investigar o Caso Freeport e em relação ao Caso BPN, de muito maiores dimensões, bem mais complexo e sem ajuda da polícia do Reino Unido ninguém exigiu que fossem usados os meios adequados e proporcionais.

Aliás, mesmo sem meios o Ministério Público parece estar empenhado agora no dos submarinos. Esperemos que não seja à custa da conclusão do Caso Freeport e à custa da investigação do Caso BPN. Concluam o Caso Freeport para sabermos a verdade sobre este caso, os submarinos podem esperar já que o caso permaneceu no fundo do mar durante vários anos e investiguem o Caso BPN. O bilhete pago pelos portugueses foi demasiado caro parque que agora não tenham direito a um lugar na primeira fila para assistir ao "espectáculo".

Pior a emenda do que o soneto

Vejamos a comunicação de Cavaco Silva:

«1. Durante a campanha eleitoral foram produzidas dezenas de declarações e notícias sobre escutas, ligando-as ao nome do Presidente da República e, no entanto, não existe em nenhuma declaração ou escrito do Presidente qualquer referência a escutas ou a algo com significado semelhante.

Desafio qualquer um a verificar o que acabo de dizer.

E tudo isto sendo sabido que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que só o Presidente da República fala em nome dele ou então os seus chefes da Casa Civil ou da Casa Militar.»

O que Cavaco diz é verdade, mas o facto é que apesar de poderem provocar uma grave crise institucional o PR nunca desmentiu as notícias, chegou a insinuar que eram lançadas por quem queria desviar a atenção de problemas como o desemprego, mas nunca desmentiu. Com o silêncio Cavaco promoveu a especulação e consolidou as suspeitas ao ponto de se terem transformado em bandeira eleitoral do PSD.

Cavaco não só não desmentiu s notícias como permitiu que as falsas suspeitas lançadas pelo Público fossem transformadas em discurso político por Manuela Ferreira Leite.

Em bom português “quem cala consente”, foi isso que cavaco Silva fez até ao momento em que o Diário e Notícias reproduziu o famoso mail entre jornalistas do Público.

«2. Porquê toda aquela manipulação?

Transmito-vos, a título excepcional, porque as circunstâncias o exigem, a minha interpretação dos factos.

Outros poderão pensar de forma diferente. Mas os portugueses têm o direito de saber o que pensou e continua a pensar o Presidente da República.

Durante o mês de Agosto, na minha casa no Algarve, quando dedicava boa parte do meu tempo à análise dos diplomas que tinha levado comigo para efeitos de promulgação, fui surpreendido com declarações de destacadas personalidades do partido do Governo exigindo ao Presidente da República que interrompesse as férias e viesse falar sobre a participação de membros da sua casa civil na elaboração do programa do PSD (o que, de acordo com a informação que me foi prestada, era mentira).

E não tenho conhecimento de que no tempo dos presidentes que me antecederam no cargo, os membros das respectivas casas civis tenham sido limitados na sua liberdade cívica, incluindo contactos com os partidos a que pertenciam.

Considerei graves aquelas declarações, um tipo de ultimato dirigido ao Presidente da República.»

Qual manipulação? quem manipulou não foram os jornalistas que reproduziram as notícias que iam saindo no Público, os comentadores que fizeram as análises das mesmas ous o partido político visado pelas insinuações. Quem manipulou foi o assessor do Presidente, os jornalistas do Público e quem, com um silêncio premeditado e comprometedor, permitiu que as dúvidas se instalassem nos portugueses.

Se Cavaco considera que os seus assessores podem assessorá-lo de manhã e à tarde ajudarem a Dra. Manuela Ferreira Leite tudo bem, mas não vale a pena invocar os presidentes anteriores pois não há memória de os seus assessores terem sido notícia por estarem envolvidos em processos eleitorais, isso é um exclusivo da sua casa civil. Nem no tempo de Eanes, quando a esposa de um Presidente no pleno suo dos seus direitos de cidadania ajudou a fundar o PRD foi notícia o envolvimento de assessores e muito menos na criação de factos falsos.

Mas se acha que os seus assessores podem fazer o que querem porque razão lhes perguntou se a notícia era verdadeira?

Não foi a primeira vez que os assessores de Cavaco Silva foram notícia pelo seu envolvimento nas actividades do PSD, o Expresso chegou a noticiar a colaboração de assessores de Belém na eleição de Manuela Ferreira Leite. Porque razão nessa ocasião a Presidência da República desmentiu a notícia (mas o Expresso respondeu mantendo-a) e desta vez nada fez e o Presidente diz que os seus assessores podem fazer o que querem? Dessa vez também os questionou sobre a veracidade da notícia?

Porque considerou um ultimato declarações de deputados eleitos pelos portugueses, também eles titulares de um órgão se soberania e não reagiu ao ultimato de Pacheco Pereira feito em plena campanha eleitoral e que nestes últimos dias fez insinuações sobe o que Cavaco iria dizer? Bem, para Cavaco Silva as suas férias parecem ser mais importantes do que as eleições legislativas...

«3. A leitura pessoal que fiz dessas declarações foi a seguinte (normalmente não revelo a leitura pessoal que faço de declarações de políticos, mas, nas presentes circunstâncias, sou forçado a abrir uma excepção).

Pretendia-se, quanto a mim, alcançar dois objectivos com aquelas declarações:

Primeiro: Puxar o Presidente para a luta político-partidária, encostando-o ao PSD, apesar de todos saberem que eu, pela minha maneira de ser, sou particularmente rigoroso na isenção em relação a todas as forças partidárias.

Segundo: Desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos.

Foi esta a minha leitura e, nesse sentido, produzi uma declaração durante uma visita à aldeia de Querença, no concelho de Loulé, no dia 28 de Agosto.»

Isenção? Como se pode ser isento se defende que os seus assessores podem envolver-se activamente nas actividades de um partido, por coincidência o seu? Como se pode ser isento quando Manuela Ferreira Leite por mais de uma vez antecipou o pensamento do Presidente usando-o no debate político?

Um Presidente da República digno do cargo não faz conjecturas, nem transforma as suas opiniões, dúvidas ou suspeições em declarações, é para isso que foi eleito, é por isso que fala enquanto Presidente da República. Se acha que pode dizer opiniões pessoais nada o impediria de dizer na comunicação oficial a opinião da Dona Maria ou do seu genro Montês. De um Presidente esperam-se provas e factos.

«4. Muito do que depois foi dito ou escrito envolvendo o meu nome interpretei-o como visando consolidar aqueles dois objectivos.

Incluindo as interrogações que qualquer cidadão pode fazer sobre como é que aqueles políticos sabiam dos passos dados por membros da Casa Civil da Presidência da República.

Incluindo mesmo as interrogações atribuídas a um membro da minha Casa Civil, de que não tive conhecimento prévio e que tenho algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas.

Mas onde está o crime de alguém, a título pessoal, se interrogar sobre a razão das declarações políticas de outrem?

Repito, para mim, pessoalmente, tudo não passava de tentativas de consolidar os dois objectivos já referidos: colar o Presidente ao PSD e desviar as atenções.»

É curioso como para Cavaco Silva as declarações políticas de deputados eleitos pelos portugueses são condenáveis e as insinuações dos seus assessores, lançando acusações graves sobre um primeiro-ministro não são crime.

O crime está no facto de serem lançadas suspeitas sobre um primeiro-ministro legítimo e com o seu silêncio Cavaco consentir nessas declarações. Se fez sentido desmentir que os seus assessores estiveram envolvidos na eleição de Manuela Ferreira Leite porque razão não houve nenhum desmentido quando um dos seus assessores lançou dúvidas sobre a dignidade do primeiro-ministro? Cavaco calou e consentiu, só reagiu quando o seu próprio nome foi posto em causa pela notícia do DN.

Enquanto a democracia se ia afundando em intrigas, suspeitas insinuações Cavaco esteve calado, só saiu ao terreiro quando a sua própria imagem ficou posta em causa, quando muitos portugueses questionaram a sua actuação ou falta dele, quando a generalidade dos comentadores falaram de renúncia ou falta de condições para se recandidatar.

Cavaco não teve conhecimento prévio do que disse Fernando Lima, mas teve-o quando as insinuações do seu assessor foram manchete no Público. Mas optou pelo silêncio deixando o primeiro-ministro carregar com as suspeitas enquanto Ferreira Leite usava as notícias para fazer campanha.

Curiosamente quando se refere ao envolvimento de assessores na elaboração do programa do PSD, Cavaco confia na palavra destes e assegura que a notícia não foi verdadeira. Mas quanto às escutas parece que Cavaco não se preocupou muito em confirmar os factos, diz agora que tem “algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas”. Afinal o seu assessor não lhe contou muito bem o que disse ao jornal Público, ou foi confuso na explicação? Sobre questões menores Cavaco interrogou os assessores e desmente algo que até foi notícia no site do PSD, quando está em causa a dignidade do primeiro-ministro Cavaco opta por tirar conclusões a partir das notícias e fica com dúvidas.

«5. E a mesma leitura fiz da publicação num jornal diário de um e-mail, velho de 17 meses, trocado entre jornalistas de um outro diário, sobre um assessor do gabinete do Primeiro-Ministro que esteve presente durante a visita que efectuei à Madeira, em Abril de 2008.

Desconhecia totalmente a existência e o conteúdo do referido e-mail e, pessoalmente, tenho sérias dúvidas quanto à veracidade das afirmações nele contidas.

Não conheço o assessor do Primeiro-Ministro nele referido, não sei com quem falou, não sei o que viu ou ouviu durante a minha visita à Madeira e se disso fez ou não relatos a alguém.

Sobre mim próprio teria pouco a relatar que não fosse de todos conhecido. E por isso não atribuí qualquer importância à sua presença quando soube que tinha acompanhado a minha visita à Madeira.»

O facto de o mail ter 17 meses não lhe retira importância face ao que dizia, todos os crimes têm um prazo de prescrição e não é por terem sido cometidos há 17 meses que deixam de ser graves. Além disso o mail não era sobre a ida de um assessor de Sócrates numa visita presidencial, algo que Cavaco certamente sabia, para além de uma visita oficial de um Presidente da República nada ter de secreto, chega a viajar com aviões cheiros de gente. Não se entende o porquê de tratar um assessor de Sócrates como se fosse um espião russo. Será que o assessor viajou sob falsa identidade?

Cavaco distorce o conteúdo do mail, a tentativa de fazer insinuações sobre a presença de um assessor de Sócrates na comitiva foi o truque usado para apagar o rasto das mentiras lançadas no jornal, agora Cavaco vem dar a entender que o facto grave foi a presença de um assessor de Sócrates na sua comitiva, como se Sócrates fosse primeiro-ministro da ex-URSS!

A questão não está em saber tinha conhecimento do mail entre os jornalistas (até ficamos com a impressão de que Cavaco costuma conhecer as comunicações entre jornalistas amigos), nem saber se tem ou não dúvidas sobre o conteúdo do mail. O problema reside no facto de neste caso Cavaco parecer ter optado por não apurar os facto, não arrisca desmenti-los e ainda por cima lança mais insinuações para lançar poeira sobre os mesmos.

Se Cavaco tem dúvidas sobe o conteúdo do mail não deve ficar pelo palpite ou pela insinuação, deve esclarecer cabalmente os portugueses sobre as razões dessas dúvidas.

O mais importante desse mail não era a referência ao assessores de Sócrates, mas sim o que o assessor do Presidente terá dito ao jornalista sobre as escutas e, pior do que isso, de que estava mandatado pelo Presidente para informar o jornal. Sobre isto Cavaco nada diz, não explica o mais importante, opta por usar a falsa pista combinada entre o seu assessor e o jornalista do Público?

« 6. A primeira interrogação que fiz a mim próprio quando tive conhecimento da publicação do e-mail foi a seguinte: “porque é que é publicado agora, a uma semana do acto eleitoral, quando já passaram 17 meses”?

Liguei imediatamente a publicação do e-mail aos objectivos visados pelas declarações produzidas em meados de Agosto.

E, pessoalmente, confesso que não consigo ver bem onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da casa civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas.»

Os assessores de Cavaco Silva podem ter os sentimentos que bem entenderem, mas, a crer no mail entre os jornalistas do Público que ninguém desmentiu, Fernando Lima não se terá limitado a ter sentimentos, aliás, por enquanto os sentimentos dos assessores de Belém não são notícia. O que foi notícia foi algo mais grave, que estava autorizado a divulgar as supostas suspeitas de Cavaco Silva.

«7. Mas o e-mail publicado deixava a dúvida na opinião pública sobre se teria sido violada uma regra básica que vigora na Presidência da República: ninguém está autorizado a falar em nome do Presidente da República, a não ser os seus chefes da Casa Civil e da Casa Militar. E embora me tenha sido garantido que tal não aconteceu, eu não podia deixar que a dúvida permanecesse.

Foi por isso, e só por isso, que procedi a alterações na minha Casa Civil.»

Se lhe foi garantido que ninguém usou o seu nome porque razão em vez de desmentir o jornal optou por estar em silêncio durante os tais 17 meses e no fim substituiu o assessor? Quer dizer, não se importou que durante tanto tempo houvessem dúvidas sobre o comportamento de José Sócrates, durante esse tempo Manuela Ferreira Leite pôs em causa a qualidade da democracia, mas quando o seu nome foi posto em causa não esperou 24 horas para tomar posição.

Enfim, Cavaco não é o garante do regular funcionamento das instituições, é o garante do seu nome e pouco mais.

« 8. A segunda interrogação que a publicação do referido e-mail me suscitou foi a seguinte: “será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus e-mails? Estará a informação confidencial contida nos computadores da Presidência da República suficientemente protegida?”

Foi para esclarecer esta questão que hoje ouvi várias entidades com responsabilidades na área da segurança. Fiquei a saber que existem vulnerabilidades e pedi que se estudasse a forma de as reduzir.»

Se o mail em questão era do jornal Público e já se esclareceu que não houve violação do sistema informático o que têm as suas dúvidas sobe a vulnerabilidade do sistema informático com esta questão. Tanto quanto se sabe todos os sistemas informáticos são vulneráveis, nem os da NASA ou do Pentágono se têm escapado a invasões. Tanto quanto se sabe nunca veio a público um mail privado do Presidente, o que veio a público foram as conversas dos seus assessores com jornalistas.

O que Cavaco disse em plena campanha eleitoral é que as questões de segurança são importantes e ia fazer perguntas depois das legislativas. Afinal perguntou a especialistas em informática aquilo que qualquer criança que tenha o Magalhães já sabe! Lanço a crise com tais informações e agora inventa uma saída idiota para declarações que apenas visaram relançar as suspeitas criadas pelo seu assessor.

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Depois desta comunicação, assente em inverdades, opiniões meramente especulativas, afirmações de ignorância no domínio da informática e d insinuações conclui-se que Portugal já não tem um presidente de todos os portugueses, tem um presidente de 29% dos eleitores. Que não tem na Presidência alguém apostado na colaboração institucional mas sim alguém que está mais preocupado com a imagem dos seus assessores do que com a do primeiro-ministro. Que tem na Presidência alguém que deixa o primeiro-ministro ser difamado com base em insinuações dos seus assessore ou na deturpação das suas declarações.

Cavaco Silva não esclareceu nada, imitou-se a juntar às dúvidas lançadas há 17 meses mais algumas insinuações. Para Cavaco Silva a sua imagem é bem mais importante do que a estabilidade política. Começa a ser difícil ajudá-lo a terminar o mandato com dignidade, agora são muitos mais os portugueses que desejam que o acabe depressa e já que durante estes anos não ajudou o país, como prometeu na campanha eleitoral, então que ele e os seus assessores não acrescentem a uma grave crise económica mais uma grave crise política.

Mas Cavaco cosenguiu que toda esta questão não mereça qualquer investigação por parte do Ministério Público, protegendo o seu assessor de investigações e, desta forma, fugindo ele próprio à justiça. Se Nixon pudesse ter feito o mesmo o caso Watergate não teria acontecido e o presidente dos EUA teria terminado tranquilamente o mandato.

Afinal não há suspeitas em relação ao SIS, as supostas vigilâncias não passam de meras vulnerabilidades do Windows e da rede informática de Belém, o seu assessor não promoveu nenhuma conspiração contra um primeiro-ministro legítimo tendo-se limitado a manifestar sentimentos, tudo não passou de um equívoco a não ser as declarações dos deputados do PS que visaram incomodar as suas merecidas férias.

Se a substituição de Fernando Lima foi o funeral político de Cavaco Silva esta comunicação parece a homilia da missa do sétimo dia. Encurralado pelos facto Cavaco Silva tenta fazer o que não conseguiram com o Caso Freeport, destruir politicamente um primeiro-ministro e um partido democrático.

Cavaco percebeu que as eleições legislativas foram a primeira volta das eleições presidenciais, sabe também que o seu futuro político foi comprometido e que o seu papel na história da democracia portuguesa ficou reduzido ao de um político menor. Com este ataque preventivo Cavaco pretende lançar uma crise institucional que lhe permita ignorar os resultados de eleições democráticas e relançar o seu projecto político pessoal.

(post competado e corrigido)

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Castelo dos Mouros, Sintra

IMAGEM DO DIA

[Rodrigo Abd/Associated Press]

«Janeth Belinda Trochez, 51, demonstrated with tape on her mouth in support of ousted President Manuel Zelaya in Tegucigalpa, Honduras, Monday. The interim government backpedaled from the suspension of civil liberties, put in place to avoid widespread rebellion, saying it would allow a mediation team into the country.» [The Wall Street Journal]

JUMENTO DO DIA

Cavaco Silva

Se a demissão do seu assessor Fernando Lima foi o funeral de Cavaco Silva enquanto Presidente da República a sua comunicação oficial foi a missa do sétimo dia. Cavaco Silva fez uma comunicação oficial indigna de um Presidente da República Portuguesa, recorreu à falsificação de factos, fez análises pessoais que não passaram de insinuações, baralhou dados para lançar uma crise institucional apenas para salvar a sua fazer.

Se alguém neste país exibiu um grande conhecimento das conversas de Belém e, portanto, pode ser suspeita de escutas é Manuela Ferreira Leite. A líder do PSD é que por diversas ocasiões antecipou as opiniões do Presidente da República. Ninguém de outro partido disse o que quer que seja em relação à Presidência da República que não tenha saído nos jornais.

Assim sendo, se Cavaco suspeita de que as vulnerabilidades do sistema informático de Belém possibilitou a fuga de informação só se pode queixar de quem fez uso público, Manuela Ferreira Leite e os jornalistas amigos de Belém.

Depois desta comunicação Portugal deixou de ter um Presidente da República, em Belém está um senhor, um tal Cavaco de Boliqueime, que não passa do presidente de 29% dos portugueses.

ARQUEOLOGIA CRIMINAL

Se considerarmos o tempo a que já decorreu entre a compra dos submarinos e as buscas feitas ontem a escritórios de advogados é legítimo pensar se não seria de integrar o DIAP no ministério da Agricultura, com todo o tempo que já passou o mais provável é que em vez da prova de um crime venham a encontrar pegadas de dinossauros.

Resta saber quantas das vozes que se ouviram serviram para matar dois coelhos com uma cajadada, a família Moniz continua a fazer das suas e a PT ficou fora do negócio. É legítimo perguntar quantos dos que questionaram o negócio não estariam a ser pagos pela Ongoing, se não receberam foram estúpidos pois o trabalhinho foi feito.

E depois aparece a famosa procuradora a bradar por mais leis e meios, até parece que foi uma falha da lei ou a falta de recursos que justificam estas investigações com atrasos de meia década!

O NEGÓCIO DA MEDIA CAPITAL


Parece que finalmente a Media Capital foi vendida ao gosto de toda a gente, nem mesmo Cavaco Silva teve dúvidas quanto ao negócio ou, então, finalmente concluiu que é coisa do mercado em qu um presidente não se deve meter.

Resta saber quantas das vozes que se ouvirm serviram para matar dois coelhos com uma cajadada, a família Moniz continua a fazer das suas e a PT ficou fora do negócio. É legítimo perguntar quantos dos que questionaram o negócio não estariam a ser pagos pela Ongoing, se não receberam foram estúpidos pois o trabalhinho foi feito.

Quem ficou a ganhar foi o Moniz, ganhou uns milhões para sair da TVI e agora volta, provavelmente para ganhar outro tanto quando sair.

A "LATA DA IMPRESA"

Depois de ter feito campanha contra Sócrates a Impresa pede desculpa, foi um engano. Grande lata que o Pinto Balsemão tem, esqueceu-se que o dia 26 era de reflexão.

A verdade é que a Impresa tentou influenciar o voto dos eleitores e o pedido de desculpas não permite aos seus leitores mudar o voto que meteram nas urnas. É de esperar que a Comissão Nacional de Eleições aplique uma pena exemplar à empresa de Pinto Balsemão, o n.º 1 do PSD.

AVES DE LISBOA

Rabirruivo-preto [Phoenicurus ochruros]
Local: Cidade Universitária

FLORES DE LISBOA


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Na tapada da ajuda

ASSIM, À PRESIDENTE, GOSTO

«Pode ser lacónico mas gostei. O Presidente da República é mais do que ele. Poderosíssimo, não digo em termos internacionais (quantas divisões tem ele?), mas por cá, poderosíssimo - porque é nós. Cá dentro não podia ser mais poderoso. Daí que eu escreva, sem subserviência nenhuma mas porque ele é mais do ele, Presidente e não presidente. Se o presidente do meu clube (lá está, esse é com minúscula) tirasse da cartola um qualquer jornalista e, sei lá, num café discreto da Avenida de Roma lhe soprasse para espalhar não importa o quê (verdade ou mentira, não vem ao caso), eu encolheria os ombros. Sou cínico, admito que um presidente de clube, um zootécnico ou um bloguista desocupado o fizessem. Já ao meu Presidente, não admito. Porque ele é poderosíssimo. Ele não sopra, nem insinua. Põe um aviso no seu site a dizer que vai falar-nos a todos e fala. Assim, sim. Espero que faça doutrina. E lamento que a doutrina não tenha efeitos retroactivos.» [Diário e Notícias]

Parecer:

Por Ferreira Fernandes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

CAVACO LIGOU A SÓCRATES

«O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva não telefonou a José Sócrates na noite eleitoral, tal como o CM revelou. O Chefe de Estado esperou pela manhã seguinte e ontem, segunda-feira, ligou a José Sócrates a felicita-lo pela vitória nas eleições legislativas» [Correio da Manhã]

Parecer:

A crer nas bocas do Lima não era necessário ligar, bastaria falar no assunto durante o jantar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Não telefone, deixe-se escutar.»

FORAM-SE OS ALEGRISTAS, VIERAM OS FERRISTAS?


«A ala esquerda do PS já começou a pressionar publicamente José Sócrates para que este evite governar na base de entendimentos com o CDS. Os resultados das eleições de domingo ditaram que só há duas alianças maioritárias bipartidárias passíveis de serem formadas no Parlamento: ou do PS com o PSD ou do PS com o CDS. Todas as restantes passarão, necessariamente, por mais do que duas formações. Por exemplo: PS + BE + PCP.

Paulo Pedroso, ainda deputado, ex-número dois do PS na direcção de Ferro Rodrigues, agora candidato à câmara de Almada, disse à TSF: "Não consigo imaginar um Governo do PS funcionando em articulação com aquele que é o seu principal adversário, do ponto de vista ideológico." » [Diário de Notícias]

Parecer:

Quantos votos valerá Paulo Pedroso para estar a querer condicionar José Sócrates.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se o resultado das autárquicas em Almada.»

FISCO ENDE CARROS DE LUXO PRÇOS DE SALDO

«Maserati, Aston Martin, Bentley, Ferrari e Rolls Royce são alguns dos carros de gama alta e de luxo que o fisco penhorou aos contribuintes devedores e que vão a leilão.

Maserati, Aston Martin, Bentley, Ferrari e Rolls Royce são alguns dos carros de gama alta e de luxo que o fisco penhorou a contribuintes devedores e que, em breve, poderão vir a ser adquiridos a preço de saldo.» [Diário e Económico]

Parecer:

Logo agora que não posso..

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Azar.»


NO "JUGULAR"

"Quem diz é o Dr. House...

O excesso de vitamina C provoca alucinações."

VADIM STEIN


TCK

terça-feira, setembro 29, 2009

Eagora, Cavaco?

Suceda o que suceder até ao termo do seu mandato Cavaco Silva ficará na história da democracia portuguesa como o pior dos Presidentes da República, pela primeira vez se ouviu falar em renúncia e muito provavelmente será o primeiro Presidente da República a não se recandidatar ao um segundo mandato.

Pela primeira vez um Presidente da Republico interferiu num processo eleitoral, isto depois de os seus assessores terem sido acusados de se terem envolvido desde as eleições directas que escolheram a ainda líder do PSD até à elaboração do mini programa eleitoral do PSD, uma forma desastrada de Ferreira Leite aderir ao SIMPLEX.

Nunca se ouviu falar tanto de assessores, nunca se ouviu falar com tanta frequência de “fontes anónimas de Belém”, nunca as comunicações oficiais de um Presidente ou a substituição de assessores chegaram aos jornais através de fontes anónimas. Cavaco confundiu a Presidência da República com um gabinete pessoal e em vez de servir o cargo tem-se servido dele para gerir a democracia em função dos seus objectivos políticos pessoais.

É o grande respeito que os portugueses têm pela Presidência da República que justifica que Cavaco Silva não tenha explicado de forma cabal o seu negócio de acções da SLN. A desculpa de que se realizou antes de se candidatar ao cargo não é suficiente, o diploma de Sócrates é bem mais antigo e houve investigações por parte do Ministério Público.

É nossa obrigação preservar a dignidade da instituição Presidência da República e, se for necessário, ajudar Cavaco a terminar o mandato com dignidade, não tanto pela sua mas sim pela do cargo para que foi eleito. Mas isso não signifique que como político esteja dispensado de esclarecer as dúvidas que os seus negócios familiares ou sobre as actividades políticas dos seus assessores.

Cavaco disse que ia fazer perguntas porque as questões de segurança são importantes. Talvez tenha razão, mas foram os portugueses que o elegeram e não lhe cabe apenas fazer perguntas, também deve responder às perguntas dos concidadãos que os elegeram.

Cavaco deve dizer aos portugueses s é ou não verdade que ganhou muito dinheiro com um lote de acções cujo preço de compra e de venda foi fixado por Oliveira e Costa, foram da bolsa. Seria interessante saber se os preços fixados para as acções correspondiam ao valor da SLN ou se foi fixado de forma a proporcionar lucros acima do razoável. Seria igualmente interessante saber quem comprou as acções ao preço que foram vendidas. Cavaco deve esclarecer se ele ou algum dos seus familiares teve mais negócios ou relações profissionais com a SLN ou o BPN.

Depois de tudo o que se passou seria interessante saber tudo sobre as actividades dos seus assessores que tenham ultrapassado os limites do que se espera de um assessor do Presidente, tendo em conta os limites constitucionais à actividade do Presidente da República. Fernando Lima foi o único assessor envolvido em actividades conspirativas ou outros assessores, para além de se envolverem nas actividades do PSD, usaram o seu cargo para prejudicar o Governo da República?

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Castro Marim

IMAGEM DO DIA

[Mohammad abu Ghosh/Associated Press]

«A veiled woman was out and about in Amman, Jordan, Monday.» [The Wall Street Journal]

JUMENTO DO DIA

Ferreira Leite

Será que a líder do PSD está melhor dos seus problemas com a falta de ar?

OS OUTROS DERROTADOS

Foi tanta gente a festejar a vitória na noite das eleições que até parece que só Manuela Ferreira Leite teve de guardar o espumante para melhor oportunidade. Além disso ficaram esquecidos muitos pequenos derrotados nestas legislativas:

Maria José Nogueira Pinto: o seu aparecimento nas listas do PSD causou surpresa e a surpresa teria sido maior se o relatório sobre a sua gestão à frente da Misericórdia de Lisboa entregue a Ferreira Leite sobre a gestão da Santa Casa. A gestão da Misericórdia de Lisboa suscitou algumas dúvidas ao então director-geral.

A agora deputada apostou em todos os tabuleiros, até conseguiu chegar a deputada do PSD tem ter mexido um dedo e se Manuela Ferreira Leite tivesse ganho é muito provável que tivesse chegado a ministra da Saúde. Mas parece que teve azar e vai ter que se sentar no parlamento a criar hemorróidas e calos no rabo, ao lado da bancada do PP que a lançou nestas andanças.

Manuel Alegre: a ajuda do ex-candidato presidencial de pouco serviu ao BE já que os seus deputados não são em número suficiente para negociarem quaisquer acordos com o PS e ninguém, acredita que Jerónimo de Sousa aceite sentar-se com a extrema-esquerda. Se Manuel Alegre contava com um BE como parceiro do PS, chamando a si o protagonismo de pai da maioria de esquerda enganou-se. Ninguém sabe onde está o seu milhão de votos, até é provável que uma boa parte deles tenham ido para o Paulo Portas, isso significa que uma possível candidatura presidencial de Manuel Alegre morreu ontem à noite.

António Borges: esta vedeta da finança achava que era chegar, ver e vencer, ma enganou-se, ajudou a elaborar um programa eleitoral miserável, quase ninguém o viu durante a campanha e já desapareceu. Talvez um dia volte a aparecer com o seu ar de D. Sebastião, isso se não arranjar melhor emprego.

Luís Fazenda: apesar de ser candidato à autarquia de Lisboa e de ter sido a UDP a contribuir com mais recursos para o BE deixou-se apagar em favor do culto da personalidade de Francisco Louçã, apenas teve direito a uma intervenção na noite eleitoral. Muito provavelmente será o protagonista da primeira derrota do BE depois destas eleições legislativas.

Pedro Santana Lopes: foi evidente que o candidato a Lisboa pelo que sobra de um PSD transformado em PRD de Boliqueime fui da líder como se esta tivesse sarna, ao contrário do que sucedeu nas europeias nem apareceu na sede de campanha. Pedro Santana Lopes dificilmente ganhará Lisboa, se a tarefa era muito difícil, muito mais será agora com um PSD a lamber as feridas.

ATÉ A IMPRESA DE PINTO BALSEMÃO ALINHOU NO JOGO SUJO

Um lindo mail em pleno dia de reflexão.

AVES DE LISBOA

Juvenil de galinha-d'água
Local: Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian

FLORES DE LISBOA

No Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian

A FALHADA 'EXECUÇÃO' DE SÓCRATES

«Em pouco mais de 15 dias, José Sócrates e o PS construíram uma vantagem absolutamente inesperada. Passaram de uma ligeira vantagem nas sondagens para uma vitória expressiva nas urnas. Mérito pessoal, sem dúvida, de José Sócrates, mas igualmente muito demérito de Manuela Ferreira Leite. A presidente do PSD cometeu erros infantis. Chegou a comentar, num Fórum da TSF, que quando assumiu a presidência do PSD não contava ser candidata à chefia do Governo (!) e falhou na estratégia de execução de carácter a que sujeitou Sócrates. No final, o PSD ficou quase igual ao que era com Santana Lopes, há quatro anos - e isso configura uma derrota brutal, que terá rápidas consequências na liderança.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por João Marcelino

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

EMPOBRECER

«A herança que Sócrates lega a si próprio não é simpática. Um novo governo do PS, agora minoritário, terá, entre outros problemas, um inconveniente: Sócrates não se poderá queixar do executivo anterior. Até coisas que fez bem, como a reacção à crise internacional, implicarão uma factura pesada no agravamento do défice das contas do Estado. Vai ser difícil continuar a ignorar o endividamento externo (que cresce) porque os credores internacionais não deixarão de o lembrar, encarecendo os empréstimos de que vamos necessitar ainda durante largos anos. E se com maioria absoluta as reformas foram poucas, agora ainda serão menos. Por isso a produtividade manter-se-á a fraquejar e a nossa competitividade diminuirá mais, agravando a crise estrutural e o desemprego. Ou seja, prosseguirá o empobrecimento relativo dos portugueses, iniciado há sete anos. Poderá, até, acelerar-se muito, se Sócrates governar para eleições a um ou dois anos de vista, como é bem possível que aconteça.» [Diário de Notícias]

Parecer:

O mau perder de Francisco Sarsfield Cabral.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Arquive-se.»

CAVACO VAI FALAR

«O Presidente da República (PR) anunciou que se dirigirá à comunicação social amanhã, às 20h. Cavaco Silva não disse qual o assunto dessa declaração, mas o Presidente prometera comentar o caso das alegadas escutas em Belém apenas depois das eleições legislativas, que se realizaram ontem.

Outro dos assuntos que poderá ser abordado pelo PR será o convite a José Sócrates para formar Governo, depois da vitória nas legislativas, sem maioria absoluta.

Ontem, quando confrontado pelos jornalistas sobre quando falaria sobre o chamado 'caso das escutas' e sobre o afastamento do seu assessor Fernando Lima, o Presidente da República limitou-se a dizer que manteria "silêncio total" até ao dia das eleições.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Naquela boca ou entra mosca ou sai asneira.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»

DESTA VEZ NINGUÉM SE METEU NO NEGÓCIO

«A Prisa chegou a acordo com a Ongoing para a venda de 35% da Media Capital, grupo de comunicação social cuja referência é a TVI. A Ongoing tem como vice-presidente José Eduardo Moniz, que assumiu este cargo depois de ter deixado a direcção-geral da estação televisiva de Queluz. O presidente do conselho de administração é Nuno Vasconcellos.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Finalmente houve negócio e ninguém fez insinuações.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cavaco se vai aproveitar para fazer alguma insinuação.»

MONIKA BRAND

MCM