quinta-feira, dezembro 31, 2015

Coitados dos contribuintes

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Os contribuintes têm servido para tudo, são os protegidos eleitos por todos os governos, já tiveram um partido dos contribuintes, já pagaram bancos, já foram dispensados de pagar outros bancos, foram os primeiros a merecer a atenção do actual governo, enfim, os nossos contribuintes são uns sortudos.
  
Os políticos portugueses apropriam-se de uma forma original de uma expressão muito usada nos países anglo-saxónicos e que significa que as decisões generosas dos governos não são uma benesse dada pelos políticos ao povo , mas que essas decisões são pagas pelos impostos cobrados aos cidadãos. Mas nos países onde os políticos se preocupam com as facturas suportadas pelos contribuintes também se preocupam com a justiça e equidade fiscais, com o combate à evasão fiscal, isto é, nesses países ser cidadão equivale a ser contribuinte.
  
Acontece que em Portugal uma coisa é ser cidadão e outra é ser contribuintes, isto é, tal como na outra tribo em que haviam mais chefes do que índios, também por cá são mais os cidadãos do que os contribuintes. Uns são ricos e declaram como se fossem indigentes, outros só pagam quando são apanhados, uma boa parte beneficia da caridade dos políticos, por fim, ficam os que na verdade suportam a maior parte da carga fiscal, mas como não decidem eleições são desprezados por todos os partidos. 
  
São esses que pagaram o BPN, que vão pagar o BANIF e a que também serão chamados a pagar. Mas o mais grave é que pagaram e não ficaram com nada, os amigos do PSD ficaram com as empresas da SLN e o BPN foi vendido a preço de saldo ao BIC de Mira Amaral, o BANIF foi oferecido ao Santander e o Novo Banco será vendido a custo zero, ficando o lixo para ser suportado pelos tais contribuintes. A dúvida é óbvia, se são os contribuintes que roem os ossos porque é que os bifes são oferecidos aos amigos de Angola, da China ou de Espanha? Se o custo da nacionalização de três bancos foi suportado pelo erário público porque motivo a parte boa e rentável dos bancos é depois oferecida ao sector privado.
  
O mais curioso deste processo é vermos todos os nossos políticos a defenderem que não devem ser os contribuintes a pagar mas a fazerem tudo para que isso aconteça sem que ninguém se aperceba. Um dos campeões destas manobras é essa personagem que já era obscura nos tempos em que o BCP implodiu e que tem conduzido todo este processo de forma manhosa.
  
Depois de Carlos Costa ter contratado um chico esperto a peso de outro para vender o Novo Banco, isto depois das vendas duvidosas da TAP e dos transportes públicos, veio agora com um novo truque para tornar o Novo Banco apetitoso para potenciais compradores à custa dos contribuintes. Carlos Costa já tinha lixado os emigrantes que ajudou a enganar, já tinha tramado a Goldman Sachs mandando os empréstimos para o lixo, há dias tramou os obrigacionistas, mas parece que mesmo assim o Novo Banco ainda não presta. Qual foi a solução encontrada por Carlos Costas: fazer com que sejam os contribuintes a pagar o banco a prestações.
  
Para vender esta solução escolheu um dia em que as pessoas andam distraídas e propôs que o comprador seja dispensado de pagar impostos durante uns quantos anos. Isto significa que os contribuintes do costume terão de suportar um adicional de impostos para compensar os impostos que o banco deixará de pagar. Isto é, o banco ficará mais barato à custa de impostos que outros terão de pagar. Enfim, ainda vamos ver o Costa e outros a explicarem-nos que com esta solução manhosa não serão os contribuintes a pagar.
  
Este trafulha é o mesmo que em 28 de Junho de 2013 declarava que:

"Todos os processos de recapitalização que foram feitos, foram feitos mediante a apresentação de planos de negócio, de estudos de viabilidade, e têm por base um princípio que é o reembolso dos dinheiros públicos e o pagamento de uma taxa de juro que não é uma taxa de juro de favor, porque é uma taxa que se situa acima do mercado"
  
Como é possível que um bandalho destes seja mantido à frente do BdP, isso até devia envergonhar os seus pares do BCE!
    

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Melro do Jardim Gulbenkian, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Leitão Amaro

Se o deputado Leitão Amaro tivesse um pingo de vergonha na cara ficava caladinho como um rato num assunto como o BANIF ou o BES. Mas o rapazola julga-se esperto e está fazendo com o Banif o que o PSD fez no passado com o BPN, iludir as culpas sobre quem provocou o buraco. O que o senhor deputado parece querer esconder é que o verdadeiro dono do banco era o Estado pois o governo da direita tinha-o nacionalizado, apesar de ter mantido uma administração em representação do capital privado minoritário com o objectivo de disfarçar a situação e não assumir responsabilidades.

«O PSD sublinha que a decisão tomada terça-feira sobre a recapitalização do Novo Banco – não obstante ser “uma decisão do Banco de Portugal” – surge como a conclusão de um “processo onde houve sempre uma preocupação de proteger os contribuintes”. Uma preocupação, diz o deputado António Leitão Amaro, que “contrasta bem com uma decisão recente do governo atual, noutro caso [o Banif], em que os contribuintes foram chamados a fazer um esforço importante”.

Numa curta conferência de imprensa do PSD para comentar a decisão conhecida para o Novo Banco, Leitão Amaro começou nesta quarta-feira por dizer que “a decisão de ontem é uma decisão do Banco de Portugal. Tal como o foi em 2014, na resolução do BES”.

Por outro lado, “pelo que nos é dado saber, estas decisões só podiam ser tomadas agora e não antes. Porque estas decisões, na prática para permitir que o Novo Banco cumpra os rácios de capital exigido pelo BCE, são tomadas na sequência dos resultados dos testes de stresse cujos resultados foram conhecidos em novembro de 2015. Só depois dessa data era possível haver medidas tomadas”, salienta o deputado do PSD.» [Observador]
  
 CDS
  
Quase três meses depois das eleições que dizia ter ganho Paulo Portas, como bom cristão e inspirando-se em Jesus tal como o faz a sua Cristas, percebeu que o melhor seria entregar a sua carreira política ao cuidado de Deus.

 A saída suja de Paulo Portas

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Paulo Portas borrou-se com a ideia de ter de ficar muito tempo nas eleições e receando que numas próximas legislativas o CDS seja metido no porta-bagagens de um táxi decidiu fugir. Agora resta saber do que ou de quem vai viver, esperemos que não se converta em comentador televisivo pois um dia destes só nos resta ver o Canal História.

      
 Portas já tem quem lhe pague o Jaguar?
   
«Desde que Paulo Portas anunciou que não se vai recandidatar à liderança do CDS, nesta segunda-feira, as teorias sobre o caminho que o centrista deverá seguir têm-se multiplicado. No entanto, a edição desta quarta-feira do “Diário de Notícias” garante que Portas vai agora dedicar-se à gestão de projetos empresariais.

De acordo com o matutino, Paulo Portas deixa de ser a figura principal do partido que liderou durante dezasseis anos para se dedicar a projetos empresariais, nomeadamente da área editorial. O mesmo jornal adianta que o centrista deverá também dedicar os próximos tempos à gestão dos bens da família.» [Expresso]
   
Parecer:

A última vez que trabalhou foi na famosa Moderna.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 STE critica governo
   
«O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) anunciou esta quarta-feira que suscitou ao Presidente da República a fiscalização preventiva do diploma do Governo que prevê a reposição faseada dos salários dos funcionários públicos até outubro de 2016.

Em comunicado, o STE lamenta que apesar de os cortes salariais na função pública terem sido justificados como uma medida excecional durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), e de o Tribunal Constitucional ter considerado inconstitucional a manutenção da medida para além de 2015 (Acórdão 574/2014), o novo Governo tenha decidido mantê-los.

O sindicato, afeto à UGT, considera que o projeto-lei apresentado no parlamento pelo grupo parlamentar do PS, que contou com os votos favoráveis do BE e do PCP, “mantém os cortes salariais em 2016, prometendo, porém, a sua redução em 25% por trimestre até ao final do ano”.

“Só por essa altura, os trabalhadores que foram chamados a pagar a crise com ‘dose de leão’, poderão vir a receber salários iguais aos que auferiam em janeiro de 2009”, avisa o STE, lamentando que a proposta do PCP, que exigia a reposição integral dos salários assim que o Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) entrasse em vigor, tenha sido chumbada.» [Observador]
   
Parecer:

Tem razão, entre uma sobretaxa que não era inconstitucional e um corte de salarias inconstitucional a coligação da esquerda preferiu transformar a sobretaxa num impostos constitucional sobre os menos pobres e manter os cortes salariais. Isto é, há quem tenha cortes salariais e ainda leve com a sobretaxa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se a crítica, lembrando-se ao STE que os abusos são antigos pelo que se lamenta a sua coragem repentina, isto é, depois de o PSD sair do poder..»

 Investigadores criativos
   
«Desde a detenção do antigo primeiro-ministro José Sócrates que o nome do grupo Lena não mais saiu das primeiras páginas e dos noticiários em Portugal. No meio desta teia de suspeitas apareceu também o nome de Joaquim Barroca, administrador da empresa de Leiria e que agora surge ligado a um esconderijo no mínimo peculiar.

A revista Visão conta que em abril os investigadores começaram a apontar baterias para a empresa que começava a ser suspeita de ser um dos corruptores de Sócrates. O problema é que os administradores tomaram conhecimento das suspeitas conseguindo mesmo saber o dia e a hora em que as autoridades chegariam à sede do grupo. Segundo a mesma revista, Francisco Santos, da área dos media do grupo Lena, ligou a avisar que o procurador Rosário Teixeira e o juiz Carlos Alexandre estavam em Fátima. Ali ao lado de Leiria. Ora, não foi preciso puxar muito pela cabeça para perceber para onde iriam a seguir. Assim, quando os investigadores chegaram para revistar os escritórios, já não havia sinal de Joaquim Barroca que é atualmente um dos 12 arguidos da Operação Marquês.

Mas se os responsáveis pela investigação já esperavam isto, o que encontraram a seguir surpreenderam-nos seguramente. Antes do local das buscas ter mudado para a casa de Barroca, o responsável pelas suas viaturas, Geraldo Rodrigues, enviou uma mensagem de texto: “Tudo entregue”. Pouco tempo depois o homem forte do grupo Lena respondeu com o seguinte texto, segundo escreve a Visão:

Está no frigorífico na arca congeladora do reboque da Harley que levei a ltália; a Dra. Ana do céu vai pedir-te que me lá vás buscar isso. E depois dás-lhe ainda hoje, ok?”

Foi preciso analisar todas as comunicações intercetadas para encontrar esta mensagem. Conta a Visão que foi o próprio juiz Carlos Alexandre que as analisou e, os investigadores questionaram: “Quem é que guarda o que quer que seja dentro de uma arca congeladora de um frigorífico guardado num reboque de uma motorizada?”» [Observador]
   
Parecer:

É uma pena que estes investigadores em vez de serem polícias não se terem dedicado á literatura, a verdade é neste caso já temos muito romance e poucas provas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 CML acode a Bruno de Carvalho
   
«A Câmara de Lisboa ordenou a retirada de telas com mensagens de contestação ao presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, que haviam sido colocadas em placards de publicidade já instaladas na Segunda Circular, indicou hoje o município.

Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, a autarquia refere que "retirou quatro telas com mensagens referentes ao Sporting Clube de Portugal e ao seu presidente, colocadas sobre estruturas 'outdoor' já existentes na Segunda Circular", presumivelmente durante a noite de segunda-feira ou na madrugada de terça-feira, de forma anónima.

"Nem Champions, nem Taça, nem cérebro, nem liderança, nem poupança. As mentiras já doyen", podia ler-se nos cartazes que, acompanhados de uma foto de Bruno de Carvalho e do símbolo do clube, terminavam com a mensagem: "O Sporting está em risco. Acordem".» [DN]
   
Parecer:

Está cheio de sorte, eu espero há mais de um ano por uma resposta a uma solicitação feita por email.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

   
   
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quarta-feira, dezembro 30, 2015

2015

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2015 foi o ano da saída limpa em que os portugueses ficaram a saber que depois de quatro anos de sacrifício estavam na merda, o famoso ajustamento falhou, a experiência desastrosa da desvalorização fiscal apenas promoveu o empobrecimento de uns e a emigração de outros, a banca regressou ao crédito ao consumo, o país só não está na bancarrota porque o BCE passou a fazer oque Passos e Gaspar sempre recusaram.
  
2015 foi o ano em que os portugueses ficaram a saber que ao contrário do que andaram a dizer personagens como o Vítor Bento os sacrifícios que foram forçados a fazer não resultaram de qualquer pecado da gula cometido em tempos de suposta fartura mas sim da necessidade de salvar banqueiros irresponsáveis que depois de parasitarem o país deixaram os bancos falidos ou à beira da falência.
  
2015 foi o ano em que os portugueses ficaram a saber que essa personagem conhecida por Cherne não só não fez qualquer favor ao país, como sugerem os seus amigos da direita, como ainda ajudou Passos Coelho a implementar a sua experiência económica digna de um Mengele da Economia. Pior ainda, ajudou Passos e Portas a encobrirem a real dimensão do desastre dos bancos portugueses,  incluindo aquele que em tempos lhe deu de comer. 

2015 foi o ano em que os portugueses tiveram motivos para sentirem vergonha por terem um governo que desejava o desastre de um parceiro europeu ara o poder usar em campanha eleitoral, por terem um português à frente de uma Comissão Europeia que ajudou um governo a enganar um povo adiando o colapso de um banco que estava falido há mais de um ano e por ter um presidente que depois das falsas escutas a Belém e de ter ajudado a derrubar um governo ainda teve lata para ajudar o PàF a ludibriar os eleitores.
  
2015 também foi o ano em que a democracia parlamentar vingou contra uma tentativa de golpe por parte de um governo e de um presidente que queriam governar contra a maioria parlamentar, em que os portugueses aturaram Cavaco Silva pela última vez e ainda tiveram a sorte de ver Portas partir, ainda que a título temporário. 2015 vai terminar cheirando menos mal no país do que sucedia no seu início.

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Gansos do Egipto no Jardim Gulbenkian, Lisboa

   Fotos dos visitantes d'O Jumento


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A propósito do BANIF (A. Moura, Faro)

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Arsenal, Ilha de Moçambique (T. Selimane, Maputo) (A. Moura, Faro)
 Jumento do dia
    
David Justino, ex-ministro da Educação

Dizer que na Educação não se deve mudar a pressa é uma banalidade com que todos concordamos, o problema em que durante os últimos quatro anos muita coisa mudou à pressa e sem qualquer reflexão sem que David Justino tivesse reparado ou sentido a necessidade de criticar.

Quem esteve tanto tempo calado tem agora pouca autoridade moral para falar, quem se calou com as muitas medidas do prior ministro da Educação que passou pelo país deveria agora respeitar um período de nojo ante s se socorrer do estatuto suprapartidário  de presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) para tomar posições críticas em relação a um governo que todos sabemos não ser da sua preferência.

Compreende-se que o PSD e em particular os cavaquistas estejam desejosos de criticar este governo, mas face à realidade que o país tem vindo a conhecer e que esteve encoberta até às eleições deveria haver algum cuidado antes de tentar desviar as atenções para questões de lana caprina, até porque os exames e matéria em que não há inovação, todos os pedagogos conhecem muito bem o seu papel e quando devem ser realizados.

Não é difícil de perceber que o verdadeiro líder da oposição não é Passos Coelho mas sim Cavaco Silva.

«O ex-ministro da Educação e presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), David Justino, critica a “febre” que existe de se estar sempre a revogar e a mudar tudo na educação e, em entrevista ao Diário de Notícias, sugere que as mudanças resultem de avaliações rigorosas.

Questionado sobre o projeto de resolução, apresentado pelo grupo parlamentar do PCP, que recomenda ao governo a suspensão imediata das metas curriculares no primeiro ciclo do ensino básico, David Justino respondeu que “a suspensão não resolve nada”.

O ex-governante admite que “as metas são um instrumento que deve ser alterado” pois “ninguém consegue fazer coisas logo na perfeição”. Mas, para tal, “tem de ser feita uma avaliação exaustiva e ver o que tem de ser melhorado. Estarmos só a suspender, já, não me parecer fazer sentido”, defendeu David Justino, acrescentando que “o processo deverá passar por uma comissão especializada que, junto das escolas, vá ver como essas metas estão a ser apropriadas, como estão a ser aplicadas e em que contextos”. » [Observador]

 CDS: quem quer ser o "Manuel Monteiro" que se segue?

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 A  dúvida do dia

Quanto tempo será necessário para que Passos Coelho perceba que deve seguir a viagem de Paulo Portas, mas no seu caso apenas com bilhete de ida?

 Não tenham medo

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Este badalhoco escolheu palavras de João Paulo II no seu discurso inaugural para menorizar o seu partido, reduzindo-o a um grupo de toxicodependentes quie sem a droga Paulo portas irá sofrer de uma dura ressaca.

      
 JJ muda de discurso
   
«"Tem sido muito bom. Não esperava estar onde estamos, fomos líderes até à última jornada e nunca pensei nestes cinco meses estar à frente de Benfica e FC Porto. São dois clubes que nos últimos anos têm sido mais fortes, por isso, estarmos a discutir a liderança da Liga à 15.ª jornada é um trabalho impressionante. O objetivo é tentar ganhar e conquistar título", disse Jorge Jesus, em declarações à Sporting TV.» [DN]
   
Parecer:

Até perder na Madeira tudo o que sucedia resultava de estar à frente de todos, agora adapta o discurso e o importante é estar à frente do SLB, daqui a uns tempos ainda se vai dar por contente por estar à frente do Braga e poder disputar o acesso à Lida dos Campeões.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 A piada do dia
   
«Hélder Amaral defendeu esta segunda-feira que a saída de Paulo Portas da presidência do partido deve ser encarada com "serenidade e normalidade" e sublinhou que o parlamento não deve ser "palco de disputas".

"Foi uma enorme honra, privilégio e mesmo sorte ser dirigente, militante e deputado sob a liderança do doutor Paulo Portas, que é um dos maiores políticos europeus e o melhor líder que o CDS já teve. Quer pelo respeito que lhe tenho, quer pela amizade, penso que devemos respeitar a decisão, que deve ser encarada com normalidade e serenidade", declarou Hélder Amaral, contactado pela agência Lusa.» [Expresso]
   
Parecer:

Este Hélder Amaral é um rapaz cheio de bom humor.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Este BCE anda muito radical
   
«Os credores do BES/Novo Banco que foram protegidos na resolução de agosto de 2014 – os detentores da chamada dívida sénior – vão ser chamados, agora, a participar no esforço de recapitalização do Novo Banco, que tem de ser feita até ao final do ano. Esta é, segundo a TSF, uma hipótese que está em cima da mesa – a estação radiofónica cita fonte próxima do Executivo de António Costa.

A negociação das obrigações do Novo Banco está suspensa pelo regulador, à espera da divulgação de informação relevante por parte da instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha.

O Novo Banco necessita de cerca de 1.200 milhões de euros para cumprir os rácios de capital exigidos pelo Banco Central Europeu (BCE). E, segundo a TSF, o BCE “sugeriu”, numa operação coordenada pelo Banco de Portugal (BdP) mas com decisão final do Governo, aplicar um bail in, isto é, um resgate por meios internos (em oposição a um resgate).

Na resolução do BES, os acionistas foram penalizados para mitigar a fatura para o Fundo de Resolução. E também sofreram perdas os detentores dos títulos de dívida subordinada, de menor qualidade (estes títulos ficaram no banco mau, o BES, uma espécie de massa falida). Mas os detentores de dívida sénior e os depósitos (mesmo os acima de 100 mil) euros foram protegidos, passando para o Novo Banco. Mas, agora, a solução para as necessidades de capital do Novo Banco passará pelos credores de dívida sénior, a confirmar-se esta notícia da TSF que cita fonte próxima do governo. Também entre as soluções estará a venda de ativos.» [Observador]
   
Parecer:

Os tipos do BCE que se cuidem pois o Cavaco pode não gostar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Cavaco que o CE anda a adoptar as propostas do BE.»
  

   
   
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terça-feira, dezembro 29, 2015

A geringonça mandou Paulo Portas para a clandestinidade

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Paulo Portas quando, referindo-se a António Costa, dizia ser 
extraordinário ver um líder político à procura da sua sobevivência


Depois do discurso do golpe de Estado, que não passou de uma tentativa dos líderes pafiosos de se manterem na liderança dos seus partidos, os líderes do PSD e dessa coisinha malcheirosa chamada CDS adoptaram estratégias diferentes. Passos Coelho faz  de primeiro-ministro no exílio e vai andando por aí exibindo a sua tolerância ilimitada para com as suostas asneiras do governo, ajudando quando pode e contra a vontade dos seus deputados, enquanto espera que ocorra alguma desgraça antes que o cata-vento tenha tempo para fazer uso da sua magistratura de intriga para o substituir por Rui Rio na liderança do PSD.
  
Não é a primeira vez que Paulo Portas passa à clandestinidade escolhendo para o seu lugar a próxima vítima da sua sacanice política, já o fez com Manuel Monteiro, o seu amigo da JC que ajudou a reconstruir o CDS, quando começou a cheirar a poder Paulo Portas e o seu grande amigo Nobre Guedes, o casal maravilha da direita portuguesa que, entretanto, andou desavindo, correram com ele. Resta agora saber a quem vai ele dar o beijo de Judas, se ao seu fiel amigo Lambretas ou à crente Cristas.
  
Paulo Portas parece ter demorado três meses a assumir que foi ele o grande derrotado nas eleições legislativas e o seu partido só não ficou reduzido ao partido do táxi à custa dos deputados que elegeu com os votos do PSD. Paulo Portas cobrou caro o desespero de Passos Coelho em manter-se no poder, mas a sua imagem é das mais odiadas e desprezadas pelos eleitores. Gasta a imagens do partido dos reformados, do partido das feiras e do partido dos contribuintes Paulo Portas esconde-se para recuperar fôlego.

Paulo Portas é a primeira vítima da encenação que ajudou a construir, com Passos Coelho e a ajuda de personagens como o então presidente da Comissão Durão Barroso ou Cavaco Silva criaram uma falsa realidade com início da famosa saída limpa. Agora percebeu que desmontada essa realidade as tais eleições antecipadas que desejava não se realizarão tão cedo. Paulo Portas percebeu que tanto ele como Passos Coelho são dois activos altamente tóxicos da vida política e que a sua permanência na liderança da direita conduz o PSD e o CDS a uma resolução, a primeira com verdadeiros benefícios para os contribuintes.

Paulo Portas é um predador oportunista, uma hiena da vida política portuguesa, aparece quando sente o cheiro podre do poder e desaparece quando o cadáver não tem mais nada a dar. A sua passagem à clandestinidade significa que percebeu que António Costa veio para ficar, só Passos Coelho iniste em ter esperança, mas, como é sabido, o líder do PSD é um pouco lerdo e muito parco em capacidades intelectuais, fala bem mas é como um cantor que tem uma excelente voz mas que é incapaz de escrever uma letra.

Resta agora saber do que vai viver Paulo Portas que é sabido ter gostos luxuosos, quando arranjou que lho pagasse andou de Jaguar, quando deixou de ser irrevogável e passou a vice ocupou as noites em busca de um palacete e os trajes de betinho latifundiário que gosta de vestir são de boas marcas. O modesto ordenado de deputado não é suficiente para os seus gostos e sabendo-se que sempre foi um teso resta saber se vai conseguir manter o seu nível de vida com os parcos recursos de que dispões.

Ainda é cedo para dizer adeus a esta personagem, até porque enquanto andar por aí vai continuar a cheirar mal na vida política portuguesa.

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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 Jumento do dia
    
Paulo Macedo, ex-ministro da Saúde de Passos Coelho e Portas

É bem provável que a morte do septuagenário transferido de Faro para Coimbra era inevitável, é muito provável que o hospital de Faro tivesse cumprido com os procedimentos e que a recusa em receber o doente por parte do hospital de D. José fosse uma decisão adequada. Mas depois da morte de um jovem no hospital D. José os portugueses perceberam que os cortes na saúde não se se ficaram pelos preços dos medicamentos.

A mensagem que Paulo Macedo fazia passar era a de que ele, o grande gestor, tinha salvo o SNS e que gastando muito menos os hospitais portugueses faziam muito mais. Agora percebe-se que isso era mentira e que a coragem não é a praia preferida do dr. Macedo, antes pelo contrário, essa vedeta da nossa comunicação social é igual ao que sempre foi, alguém pouco dado a dar a cara.

«O homem de 74 anos que foi transferido de Faro para Coimbra depois de alegadamente ter sido recusado no S. José, em Lisboa, morreu hoje, disse à agência Lusa fonte dos hospitais de Coimbra.

Segundo fonte do gabinete de comunicação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o idoso faleceu entre as "00:00 e as 00:30 de hoje, na Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC)".

O septuagenário estava em coma em Coimbra, para onde tinha sido transportado de ambulância no dia 15 de dezembro, às 03:00, depois de alegadamente o hospital de São José, em Lisboa, ter recusado receber o doente de Faro para tratar um AVC isquémico.» [DN]

      
 Marques Mendes tenta sobreviver com o BANIF
   
«“Há muitíssimo por explicar no Banif”. Foi assim que Luís Marques Mendes começou por se referir ao caso Banif no seu comentário na SIC, esta noite de sábado. São cinco dúvidas ao todo que merecem explicações, insistiu. Três devem ser explicadas pelo anterior Governo do PSD/CDS e duas são da responsabilidade de António Costa.» [Observador]
   
Parecer:

Já sem o estatuto de garganta funda oficioso do governo da direita o pobre Marques Mendes esta cada vez reduzido à pouca coisa que sempre foi, não admira que agora se arme em especialista em bancos tentando sobreviver como comentador fazendo surf na onda do BANIF.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  

   
   
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