quarta-feira, dezembro 02, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Passos Coelho, marioneta de Paulo Portas

Há vários dias que todo o país sabia que o CDS iria avançar com uma moção de rejeição do programa do governo, da mesma forma que se sabia que o PSD estava dividido quanto à questão. Por artes magicas sai agora a notícia de que o PSD avança com a moção no que é apoiado pelo CDS.

Na linha da melhor informação soviética deu-se aqui uma mutação, ficava mal ao líder da oposição andar a reboque do CDS, o que se compreende pois o Portas tem cabeça mas não tem cara enquanto Passos tem cara mas falta-lhe cabeça. A solução foi fazer de conta que o CDS só decidiu agora e que Portas faz o que Passos lhe manda.

«O PSD vai apresentar uma moção de rejeição ao Programa do Governo do PS em coordenação com o CDS-PP, disse nesta terça-feira à agência Lusa fonte social-democrata. O documento deverá ser votado no Parlamento nesta quinta-feira, no final do debate do programa dos socialistas na Assembleia da República.» [Público]

 O exame da quarta classe, a nova batalha da direita

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O exame da quarta classe tem um efeito mítico para a nossa direita, marca um antes e um depois, dantes sabia-se tudo, depois veio a bandalhice, dantes era o Salazar, depois foi a democracia. Não importa que não sirva para nada, não importa que seja de um tempo em que a escolaridade obrigatória era de 4 anos, o que importa é que o futuro de Portugal está comprometido porque deixa de existir um exame que só por cá existia. Curiosamente o Crato desapareceu e já ninguém fala dele, desapareceu o homem mas ficou a ora, obras como o exame da quarta classe e o desinvestimento no ensino do inglês.

 A virtude da nossa Justiça

Podemos acusar a nossa justiça de tudo menos de uma coisa, de ser justa na hora da sacanice, tanto lixam o Sócrates como, por uma questão de equilíbrio e equidade, fazem o mesmo ao Miguel Macedo. Podemos estar descansados, eles podem ser uns canalhas mas, ao menos, são uns canalhas justos.

      
 Peço desculpa ao cidadão Miguel Macedo
   
«Não sei datar (procurando, encontro: lei 20/2013, de 21 de fevereiro, mas só o escrevo para os adeptos de ninharias) o que permite filmar o interrogatório dum arguido, nem me apetece saber o que arguido significa, mas sei o que é um homem ou uma mulher. Eu não sei se havendo "registo audiovisual", seja lá isso o que for, vai "constar dos autos", e com isso só fico sabendo, pela linguagem de ranhosos, que vai acabar mal. Mas mesmo sabendo prossigo. Eu não sei se a divulgação de tais "registos" está proibida "nos termos do..." Marimbo-me para os termos, o artigo e o código, tão frouxos são eles. Não sei também o que são "intervenientes processuais", mas já deu para ver que vai desembocar em "assistentes" (lá está, eu sabia!), que, isso sei, são homens, mulheres e badalhocos. Falemos deste terço de trampa. Não sei quando se decide ser badalhoco, mas sei que quem o aceita ser pode consultar o processo e, pedindo, fica com a cópia do já referido registo audiovisual. Então, o badalhoco faz passar numa televisão a imagem e as palavras dum homem que está a ser interrogado. Os gestos, a voz e os olhares, o que em tribunal um juiz de bem não autoriza ser filmado (só em casos raros, e na sentença) pode, agora, passar em prime time, por causa da trafulhice de linguagem que atrás refiro. Custo da badalhoquice: uma multa. O que não vale nada para os ladrões de alma. Ao cidadão Miguel Macedo peço desculpa pela parte que me cabe por ser português.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

      
 A  operação Marquês é liderada por um inspector tributário
   
«Segundo conta o Diário de Notícias, foram várias escutas telefónicas relacionadas com o processo que levaram a novas suspeitas de corrupção no país africano. Ao que tudo indica, as conversas envolviam Carlos Santos Silva, amigo de José Sócrates, Joaquim Paulo Conceição, administrador executivo do Grupo Lena, António Gameiro, deputado do PS e o cidadão angolano Delfim Albuquerque. Ou seja, a Autoridade Tributária acredita que o angolano é um intermediário no pagamento de comissões para adjudicação de obras ao grupo Lena no país.

Como explica ao DN Paulo Silva, inspetor da Autoridade Tributária, “este interveniente assume um papel de intermediário entre o governo de Angola e o Grupo Lena nas adjudicações de obras públicas naquele país e aos pagamentos das mesmas e, como contrapartida, exige uma contraprestação na proporção da obra adjudicada.” Ora, para confirmar esta situação, foram necessárias as escutas telefónicas a Carlos Santos Silva e, em específico, uma conversa em que o amigo do ex-primeiro ministro falou, no início de 2014, com Delfim Albuquerque que dizia estar à espera de receber 5% do valor de uma obra adjudicada. Os negócios do angolano estendem-se também a Lisboa onde será dono de uma discoteca na zona de Entrecampos.» [Observador]
   
Parecer:

Há aqui qualquer coisa de estranho, é um perito que conduz o processo e dá entrevistas.
     
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Marcelo: de cata-vento a bóia de salvação
   
«O PSD deverá marcar um Conselho Nacional para quinta-feira da próxima semana para declarar o apoio a Marcelo Rebelo de Sousa na corrida a Belém. A decisão será concertada com Paulo Portas, líder do CDS-PP, que também reunirá os conselheiros nacionais nessa altura para o mesmo fim.

A escolha do ex-líder do PSD para ser o candidato dos dois partidos nas presidenciais de 2016 é um dado adquirido entre os sociais-democratas, que vêem nesta eleição uma segunda volta das legislativas de 4 de Outubro. Têm a expectativa de uma vitória e sobretudo de uma derrota do primeiro-ministro António Costa, caso venha a apoiar um candidato perdedor.

Marcelo Rebelo de Sousa é o único candidato de centro-direita, depois de Rui Rio e de Santana Lopes terem desistido de avançar para Belém. Na sua mais recente entrevista, à RTP1, Passos Coelho inclinou-se para apoiar o professor, embora remetesse a questão formal para o Conselho Nacional e para uma “articulação” com o CDS. O líder do PSD admitiu que Marcelo é o que “mais possibilidades tem de ter uma candidatura que possa ser mobilizadora”. » [Público]
   
Parecer:

Pobre Marcelo!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Estava a ver que não
   
«A Comissão Permanente do PSD, reunida esta terça-feira durante cerca de três horas, decidiu avançar com uma moção de rejeição ao programa do Governo do PS. Uma iniciativa coordenada como CDS e o seu líder.

Paulo Portas já tinha decidido no mesmo sentido e apenas se aguardava que Pedro Passos Coelho ouvisse a direção do seu partido.

O assunto suscitou alguma ponderação entre os sociais-democratas, mas a decisão está fechada. Quinta-feira, no fim do debate do programa de governo de António Costa, a direita apresentará uma moção de rejeição do mesmo.» [Expresso]
   
Parecer:

O Portas manda e Passos obedece. Mas para a direita chique do Observador esta obediência a Portas fica muito mal ao pantomineiro que agora se diz líder da oposição pelo que é conveniente colocar a questão de outra forma, por isso o Observador diz que «Passos Coelho já decidiu: vai levar a votos uma moção de rejeição do programa de Governo do PS - que tem apoio da esquerda. Portas também alinha na estratégia.».  Enfim, toda a gente sabe desde há dias que Portas já se tinha decidido.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Uma má notícia para a justiça portuguesa
   
«A magistrada Maria José Morgado foi nomeada para suceder a Francisca Van Dunem na Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.

"O Conselho Superior do Ministério Público deliberou, por unanimidade, nomear, em comissão de serviço, para o lugar de Procuradora-Geral Distrital de Lisboa a Procuradora-Geral Adjunta Maria José Morgado", explicou o comunicado da Procuradoria-Geral da República. » [DN]
   
Parecer:

Sabe-se lá porque motivo não tenho a mais pequena confiança nesta senhora.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 A direita das avenidas novas
   
«A Junta de Freguesia das Avenidas Novas, em Lisboa, encomendou à Universidade Católica um “estudo sobre o desempenho do executivo” em que uma das perguntas era relativa à intenção de voto dos inquiridos nas próximas eleições autárquicas. A sondagem, que custou 14.268 euros aos cofres autárquicos, foi feita no verão, mas os resultados ainda não foram apresentados, nem aos munícipes, nem aos membros da assembleia de freguesia.

Uma das pessoas entrevistadas pela equipa do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Católica explicou ao Observador que o inquérito da junta “era muito longo” e continha perguntas sobre muitas áreas da atuação autárquica: o lixo, a limpeza das ruas, a gestão dos jardins e outras. “No final, perguntavam-me em quem é que eu tencionava votar nas próximas eleições”, explica a mesma fonte, que preferiu manter-se anónima. “Perguntavam em que partido é que ia votar”, especifica. Outras pessoas que também responderam ao inquérito confirmam esta versão.

O executivo da Junta de Freguesia das Avenidas Novas é composto por seis membros do PSD e um independente. É liderado por Daniel Gonçalves. Questionada pelo Observador sobre o estudo, a junta respondeu através de uma agência de comunicação que “os resultados da sondagem serão divulgados assim que a mesma for apresentada à assembleia de freguesia”, onde o tema já foi abordado por eleitos do PS. A 30 de setembro, três meses depois da contratação da Universidade Católica, houve uma assembleia de freguesia. O Observador perguntou à junta porque é que os resultados não foram apresentados naquela ocasião, mas essas questões ficaram sem resposta.» [Observador]
   
Parecer:

Eu fui confrontado com a mesma sondagem e foi-me feita a mesma pergunta depois de quase meia hora de questionário. Aliás, não era a única pergunta a ir além do aceitável.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se.»

   
   
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