domingo, dezembro 06, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Passos Coelho

Quando em plena campanha foi montada a fraude da sobretaxa a iletrada do ministério das Finanças estava optimista pois os últimos meses do ano costumavam ser bons meses de receita fiscal. A verdade é que isso não tem fundamento e os resultados dos últimos dois meses foram desastrosos, nada apontando com uma recuperação. Quando Passos Coelho diz que é possível cumprir a meta do défice de 2,7% não está a falar verdade.

No seu discurso Passos deixa cair subtilmente a meta dos 2,7% e já fala em 3%, enfim, uma personagem muito confiável.
 
«O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse esta sexta-feira, na Guarda, que, no que respeita à despesa, "tudo se encaminha" para que o défice nacional possa ficar este ano "abaixo dos 3%".

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estimou quinta-feira que o défice das administrações públicas, em contas nacionais, tenha ficado nos 3,7% entre janeiro e setembro deste ano, um valor acima da meta do anterior Governo para a totalidade do ano.

"No que respeita à despesa, tudo se encaminha para que nós possamos ter um défice abaixo de 3%", afirmou o ex-primeiro ministro, explicando que, para tal objetivo, "basta manter o nível de esforço de despesa e ter o mesmo padrão de receita que até outubro foi observado, para que um défice inferior a 3% seja alcançado".» [Expresso]

      
 PGR muito empenhada no julgamento de Sócrates
   
«A procuradora-geral da República já escolheu o procurador do Ministério Público que vai acompanhar a investigação e fazer o julgamento de José Sócrates, o ex-primeiro-ministro suspeito de corrupção, branqueamento de capitais e evasão fiscal.

Joana Marques Vidal nomeou por despacho Vítor Pinto, um magistrado com larga experiência em julgamentos, que já acompanhou casos como o Freeport ou o dos submarinos. Apesar de ainda não haver acusação contra José Sócrates e os outros 11 arguidos, a escolha direta de Joana Marques Vidal (os procuradores costumam ficar com os casos por sorteio e só depois da acusação) pode justificar-se com a complexidade e extensão do processo. “A intenção é que o procurador se vá inteirando do caso para não chegar ao julgamento em branco”, explica uma fonte judicial. Rosário Teixeira, o procurador responsável pela acusação, não irá acompanhar diretamente o julgamento.

Vítor Pinto tem 57 anos, nasceu em Moçambique e não é exatamente um magistrado comum. Depois de todos os arguidos do processo dos submarinos terem sido absolvidos por um coletivo de juízes presidido por Judite Fonseca, recorreu para o Tribunal da Relação em termos invulgarmente indignados. “Haja Deus!”, protestava o procurador, acusando o tribunal de “erro notório na apreciação da prova” e de só ter valorizado os depoimentos dos arguidos. Tanta indignação valeu-lhe de pouco, já que o Tribunal da Relação manteve as absolvições dos dez empresários portugueses e alemães acusados de lesarem o Estado português no negócio das contrapartidas pela compra de dois submarinos.» [Expresso]
   
Parecer:

Cheira a cavaquismo que tresanda.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para evr.»
  
 Agora é que o JPP vai ser excomugado
   
«O historiador e comentador político José Pacheco Pereira será orador no Fórum de Ideias para um País Mais Justo e Solidário que a candidatura de Marisa Matias realizará a 19 de dezembro, em Lisboa, no MUDE (Museu do Design). Além do ex-deputado do PSD — nos últimos anos uma das vozes mais críticas dos sucessivos governos, de Sócrates a Passos Coelho —, a iniciativa contará com o economista Ricardo Pais Mamede e Jorge Meneses, antigo alto quadro de Portugal na REPER (embaixada junto da União Europeia), nomeado por um governo de Sócrates.» [Expresso]
   
Parecer:

Mais dia, menos dia vão surgir vozes a exigir a expulsão de JPP do PSD.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelas piadas de mau gosto.»

 A Maria Luís devia ter vergonha
   
«A sobretaxa de IRS fez com que os contribuintes de baixos rendimentos emprestassem ao Estado 85,9 milhões de euros em 2014, através de retenções na fonte, valor que lhes foi devolvido aquando da liquidação final do imposto.

De acordo com as estatísticas relativas à sobretaxa paga em 2014, enviadas pelo Governo ao parlamento na quinta-feira, os agregados familiares que tiveram, em 2014, um rendimento coletável até 7.000 euros pagaram ao Estado 2,3 milhões de euros a título de sobretaxa de IRS. No entanto, ao longo do ano, foram obrigados a fazer um adiantamento de 88,2 milhões de euros através das retenções na fonte, dos quais, 85,9 milhões de euros acabariam por lhes ser devolvidos.» [DN]
   
Parecer:

Passos e Portas deviam sentir vergonha.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»