segunda-feira, dezembro 07, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura


  
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Jumento em Odeceixe (A. Moura, Faro)

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Biodiversidade em Lisboa, cogumelos de Monsanto
  
 Jumento do dia
    
Luís Amado, banqueiro

Quem terá perguntado a Luís Amado, um famoso banqueiro madeirense, o que ele pensa ou deixa de pensar da austeridade? Ainda por cima qualquer leigo percebe que com bancos como o seu a austeridade até dá muito jeito aos banqueiros. Enfim, não seria melhor Luís Amado poupar as suas energias para as gastar num Banif à beira de ser nacionalizado pelo banco de Portugal e entregue ao cuidado das vítimas da austeridade que ele defende.

Já agora, o conhecido banqueiro sabe alguma coisa de economia económica? O país está cheio de gente cujo estatuto resulta de serem ex de qualquer coisa num partido do PS, é o caso do candidato presidencial que anda por aí, do Medina Carreira e agora deste Luís Amado.

«O antigo ministro socialista afirma que não subscreve “a fórmula do fim da austeridade” e que um país “com uma dívida” como Portugal “não pode embarcar em visões muito facilitadoras”. Uma crítica à política do Governo socialista.

“O país com a dívida que nós temos não pode embarcar em visões muito facilitadoras”, disse o antigo ministro no programa “Conversa Capital” da Antena 1, criticando a posição adotada por Mário Centeno, atual ministro da Finanças. “Temos que avaliar até que ponto a política económica que aí vem se vai orientar”, acrescentou ainda.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Sócrates disse no início de novembro que tinha preferência por um Governo de Bloco Central e agora tema que se o país “ficar refém do aumento do estímulo do consumo, criará outros problemas”.» [Observador]
  
 Memórias: o Zé Analfabeto
  


 Ementa de esquerda

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 Um rapaz dado às anedotas

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Estará a falar das medidas declararas inconstitucionais? Dos emigrantes? Dos cortes nos apoios sociais? Do défice? Do crescimento económico? Do reembolso da sobretaxa? De que estará a falar o pequeno imperador  de Valongo?

      
 Quem torto foi no governo tarde ou nunca se endireita na oposição
   
«À medida que os dias passam vão-se descobrindo as carecas, e são várias, do anterior governo. Dir-se-á que é sempre assim, de cada vez que os atores rodam as surpresas aparecem porque há sempre quem abra a boca de espanto como desculpa para não cumprir aquilo que prometeu de cada vez que chega a São Bento.

O problema é que, desta vez, o tempo foi demasiado curto e o cadastro político é demasiado longo. Se recuarmos a 2011 lembramo-nos com facilidade das promessas feitas em campanha apesar dos dias do resgate. Uma vez ganhas as eleições à custa de juras e palavras de honra, foi aquilo que sabemos. Aumentaram-se impostos, cortaram-se salários e pensões, despediram-se funcionários, insultaram-se desempregados a quem chamaram piegas e empurrou-se gente borda fora do país porque era preciso sair da zona de conforto. Tudo em nome de um "desvio colossal" nas contas públicas e de imprevistos que estavam previstos e eram por demais conhecidos.

Cumprida a tarefa da legislatura, voltámos à feira eleitoral. E os mesmos de 2011 apresentaram--se com votos renovados e compromissos frescos. Que a economia estava a crescer como nunca e que estávamos no bom caminho para entrar no clube dos mais competitivos do mundo; que os cofres estavam cada vez mais cheios, o que nos permitiria enfrentar qualquer adversidade imponderada; que a meta do défice nos 2,7% era irrevogavelmente para cumprir; que a sobretaxa do IRS, a uma semana das eleições, era para devolver em 35%.

Findo o mercado do voto e ganhas as eleições em minoria - é certo que os foguetes foram lançados antes da festa -, tudo mudou e o logro veio ao de cima como o azeite. Os resultados ainda estavam quentes e já o crédito fiscal estava reduzido a menos de 10% e pouco faltava para chegar a zero. A economia viçosa e de fazer inveja está afinal estagnada, de acordo com os últimos dados conhecidos. E há dois dias confirmámos através da Unidade Técnica de Apoio Orçamental aquilo que já suspeitávamos ser a realidade: os cofres estão vazios e a meta do défice em que só o governo PSD-CDS acreditava é cada vez mais uma miragem. Isto para não falar das mentiras aos contribuintes sobre o Novo Banco ou da bizarra venda da TAP com nacionalização da dívida e do risco.

Pedro Passos Coelho, que não sei se por ressentimento ou má consciência se nega a referir-se a António Costa como primeiro--ministro, prefere a fórmula "o governo e o seu chefe" como se estivesse a falar de uma quadrilha ou de um gangue - insiste, apesar do lamentável currículo e de as evidências lhe caírem em cima, em alimentar a tese de "fraude eleitoral" e, com o ar mais cândido que consegue mostrar, dá conselhos a quem cabe agora a governação dizendo que, apesar de todo este legado, "está tudo bem".

A falta de vergonha tem de ter limites. E não, o problema não é de défice de legitimidade para criticar a conduta do agora primeiro-ministro nos dias que se seguiram às eleições. É normal e natural que, tendo liderado a força mais votada nas legislativas de 4 de outubro, Pedro Passos Coelho tivesse a aspiração de governar. Mas para isso tinha de ter sido capaz de garantir um apoio que, manifestamente, não assegurou. O que é intolerável é que um ex--chefe de governo seja incapaz de reconhecer que falhou apesar de todos os avisos que chegavam de Portugal e da Europa. E que persista na conduta imprópria da mentira reiterada como se não soubesse o verdadeiro significado da palavra fraude.

Mas, enfim, quem torto foi no governo tarde ou nunca se endireita na oposição.» [DN]
   
Autor:

Nuno Saraiva.
  
      
 Isto ainda vai acabar mal
   
«Carlos Alexandre, juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, pediu ao Conselho Superior da Magistratura que abrisse uma inspeção extraordinária sobre as suas contas bancárias e telefonemas de modo a averiguar que as fugas de informação da Operação Marquês não estão a partir dele.

No início da semana, a defesa do ex-primeiro-ministro José Sócrates pediu à procuradora geral da República a abertura de um inquérito à quebra do segredo de justiça, na sequência das denúncias de Paulo Silva, coordenador da investigação ao nível do órgão de polícia criminal (OPC), que solicitou uma “investigação à própria investigação”, após a publicação numa revista semanal de informações que quebravam o segredo de justiça daquele processo.

A notícia da inspeção extraordinária foi avançada pelo Correio da Manhã e a SIC apurou que a inspeção ainda não começou. Carlos Alexandre já revelou publicamente tudo aquilo que possui e afirmou que nas suas contas bancárias apenas entram depósitos do Ministério da Justiça, correspondentes ao seu salário, e do Ministério das Finanças, correspondentes ao salário da mulher.» [Observador]
   
Parecer:

Quem ver que os jornalistas do CM e do Sol assaltaram a Procuradoria-geral ou o TIC e ninguém deu por isso?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Outra a precisar de levar umas cavacadas do Cavaco!
   
«Marine Le Pen prepara-se para levar o seu partido, Frente Nacional, à vitória em algumas regiões francesas este domingo, sem deixar de lado as suas ideias para a Europa. Para Le Pen, a saída do Reino Unido após o referendo sobre a pertença do país à União Europeia será “maravilhosa” porque isso significa o colapso do projeto europeu.

“Objetivamente, será o início do fim da União Europeia. Eu comparo Bruxelas ao Muro de Berlim. Se a Grã-Bretanha deitar parte do muro abaixo, então acabou. É o fim”, afirmou Marine Le Pen em declarações ao jornal britânico “The Telegraph”. A também eurodeputada e vencedora das eleições europeias em França, trava uma batalha no seu país pela afirmação do partido e outra em Bruxelas pelo fim da integração dos 28.» [Observador]
   
Parecer:

Há aqui trabalho para o Cavaco.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Cavaco que vá a Paris dar uns açoites à moça.»

 Mais obra de Passos Coelho
   
«Entre janeiro e outubro do corrente ano, perderam o emprego – quer por despedimento coletivo, quer por rescisão amigável – 5.700 trabalhadores.

Os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) mostram que o número é inferior ao registado em igual período do ano passado (menos 800 despedimentos), mas novos cálculos podem mudar essa realidade.

Isto se forem contabilizados os empregos que se perderão com os despedimentos anunciados, por exemplo, na Triunfo, Somague, Unicer, Triumph e Cimpor.

A fábrica de bolachas da Triunfo, em Sacavém, vai ser deslocada para outro país. O mesmo se espera em relação à fabricada da marca de lingerie Triumph.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Mas Portugal não ia ser o país mais competitivo do mundo e graças às reformas já atraia o investimento estrangeiro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Questione-se Pires de Lima, a nova Santinah da Ladeira que andou por aí a apregoar milagres e que já usava sapatos fabricados em Portugal.»
  

   
   
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