sábado, dezembro 12, 2015

Marcelo: o Santana Lopes da presidência?

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O comportamento de Marcelo Rebelo de Sousa enquanto candidato presidencial diz muito sobre os seus valores, o seu carácter enquanto pessoa e a sua coragem política, três parâmetros determinantes na avaliação de um Presidente da República.
  
O mínimo que se pode dizer do comportamento de Marcelo é que estamos perante alguém manhoso que há meses se socorre de truques para eliminar os adversários. Há anos que Marcelo é candidato presidencial e gere a sua imagem com esse objectivo, desde os programas de televisão às idas à Festa do Avante, tudo se enquadra numa estratégia de gestão da sua imagem com vista a uma candidatura presidencial.
  
Marcelo sabe que é um perdedor, é um bom enterteiner, há quem diga que é um bom professor, pelo menos ele não se cansa de o dizer de si próprio, mas a verdade é que nunca ganhou nada quando confrontado com outros candidatos. Isso fez dele um manipulador, um gestor de jogos políticos, em suma, um intriguista palaciano.
  
Marcelo foi o último candidato a assumir a sua intenção de se candidatar, dessa forma garantiu que podia usar a televisão par denegrir os outros candidatos disfarçado de comentador político. Durante meses Marcelo foi o professor comentador que se entreteve a destruir as alternativas que iam surgindo sem ter de dar a cara, de se confrontar com adversários. Fê-lo num programa manipulado, com perguntas combinadas e respostas cuidadosamente estudadas.
  
No plano partidário Marcelo foi o candidato presidencial mais empenhado na campanha eleitoral, começou por fazer saber que apenas estaria numa acção de campanha e mesmo nessa não estaria ao lado de Passos Coelho, mas perante o risco de aparecimento de uma candidatura de Rui Rio e interessado num bom resultado da direita empenhou-se activamente na vitória de Passos e Portas. Realizadas as eleições e percebendo que a direita as tinha perdido depressa se afastou do seu partido e namorou a esquerda de forma activa e ignorando que ainda era Conselheiro de Estado, cargo de que não se demitiu. A sua relação com Cavaco foi de uma deslealdade pouco própria de um candidato presidencial, nas para conseguir votos à esquerda vale tudo.
  
Agora dá o tudo por tudo, socorre-se de todos os amigos na comunicação social e enche os jornais e televisões, Marcelo quer vencer as eleições ainda antes de ter de dar a cara perante os outros candidatos. Marcelo sabe que o seu brilho pode estilhaçar-se quando em vez de responder a perguntas combinadas tiver que debater ideias e explicar muitos factos incómodos do seu passado político. Marcelo revela uma grande falta de coragem e tenta destruir os seus adversários de forma cobarde, sem correr riscos.
  
Marcelo tem medo de si próprio, sabe que de um dia para o outro pode cair no ridículo transformando-se num Santana Lopes das presidenciais e faz tudo para eliminar os outros candidatos da forma que sempre foi, um político pouco corajoso, pouco sincero e especializado em manipulação de opiniões.