terça-feira, dezembro 03, 2019

JUMENTO DO DIA


   
Marcelo Rebelo de Sousa


O Presidente da República explicou que não esteve com Greta Thunberg porque não queria que o acusassem de aproveitamento político. Qual aproveitamento político? Não se percebe bem, até porque a Suécia é uma monarquia e Marcelo não iria ganhar muitos votos por aquelas bandas.

A verdade é a presença de Greta Thunberg não é bem recebida por muita gente e por grandes interesses económicos do nosso país. Neste caso era mais a causa que ganhava com Marcelo, do que Marcelo a ganhar com mais uma selfie, desta vez ao lado de uma jovem que é tão atacada por certos meios.

Bem esperemos que Marcelo seja coerente e isso significa que só o voltaremos a ver na mensagem de Natal e, depois disso, no dia 25 de abril.

domingo, dezembro 01, 2019

CONFUSÕES NOS PARTIDOS




A não ser no BE onde a luta pelo poder não se faz sentir, no LIVRE porque havendo só um militante não há divergências e no PCP porque por definição há menos divisões do que na Conferência Episcopal há sinais mais ou menos óbvios de que os diretórios partidários andam muito agitados, uns porque o cheiro a palha anima as hormonas e noutros porque o medo de perderem, a palha dá-lhes para darem coices.

Até mesmo no PCP as coisas nem sempre são claras pois se o putativo candidato nas suas amenas cavaqueiras com o Mendes e o Pires descuidou-se a defender uma Gerigonça, logo na Assembleia Municipal seguinte o Zé Cruz pôs ordem na casa, usou o órgão municipal como sala de imprensa da sede (perdão, do centro de trabalho) do partido e fez uma daquelas declarações políticas que faz dele um mini Jerónimo de Sousa. Afinal o PCP quer a presidência da autarquia e os outros que os apoiem se quiserem.

No PSD começa-se a prever que o cantor deve estar a dar-se mal com o negócio da música e apesar de arruinada a autarquia ainda tem uns trocos, como podemos ver pelas fotos das viagens de turismo institucional que vamos vendo na rede, ainda hoje o Luís Romão fez fotografar junto de duas raparigas jeitosas, enfim, esperemos que não comecem a mandar cartas anónimas, porque alguém vai sugerir que é obra do LdF. Tudo o que em VRSA é anónimo, com exceção dos donos do Grand House é do LdF.

A dúvida está em saber que o Luís consegue passar por cima dos muitos quilos dos Ciprianos e é candidato pelo PSD ou se optar por pedir boleia ao Chega, como muita gente sugere, já que é visível a relação simpática entre o Mendes e o traste da extrema-direita oportunista.

No PS o espetáculo começa a ser divertido, agora que o Eng Murta parecia ter desaparecido e estavam a estender a passadeira rosa para o putativo candidato eis que surge a Super Sónia e quem assiste às reuniões da Assembleia Municipal fica a pensa que a senhora é a presidente do PS. Até se diria que depois de ter falhado em, Castro Marim e em faro, a senhora lá conseguiu oq eu quer em VRSA e há um sério risco de o PS passar a ser a sigla de Partido da Sónia.

Enfim, enquanto seria de esperar que esta gente procurasse soluções ou governasse com competência eis que os que governam governam-se e os da oposição fazem oposição à oposição.

POUCA SORTE




Não sendo a terra maravilhosa que é para os mais afortunados, Vila Real de Santo António não deixa de ser graças ao clima e à sua posição geográfica uma das terras que oferece melhores condições para viver. E se é fácil viver melhor seria se a terra tivesse tido sorte com as suas elites, sejam económicas ou políticas.

A sorte que tivemos com a geografia não tivemos com os dirigentes, exceção feita para o seu fundador e para os investidores que asseguraram ao concelho uma imagem de progresso que durou até finais de anos 70. Desde então temos assistido a uma decadência que não foi travada pelo crescimento do turismo ou por alguns negócios de ocasião gerados pelas vantagens comparativas em relação a Espanha, que geram numerosas oportunidades de negócios.

A última geração de industriais das conservas ou não conseguiram renovar as ambições industriais do concelho ou preferiram fazê-lo noutras paragens. O turismo que nasceu sob o signo da ambição, com a construção do Hotel Vasco da Gama, acabou por ir perdendo qualidade e agora surgem empreendedores anónimos promovidos por concursos camarários a que concorre um único interessado com um capital de 15.000!

Mas se as elites industriais e comerciais não estiveram à altura das possibilidades oferecidas pelo concelho, a verdade é que os vila-realenses não foram exigentes para com os diretórios políticos locais, capítulo em que o concelho nunca teve grande sorte. Os vila-realenses escolheram sucessivas lideranças autárquicas sem grande visão na última década e meia escolheram mesmo alguém que pada e meia escolheram mesmo alguém que quase destruiu a terra e parece querer voltar para destruir o que ainda está de pé.

Vila Real de Santo António merecia melhores industriais, melhores comerciantes melhores políticos locais, mas também merecia que os seus eleitores fossem mais criteriosos e em vez de fazerem como alguns políticos que governam segundo interesses, votassem sem pensar em benesses e envelopes. A margem para mudar este estado de coisas é cada vez mais pequena e mais uma escolha desastrosa e as consequências não apenas ainda mais ruína, o mais provável é que4 o concelho deixe de se é que o concelho deixe de se viável.