segunda-feira, março 31, 2014

Eles acreditam!

Desiludam-se os que pensam que as fonte e inspiração desta política económica são os manuais de economia, as bíblias do liberalismo ou alguma nova corrente de Harvard, isto é uma mistura de ideologia, religião, ódio, inveja, complexos de inferioridade. Está aqui presente a inveja de quem não tem um curso digno desse nome ou de quem não o tirou numa grande universidade da Ivy League, os terços matinais na igreja das beiras ao lado da avó Prazeres, o desprezo pelos soldados analfabetos que vinham da Metrópole ser como carne para canhão, o ódio ao Estado e aos funcionários públicos da Metrópole, o desprezo pelo atraso daMmetrópole face ao sucesso económico das colónias capazes de serem independentes e ricas como a florescente África do Sul.
  
Se alguém imagina uma política económica preocupada com os valores tradicionais das políticas económicas até hoje considerados na Europa é porque se enganou no número da porta, nesta nova política económica não há a mais pequena preocupação com a distribuição, a justiça ou o progresso, o único indicador considerado são as contas de lucros e perdas dos sectores considerados fontes de progresso. Se alguém pensa que eles estão preocupados com as condições de vida dos portugueses, do pobre, do jovem que acabou o curso, do dono do restaurante que está à beira da falência é porque veio ao engano, a regra social desta política é muito clara, quem está mal que se mude e os que estão a mais ou se vão embora ou serão reduzidos à pobreza.
  
Não há qualquer objectivo de crescimento ou de justiça económica nesta política, qualquer réstia de crescimento que subsista serve apenas de motivação para mais austeridade. O objectivo não é minimizar a austeridade beneficiando do crescimento económico, é aproveitar a margem dada por qualquer sinal de crescimento para agravar a austeridade. E se o crescimento resultou do aumento do consumo interno ou é uma consequência das decisões do Tribunal Constitucional pior ainda, é um crescimento pecaminoso que deve ser travado e convertido em mais austeridade.
  
Mas eles acreditam, acreditam mesmo que estão purificando o país, que da mesma forma que Hitler se livrava dos judeus eles estão-se livrando dos funcionários públicos e dos pensionistas, da mesma forma que os nazis começaram por se apropriar dos bens dos judeus eles estão reduzindo os funcionários e os pensionistas à pobreza. Mas tal como os nazis tinham uma lista de gente que estava a mais, também por cá não são só os funcionários públicos e os pensionistas a serem tratados como parasitas da sociedade, os empresários da restauração ou da construção civil são também culpados de parasitismo e de viverem do consumismo, estão para o Portugal de hoje como estavam os ciganos para a Alemanha de outros tempos.
  
Mas eles acreditam que a chave do sucesso não está na política económica, na justiça social ou na educação, a solução está em eliminar o que trava o crescimento, em, levar à falência as empresas consideradas parasitárias, em convidar a emigrar quem enche as estatísticas de desempregados. O problema da economia portuguesa não é do domínio da economia, é um problema de higiene, resolve-se com limpeza e com purificação.
  
Eles acreditam que o dono do restaurante que tem a quarta classe antiga e montou o seu negócio com o que poupou na emigração ou conseguiu trazer de África vai fechar o restaurante e em dois anos tem uma startup a vender tablets para classe média alta de Nova Iorque. Eles acreditam que a aposta não está no cluster das energias renováveis ou nos investimentos estrangeiros em sectores tecnológicos, quem nos vai trazer o progresso são os criminosos chineses atraídos pelos vistos gold. Eles acreditam que em vez de ser o Estado a gerir a economia asfixiando a democracia económica deve convidar-se o Partido Comunista Chinês a gerir a EDP com o apoio do Catroga e entregar os CTT à Goldman Sachs.
  
Mas eles acreditam mesmo, da mesma forma que os devotos de Jim Jones acreditavam no seu pastor, os alemães deliraram co m o Adolfo, os devotos da cientologia estão mesmo convencidos de que estão no caminho do paraíso, os raelinaos aguardam que uma nave espacial venha busca-los para os levar para o céu, até o Charles Manson tinha os seus devotos. Não estamos no domínio da racionalidade ou da economia, estamos perante um novo fenómeno em que se mistura política, economia e religião. 
  
Mas o facto é que eles acreditam mesmo que da purificação do país, da redução dos funcionários públicos a casta inferior, da transformação dos pensionistas em beneficiários agradecidos da caridade, da eliminação da restauração e da construção civil, virá um futuro radioso de progresso onde haverá lugar para os pobres trabalharem, os empresários exportarem cuecas para os chineses, os bancos para financiarem a aquisição do algodão necessário para produzir as cuecas e o Belmiro de Azevedo e o Soares dos Santos para abastecerem as cantinas da populaça.
 
 
 

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Pavão do Castelo de S. Jorge

 Foto dos visitants d'O Jumento

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As melhores pizzas em sua casa", Baião (M. Henrique)
 Jumento do dia
    
Maria Luís, ministra das Finanças

A crer em Marques Mendes, que tem vindo a desempenhar o papel de porta-voz do governo, o briefing informal do secretário de Estado Leite Martins nada teve de ingénuo e o experiente governante não se descaiu, como sugeriu Passos Coelho a partir de Moçambique. A verdade é que se tratou de um golpe da Maria Luís em Luís Montenegro, sinal de que a ministra não brinca em política e se for necessário usa os seus secretários de Estado em snipers para abater quem se meta no seu caminho.
 
      
 A pobreza e os pobres de espírito
   
«1-Nesta semana tivemos notícias do chamado programa de ajustamento. Há quase dois milhões de portugueses a viver com menos de 409 euros por mês, um terço das famílias não pode aquecer satisfatoriamente a sua residência e praticamente metade dos nossos concidadãos não pode acudir a uma despesa de 400 euros sem recorrer a crédito. Ser velho ou ter filhos é uma porta aberta para a pobreza (é bom que as pessoas do Governo percebam que alguém ainda perde a cabeça se se persistir em falar que é preciso ter mais filhos), e vale a pena lembrar que mais de metade das pessoas em situação de desemprego não recebem subsídio.

Os números divulgados pelo INE não deixam margem para dúvida: há cada vez mais pobres e os pobres estão cada vez mais pobres. A isto deve ser somado o aumento da desigualdade, que já sendo das maiores da Europa ainda cresceu mais. É a nova comunidade que estamos a construir, é o caminhar a passos largos para um passado que pensávamos não poder regressar.

Claro que esta queda no abismo da pobreza não surpreenderá ninguém. Muito menos os agentes externos e os fundamentalistas internos da execução da política suicida que vem sendo posta em prática. É este o plano, é esta a visão: criar um exército de pobres disposto a trabalhar por uma malga de sopa e esvaziar o País duns milhões de almas para que haja, digamos assim, mais espaço. É a já nossa conhecida estratégia de empobrecimento. Como acredito que ainda resta um mínimo de preocupação pelos outros cidadãos, um mínimo de decência, um mínimo de noção de bem comum, um mínimo de caridade, imagino que os estrategos desta loucura pensem que esta miséria provoque no final um milagre - um prodígio como o nascimento de árvores das patacas ou o súbito jorrar de petróleo no Bombarral. Tudo isto seria assim uma espécie de sacrifício para expiar pecados e depois viria, por obra e graça do Deus Desconhecido, a bonança. Francamente, já não se conseguem encontrar explicações racionais para a persistência num caminho que está a conduzir a estes resultados.

Mas, no mesmo dia em que foram divulgados mais números da tragédia em curso, Passos Coelho, reagindo pela enésima vez ao Manifesto dos 74 e não prescindindo do acinte com que tem brindado os subscritores, afirmou que este mostrava uma conceção infantil da Europa. Os assinantes do manifesto "estão a falar de uma Europa que não existe, nem existirá e ainda bem, porque ninguém aceitaria uma Europa em que uns poupam para que outros possam gastar". A colagem às teses que dominam a ausência de pensamento europeu é evidente. E é bom que fique claro, não há ponta de ideologia nelas. Passos Coelho está, na prática, a alinhar num conjunto de preconceitos quase racistas, repugnantes e mentirosos, e em assunções pretensamente morais. Não em nenhuma escolha ideológica.

Fica mais uma vez claro que o primeiro-ministro de Portugal pensa que os seus concidadãos são uns esbanjadores, uma malta que andou, e anda, para aí a gastar à tripa-forra. Os povos do Norte, claro está, poupados e sérios, estão fartos da nossa desbunda.

Não ignorando, Passos Coelho, os números da pobreza, do desemprego, da emigração no nosso país, parece perfeitamente razoável chegar à conclusão de que acha que ainda não são suficientes. Não pode ser mesmo doutro modo. E, assim sendo, resta a pergunta: quantos mais pobres e desempregados serão necessários para que sejamos considerados uns probos e dedicados cidadãos, senhor primeiro-ministro?

2-Nesta semana ficou claro que o ministro Maduro não faz ideia do que está a fazer no Governo, que Marques Guedes acha os jornalistas uns manipuladores, que o ministro Mota Soares não é tido nem achado em questões do seu ministério e é substituído por um secretário de Estado dum outro em que Maria Luís Albuquerque manda e acha que não tem de dar confiança a ninguém. O primeiro-ministro ainda não percebeu bem as funções que exerce e pensa que os membros do Governo devem contribuir para um debate sereno... aquele cavalheiro que em 2011 dizia que "a única coisa que aproveito para enfatizar é que todos aqueles que produziram os seus descontos e que têm hoje direito às suas reformas e às suas pensões as deverão manter no futuro, sob pena de o Estado se apropriar daquilo que não é seu".

Entretanto, vêm para aí mais cortes nas pensões (e salários) e foram anunciados de forma a instalar o pânico e a gerar incerteza numa parte já muito fragilizada da população. O costume, portanto.

A novidade veio de Portas. Segundo o vice-primeiro-ministro, cerca de 85 mil pessoas, nos últimos dois anos, deixaram de ter direito ao Rendimento Social de Inserção porque todas elas tinham mais de 100 mil euros na conta bancária. Das duas uma: ou, afinal, havia para aí muito dinheiro sem que ninguém soubesse, ou Paulo Portas mente despudoradamente, miseravelmente, irrevogavelmente, mesmo. É aguardar.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro marques Lopes.
   
   
 Contradições no seio da classe operária
   
«"Nada disto sucedeu por acaso (...) e mostra o mal-estar que vai dentro da coligação", que revela "precipitação, descoordenação e insensibilidade social", afirma Marques Mendes. Mais ainda: "Não sei se esta gente é competente. O que sei é que não tem sensibilidade social." O ex-líder do PSD garantiu, ontem na SIC, que o "Ministério das Finanças não gostou e anulou a promessa do líder parlamentardo PSD" - "Não é verdade que venham aí mais cortes de salários e pensões." E o briefing, assegura Mendes, "destinou--se a desmentir Luís Montenegro".
  
Outra novidade: o secretário de Estado José Leite Martins colocou o seu lugar à disposição depois do "brutal puxão de orelhas" de Passos Coelho e de Paulo Portas por ter antecipado a reforma do sistema de Segurança Social, causando alarme público. E vai sair? "Não", mas foi "desautorizado", ficando "fragilizado" e "nunca mais tem autoridade".» [DN]
   
Parecer:

Desta vez a causa da crise já não é da coligação pois o irrevogável Portas nada teve que ver com o assunto, é a Maria Luís que mede forças com o Montenegro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Boas novas do ajustamento
   
«O ensino superior perdeu 20% dos alunos com mais de 30 anos nos últimos cinco anos, de acordo com o noticiado pelo Público.

A mesma publicação avança que as licenciaturas perderam 7 mil inscritos com mais de 30 anos, quase um terço do total de estudantes adultos que frequentavam o ensino superior em 2009/2010, tendência que não é agravada ainda mais devido aos mestrados.

A crise, o aumento do horário de trabalho e a desvalorização social do ensino superior são apontadas como as causas para esta queda, que contraria a tendência internacional.» [Público]
   
Parecer:

Este país começa a ser um elogio da burrice.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao relvas se foi um deles.»
   
 Faz sentido
   
«O Ministério da Saúde que estudar a possibilidade de atribuir mais responsabilidade aos enfermeiros, autorizando-os a passar exames e renovar receitas, avança o Diário de Notícias. No entanto, a temática está longe de um consenso.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

os enfermeiros de hoje são profissionais altamente qualificados e em numerosas situações a presença sistemática do médico é desnecessária.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
   
   
 Um dúvida muito complexa
   
«Falta, no entanto, perceber se a descida de 23% para 6% da taxa de IVA dos frutos secos com casca rija se aplica ao miolo de pinhão, uma dúvida que os industriais pediram às Finanças para esclarecer, há três meses, e para a qual continuam a aguardar resposta.

"Ninguém nos diz se o pinhão é [taxado] a 6% ou a 23%. Claro que se [o IVA] for de 6% e começarmos a faturar a 6%, isso vai baixar os preços do pinhão. Mas também é um risco estarmos a faturar a 6% e virem depois dizer que afinal é 23%", disse à Lusa o presidente da Associação dos Industriais de Miolo de Pinhão (AIMP), Hélio Cecílio.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Isto só dá para rir.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Foste um medíocre pá!
   
«O antigo primeiro-ministro José Sócrates considera que Durão Barroso teve um mandato medíocre na Comissão Europeia.

Sócrates respondeu assim a Barroso, que revelou, numa entrevista ao Expresso, que Portugal tinha pouco mais de 300 milhões de euros na altura em que a troika «entrou» no País. 

O antigo chefe do Governo negou as alegações de Barroso, referindo a mediocridade na CE: «[Durão] teve um mandado medíocre à frente da Comissão Europeia. Digo isto com tristeza, porque defendi a sua manutenção à frente da Comissão», revelou José Sócrates em declarações à RTP.» [A Bola]
   
Parecer:

Não foi só no mandato que Barroso foi medíocre, ele próprio sempre foi uma personagem medíocre.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao medíocre.»
      

 E Marques Mendes está preocupado com o PSD
   
«Luís Marques Mendes considerou, esta noite, que o Governo errou ao dizer que não haveriam mais cortes, tendo mais tarde desmentido a promessa que tinha feito. O comentador defende que este Executivo em vez de apaziguar os portugueses, está constantemente a assustá-los, sobretudo os mais idosos, o que o leva a afirmar que falta a estes governantes a escola da vida.

O social democrata considera que o executivo de Pedro Passos Coelho não deve insistir em aplicar as suas medidas sobre os mais idosos, alertando para o facto de “um dia destes não haver um único reformado a votar no PSD ou no CDS” e “com toda a razão”.

Por isso, defende que estes devem ter uma maior sensibilidade e sublinha que “os governantes não podem ter apenas a educação da universidade mas também a escola da vida”

Por fim, e com base neste descontentamento, diz que o partido poderá ser surpreendido com maus resultados nas próximas eleições, o que leva o comentador a defender que António José Seguro está a ser beneficiado por estas políticas. “Seguro pode enviar um bilhete a Passos a agradecer pois será graças a ele que ganhará as eleições”, afirmou. » [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

O que preocupa marques Mendes não é o que está sendo feito aos mais idosos, é o receio de que estes deixem de votar no PSD.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
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Parecer:

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Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
   

   
   
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domingo, março 30, 2014

Semanada

Este governo tem um qualquer problema insanável com os briefings, primeiro foi o espalhanço do pequeno Lomba (já repararam que o governo e o PSD tem tanta gente zipada que devia pagar direitos ao WinZip?), agora foi o Leite Martins, secretário de Estado da Administração Pública, a ser frito na frigideira da comunicação social. Estava tudo a correr bem, o Portas despareceu, o Passos estava em Moçambique, a Maria Luís fechada no gabinete, estavam reunidas as condições para os pensionistas e funcionários começarem a ter uma ideia do que lhes iam fazer, só faltava o leite Martins dizer umas coisitas aos jornalistas. Mas tudo correu mal e ninguém assumiu a responsabilidade pela manobra, o Leite Martins foi promovido a mexilhão.
  
O país foi surpreendido pela quantidade de gente rica que com contas bancárias de mais de cem mil euros ainda pediam o rendimento mínimo, o escândalo foi tal depois da denúncia de Paulo Portas que até o merceeiro do Pingo Doce esteve à beira de telefonar ao Amorim e ao Belmiro de Azevedo para propor um comunicado conjunto onde os três homens mais ricos do país declaravam que podem subsídios e outros benefícios de dezenas de milhões de euros, mas nunca foram tão longe ao ponto de pedir o rendimento mínimo, isso já seria demais para a sua idoneidade.
  
Os três ricaços estiveram ainda para pedir ao António Barreto par esclarecer o país informando que eles ainda não tinham sido vítimas do empobrecimento colectivo, não tendo passado à condições de pobres. O conhecido sociólogo poderia tranquilizar os portugueses, o dinheiro que resta ao país continua em boas mãos e sempre vão sendo criados uns quantos empregos como repositores de supermercados ou part-times nas suas caixas. O país está cheio de pobres mas pode festejar pois está melhor e o melhor sinal disso é precisamente o aumento da fortuna dos nossos ricos.
  
Também a ser vítima de alguma pobreza, mas neste caso pobreza de espírito, foi o José Rodriguies dos Santos que decidiu fazer um frete e achou que indo ao arquivo da São Caetano à Lapa ou do Largo do Caldas trazia umas citações que arrumava com a narrativa da narrativa de José Sócrates. O muito british jornalista tuga foi tosquiar e regressou tosquiado, acabou por ser vítima da má preparação do seu golpe baixo, perdeu muita da sua credibilidade à esquerda e agora é uma anedota. Qual será a compensação pelo frete?



Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Painel de azulejos, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Pires de Lima, santinha milagreira da Rua da Horta Seca

Então o senhor ministro da Economia pediu para as empresas aquilo que recusa para o Estado? Enquanto se armava em espertinho dizendo que pedir a reestruturação da dívida era dar um tiro no pé escrevia uma carta ao FMI pedindo a reestruturação da dívida das empresas. Paralavras para quê, é uma santinha milagreira portuguesa.

Ao que aprece a palavra reestruturação deixa em pânico os credores do Estado mas leva ao orgamno os credores das empresas privadas.

«Pires de Lima pedia medidas para viabilizar empresas em dificuldades financeiras, ou seja, uma reestruturação da dívida das empresas portuguesas.

Na sequência desse pedido, o FMI enviou uma comissão técnica a Portugal que produziu um relatório e é com base nesse documento que existe já um esforço conjunto do ministério das Finanças, da Economia e do Banco de Portugal para encontrar um reestruturação que possa ser apresentada na 12ª avaliação da troika.

Esta reestruturação, que já tinha ficado decidida na 11ª avaliação, deverá englobar quatro tópicos: o programa Revitalizar; uma melhoria do quadro de resolução da dívida; o enquadramento legar e fiscal, promoção de recapitalização e entrada de dinheiro novo em empresas em recuperação; revisão dos papeis dos diferentes agentes, dando-lhe mais recursos.» [Notícias ao Minuto]

 
 Mas quem pediu mais sacrifícios aos pensionistas?

Quando se refere aos cortes brutais nas pensões Cavaco Silva usa uma expressão curiosa, diz ele que com o ar pesaroso e de sofrimento que lhe conhecemos, que "é difícil pedir mais sacrifícios aos pensionistas". Segundo a sua lógica os cortes das pensões tiveram não só aa compreensão dos pensionistas, como resultaram da adesão a um pedido do presidente ou do governo.

Quem ouve Cavaco fica a pensar que ele ou o governo apelaram à compreensão dos pensionistas e estes manifestaram-se em massa junto a Belém gritando "sacrifiquem-nos, sacrifiquem-nos, sacrifiquem-nos?".

Poder-se-ia dizer que é uma linguagem típica de políticos, mas é bem pior do que isso, é uma mentira descarada e pura manipulação de opiniões e sentimentos. Os cortes foram recusados no passado por um Passos Coelho que nunca denunciou as suas intenções na campanha eleitoral ou no programa do governo. O que Cavaco está fazendo é transferir para os pensionistas a co-responsabilidade e apoio a uma política sobre a qual nunca foram ouvidos e depois de terem votado em dois políticos, Cavaco e Passos, que os enganaram de forma grosseira e revelando uma total ausência de princípios.

Sejamos honestos ó senhor Silva, os sacrifícios foram impostos apenas a alguns, aos que já não podem fazer greve ou protestar com mais violência e esta estratégia manhosa teve o seu apoio pois ainda há poucos dias deu o seu apoio a tais cortes mandando o orçamento rectificativo para publicação. Tenha um mínimo de coragem e assuma a sua responsabilidade no apoio a esta política.
 
 O que dizer de Barroso

Está gordo, quando se mexe parece gelatina, parece um hipopótamo. 
 
 Cavaco pede cortes aos mais ricos

Passos faz-lhe a vontade e vai cortar nos que ganham mais de 1000 euros e ainda diz que está acabando com as desigualdades pois passam todos a pobres, com excepção daqueles cujo dinheiro é fino demais para ser sujeito à austeridade.

 Perderam o direito ao RSI por terem mais de 100.000€!

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 Ai Jesus!

Há uma semana:

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Este sábado:

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 O bom filho (da mãe!) à casa torna
   
«O presidente da Comissão Europeia disse em entrevista à SIC/Expresso que avisou Passos Coelho de que é preciso considerar os limites políticos e sociais das medidas tomadas e criticou o manifesto que defende a restruturação da dívida.

"É preciso ter cuidado com as mensagens que saem de Portugal. Eu acredito na boa-fé das pessoas que subscreveram aquele manifesto, mas há um erro: é falar em reestruturação", disse Durão Barroso na entrevista publicada hoje pelo Expresso e transmitida na sexta-feira pela SIC, acrescentando que o documento também serviu para "embaraçar o Governo".

"Eu acho que houve, nitidamente, algumas personalidades com o objetivo de embaraçar o Governo, num jogo político, mas eu não quero entrar na luta política", afirmou.» [DN]
   
Parecer:

De repente deste Cherne lembrou-se de que é português.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
 Casas de família são um dos locais mais perigosos do país
   
«O presidente da Comissão de Proteção às Vítimas de Crime considerou hoje "significativo" que os dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) indiquem que cerca de um terço dos crimes de homicídio em Portugal ocorrem dentro da família.

Em declarações à Agência Lusa, Carlos Anjos referiu que as alterações mais significativas prendem-se com o aumento da violência doméstica, dos abusos sobre menores e das ofensas corporais simples e graves, sendo que esse aumento verifica-se "dentro da família", atingindo também os idosos.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Nada de sério e consequente é feito para travar este fenómeno.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adoptem-se medidas.»
   
 Paulo Portas, carpideira oficial do regime
   
«O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, vai representar o Estado português no funeral do antigo chefe de Governo espanhol Adolfo Suárez, que se realiza na segunda-feira em Madrid, disse à Lusa fonte do seu gabinete.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Digamos que além da coordenação económica coordena também as presenças oficiais em funerais.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sem comentários por respeito a Adolfo Suarez.»
   
   
 Mais uma baboseira do Dálmata n.º 102
   
« O cabeça de lista da Coligação Aliança Portugal ao Parlamento Europeu (PE), Paulo Rangel, afirmou hoje, em Coimbra, que o Manifesto 74 não “teve a adesão dos portugueses”, que “já saiu da agenda” e que “ninguém fala dele”.

Ao contrário daquilo que os seus “promotores julgavam”, o documento, intitulado "Reestruturar a dívida insustentável e promover o crescimento, recusando a austeridade", “não teve a repercussão que se esperava, nem teve a adesão dos portugueses”, sustentou Paulo Rangel, que falava aos jornalistas, na tarde de hoje, em Coimbra, à margem de um debate sobre a Europa, promovido pelo PSD de Coimbra.» [i]
   
Parecer:

O nível intelectual deste vira-casacas é algo de impressionante.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao senhor que evite poluir o debate político com o seu mau hálito intelectual.»
     
 PSP combate venda ambulante em Belém
   
«A PSP elaborou hoje 11 autos de contraordenação (multa) por venda ambulante e apreendeu 81 objetos, no âmbito de uma operação desencadeada junto dos monumentos históricos da zona de Belém, Lisboa.

Em comunicado, a PSP refere que a operação decorreu entre as 10:00 e as 12:00 e visou o controlo e identificação de suspeitos ligados à venda ambulante naqueles locais turísticos.» [i]
   
Parecer:

E multaram algum vendedor ambulante de acções da SLN?
   

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se.»

   
   
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