segunda-feira, setembro 30, 2019

É ÓBVIO


É óbvio que num país onde as investigações se arrastam por meses e anos a divulgação da acusação no caso de Tancos durante a primeira semana de uma campanha eleitoral para as eleições legislativas não foi uma mera coincidência, quem o decidiu não só o fez intencionalmente como pode ter escolhido o momento em que teria mais impacto e condicionaria mais o debate. A notícia foi anunciada uma semana antes e a acusação foi tornada pública de forma a inquinar o debate eleitoral a partir de meados da primeira semana, ganhando maior amplitude com os semanários do fim de semana.

É óbvio que quem assim decidiu intervir sabe que não vai impedir o PS de ganhar as eleições, o que significa que o intuito não é levar o PSD ao governo ou impedir o PS de governar, que se desiludam os que julgam que fazem surf neste caso porque ninguém os levará ao colo e muito menos depois de Rui Rio ter defendido uma alteração na lógica de funcionamento do Conselho Superior de Magistratura. O que pretendem é algo mais perverso, manter a instabilidade para fragilizar os governos e promover a imagem dos políticos incompetentes e corruptos.

É óbvio que há magistrados que não merecem a confiança dos portugueses e que tudo fazem para destruir a democracia, atingindo descaradamente os partidos, os seus pilares, passando a imagem dos magistrados honestos face aos políticos incompetentes e corruptos. Estamos perante uma estratégia típica da extrema-direita.

É óbvio que a calendarização destes processos para saírem sempre em momentos eleitorais configura um desrespeito do princípio da separação de poderes, com os magistrados a usarem os códigos como tanques de guerra num qualquer golpe de estado, onde os coronéis fardados são substituídos por viúvas negras vestidas de toga.

Resta esperar pelo próximo domingo para sabermos se os portugueses ainda alinha em golpes e são tão influenciáveis por jogadas sujas ou se mandam à bardamerda dos seus autores, escolhendo livremente aqueles que querem ver no governo. É óbvio que o vão fazer. Rui Rio acaba por ter razão no único ponto em que mudou de ideias de forma oportunista, em relação à justiça e ao comportamento de alguns magistrados.

sábado, setembro 28, 2019

POR UM PARTIDO DOS MAGISTRADOS


Há muito que os grupos corporativos querem o país refém dos seus interesses, em vez de constituírem os seus partidos optam por usar os poderes que têm à mão para tentarem influenciar o curso da vida política., Cada grupo corporativo considera que a causa de todos os nossos problemas são os políticos, para uns o problema resolve-se com advogados, os enfermeiros resolvem com greves que visam provocar mortes, cada um socorre-se da arma que os contribuintes lhes pagam.

No caso dos magistrados do Ministério Público há muito que tentam gerir os destinos do país chamando a si a escolha dos governantes, fazendo-o pela negativa, usam os poderes ao seu dispor para destruírem os políticos que detestam. Todos sabemos que o Mário Nogueira faz greve aos exames, que as laranjas aparecem no inverno, que as melancias são a fruta do verão e que os processos com maior impacto político são tornados públicos em vésperas de eleições.

E os processos contra políticos são como as colheitas da uva para a produção de vinho, há nãos bons e anos maus, no caso do Vinho do Porto os anos muitos bons são eleitos para vintage. Para o nosso Ministério Público anos de boas colheitas costumam ser aqueles em que o PS pode renovar-se no governo ou em eleições e se o alvo for um ministro ou mesmo um primeiro-ministro, então teremos um ano vintage. Isto é, a vindima de 2019 tinha todas as condições para ser vintage e com as primeiras uvas já apanhadas tudo aponta para um bom vinho com o rótulo do Ministério Público.

Até porque mal o MP disse que estava aberta a época da colheita o pessoal da vindima, neste caso o Rio, a Cristas e não só, não resistiram à tentação de se atirarem as uvas, finalmente estavam maduras. O problema é que o vinho do MP não serve para nada, serve apenas para embebedar e está para a sociedade portuguesa como o medronheiro está para o vinho português, é uma zurrapa, vinho a martelo.

A não ser que nos digam que podem transformar a Zezinha num milagroso Centeno, um partidos do MP nada tem para nos oferecer a não ser para os políticos que lhes desagradem.

Está na hora de os nossos magistrados deixarem a clandestinidade e criarem o seu próprio partido.

sexta-feira, setembro 27, 2019

QUEM TEM MEDO DA MAIORIA ABSOLUTA?


Anda por aí tanto medo por cauda da maioria absolutas que é motivo de regozijo, porque quando vemos os que não prescindem ou os que escondem a solução ditatorial dos seus programas são agora contra o autoritarismo, ou quando vemos aqueles que  em privado admiram Salazar converterem-se ao parlamentarismo, só nos podemos sentir felizes e agradecer a Costa por ter conseguido o que mais de um século de debate e de luta política, com muitas guerras e mortes pelo meio, não conseguiram.

Mas deixando para trás tanta hipocrisia, vale a pena perguntar: quem tem medo da maioria absoluta?

Serão aqueles que estiveram no governo de Passos Coelho e aprovaram sucessivos orçamentos assentes em cortes que o Tribunal Constitucional declarou inconstitucionais e que fizeram chantagem com os juízes acenando com o segundo resgate? Estará Cristas esquecida de que o seu Portas teve a coordenação económica do governo desde a saída do Vítor Gaspar? Ou serão os muitos jornalistas que elogiaram os cortes e outras medidas inconstitucionais?

Portugal é uma democracia com mais de 40 anos e, apesar de termos conhecidos alguns governantes com tiques autoritários, a verdade é que com ou sem maiorias absolutas, a democracia nunca  esteve em causa e todos os que abusaram do poder adotando medidas inconstitucionais acabaram por pagar por isso nas urnas.

Como se viu esta semana, com o MP a fazer a sua própria arruada a meio da campanha eleitoral, os governantes sempre respeitaram a separação dos poderes, ainda que alguns tenham chamado forças de obstrução aos tribunais e outras instituições da democracia, da mesma forma que sempre respeitaram o Parlamento, os Tribunais e ã Presidência da República. Nesta legislatura apenas uma norma foi considerada inconstitucional e mesmo essa foi aprovada no Parlamento.

Então porquê tanto medo da maioria absoluta?

Porque os lóbis ligados às corporações perdem a sua capacidade de fazer chantagem sobre um governo democrático e democraticamente eleito, porque os pequenos partidos passam a ter a influência correspondente a esse peso, porque os comentadores profissionais perdem influência, porque os que receiam estar na oposição perdem o apoio dos que precisam desse poder para aceder a favores.

Não são as maiorias absolutas e a democracia que conduziram a regimes autoritários em Portugal, o que conduz ao autoritarismo e à ditadura é a instabilidade política, os governos vulneráveis a todas as influências e chantagens e as sucessivas crises financeiras resultantes de governos limitados na sua capacidade de adotar as políticas adequadas.

Infelizmente há muita gente empenhada em sportinguizar a democracia transpondo para os eleitores o seu medo de perder influência e o dinheiro que conseguem mais facilmente com essa influência. O perigo não está nos governos que respeitam a democracia, está na instabilidade, na pobreza e nas crises económicas ou financeiras.

quarta-feira, setembro 25, 2019

RUI RIO PERDEU A NOÇÃO DO RIDÍCULO


Quando se esperava que Rio encerrasse o ciclo de disparates eis que ele decide subir a parada, agora acha que as campanha eleitoral é decidida por uma luta de galos e que ganha o que tiver o melhor galo para a luta das finanças. Todos os dias desata a exigir a Costa um debate entre os dois Centenos, o dele e o do Costa. Mas como já percebeu que colocou o seu em situação de inferioridade, alterou os nomes, agora exige um debate entre o seu Sarmento e o Sarmento do Costa.

Rui Rio não percebeu a mensagem que está passando de forma subliminar aos seus próprio eleitores, sentindo que não está à altura das circunstâncias socorre-se numa tentativa desesperada de usar um dos seus apoiantes num debate contra um apoiante de Costa. É uma medida kamikaze já que é sabido que Mário Centeno não estará disponível para tal espetáculo degradante, o de ser exibido num debate para que o povo decida qual é o melhor economista.

E se o debate correr mal ao Sarmento do Rui Rio? A seguir vai dizer que tem um Eduardo Cabrita e que exige que o Eduardo Cabrita do Costa faça um debate com o seu. Se tudo correr mal é só ir à lista de membros do governo e escolher o seguinte. Por este andar vamos ter uma espécie da Taça Davis da política, em que os tenistas do Rui vão jogando com os tenistas do Costa, para que seja o que somou mais vitórias a levar a taça do governo.

É pena que Rui Rio não tenha a noção da patetice que está sugerindo, é lamentável que com tantas democracias e tantas eleições já realizadas em Portugal não tenha percebido que a ideia só terna surgido agora graças ao seu brilhantismo eleitoral, mas sim porque o seu nível de patetice é diretamente proporcional ao seu desespero.

Um dia destes vamos ver o Rio exigir a Costa a mais diversas comparações, quem comem mais Big Macs, quem consegue comer mais sardinhas assadas, quem consegue engolir mais cerveja de uma vez, quem consegue mandar uma escarreta mais longe, enfim, são os argumentos que poderão favorecer Rui Rio na sua luta por chegar a primeiro-ministro e evitar a seca de ser deputado num hemiciclo onde o único deputado com classe é ele.

terça-feira, setembro 24, 2019

JUMENTO DO DIA


   
Joaquim Sarmento, Centeno do Rio

Isto começa a ser ridículo demais para poder ser verdade, o Rui Rio diz que tem um Centeno e desafia o Centeno do Costa a debater com ele, como se as eleições fossem apostas numa luta de galos. O mais grave é que o Centeno do Rio aceita o desafio do seu apoderado para discutir com o outro Centeno. Estamos perante uma anedota ou de gente imbecil.

Mas os Centenmos do PSD não eram o Vítor Gaspar e a Maria Luís?

«Joaquim Sarmento aceitou o desafio para um debate sobre finanças públicas com Mário Centeno, revelou a página do PSD. Sob uma perspetiva do que foi dito no frente-a-frente realizado ontem entre os líderes do PSD e do PS, o mesmo é dizer que o Centeno de Rui Rio aceita trocar argumentos com o Centeno de António Costa sobre a situação das contas nacionais.» [Lusa]

segunda-feira, setembro 23, 2019

JUMENTO DO DIA


   
Rui Rio, líder sem Centeno

Parece que o líder do PSD tem um grande argumento para que os eleitores não votem no PS, diz ele que o ministro das Finanças vai abandonar o governo daqui a um ano. É uma argumento velhaco, mas é um pau de dois bicos, ao usá-lo está implicitamente passar uma mensagem de admiração, sugerindo que com Mário Centeno os portugueses devem votar no PS.


Tem alguma razão, desconhecendo-se quem é o seu Centeno e depois de termos conhecido os Centenos do anterior governo do PSD o melhor é mesmo votar neste Centeno.

domingo, setembro 22, 2019

A GLOBALIZAÇÃO DA MUDANÇA CLIMÁTICA


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Há muito que os países ocidentais se preocupam com o ambiente, o problema é que apenas se preocupavam com o ambiente nos seus próprios países, mesmo aqui na Península Ibérica a Espanha escolheu o Tejo para instalar a sua central nuclear, em caso de acidente o impacto seria minimizado, o rio levaria a poluição para Portugal. Por todo o mundo os países ricos deslocalizaram as suas indústrias poluente e a atração desses investimento até ganhou a forma de estratégia de desenvolvimento. Até que um dia, lá longe, na Índia, numa cidade chamada Bhopal...

É óbvio que a cada momento deixamos a nossa marca, quando comemos, quando nos vestimos, quando escrevemos uma carta de amor numa folha da Renova, quando defecamos, quando respiramos, quando nos deitamos numa bela cama em madeira que os nosso avós trouxeram das colónias. A toda a hora tratamos mal o clima, ajudamos os exploradores de países longínquos onde crianças esfomeadas partem as pedras da nossa bela calçada, plantam o algodão das nossas camisas de marca ou colhem as belas bananas que nos são vendidas a bons preços numa promoção.

É óbvio que não podemos deixar de respirar, comer, vestir, viajar, defecar ou dormir. É óbvio que se deixarmos de comer carne de vaca pouco compensamos a multiplicação das low costa que nos enchem as ruas de turistas e nos ajudam a sair da crise. É óbvio que não podemos deixar de comer proteínas e substituir a carne por algumas variedade de peixe pode dar igual ao litro, o mesmo sucedendo com legumes que importamos do norte de África ou de outras paragens.

Mas também é óbvio que se continuarmos com desculpas um dia destes acordamos numa casa sem telhado ou quando formos aliviar a bexiga ficamos com a água até aos tornozelos senão até às cruzes. É óbvio que nos empaturramos em comida que só nos traz problemas, que abusamos da moda graças ao baixo preço dessa maravilhosa globalização que faz o milagre de transformar a fome de crianças asiáticas ou egípcias na beleza das nossas top models.

Podemos estar descansados, para muitos de nós o prazo de validade do planeta ainda dá para estarmos tranquilos, porque quando o vaso cair já passamos. Mas é uma pena aquilo que estamos fazendo aos que vierem a seguir e se muito do mundo que conhecemos na infância já não existe, muitas das próximas gerações irão ver o nosso mundo em formato digital.

JUMENTO DO DIA


   
Rui Rio


Durante quatro anos a direita ou confiou na vinda do diabo ou esperou que as geringonça não resistisse, tudo servindo de motivo para ter a esperança de regressar ao poder. Agora, que seria de esperar que Rui Rio estivesse apostado em apresentar o seu programa, surpreende-nos por eleger as relações entre o BE e o PS para tentar ganhar votos.

O raciocínio é simples, Rio receia que os eleitores tradicionais do seu partido votem no PS para evitar uma maioria absoluta, animando pelos ataques do BE a António Costa. É mau que um líder do PSD sinta necessidade de dizer aos seus eleitores para desconfiarem do PS, é piro ainda que em vez de dizer algo sobre as suas ideias prefira a intriga.

“O líder do PSD alertou hoje para o distanciamento do PS em relação ao BE, porque “dá jeito para as eleições”, notando ser uma tentativa de “limpar” a proximidade dos últimos quatro anos e eventuais aproximações futuras.

“A distância do PS que tenho notado não é nas sondagens, é a distância relativamente ao BE, que é uma coisa que custa a entender. Enquanto foi útil para o PS, o PS andou quatro anos com o BE ao colo, e o BE com o PS ao colo. Agora, como dá jeito nas eleições fazer uma demarcação do BE, [o PS] faz a demarcação. A 06 de outubro [data das legislativas], se precisar, volta a chegar-se ao BE”, criticou Rui Rio no Porto, em declarações aos jornalistas após um percurso de bicicleta e antes de uma caminhada para assinalar o Dia Europeu Sem Carros.” [Lusa]

sábado, setembro 21, 2019

ONDE É QUE EU JÁ VI ISTO?


Há uns tempos atrás a Organização Mundial de Saúde desaconselhou o consumo de carne e foi o que se viu, uma imensa campanha contra as conclusões daquelas organizações com o apoio da indústria, da direita que apoia toda e qualquer indústria e de um certo marialvismo idiota muito típico da nossa terra.

A nossa direita, da mais trauliteira à mais fina do programa “O Último Apaga a Luz”  do canal 3, tem um marialvismo cultural que identifica todas as causas sociais e ambientais que sejam incómodas para as suas empresas ou instituições como imbecis. Não admira que a mesma direita que tanto defende a família fique em silêncio quando a notícia é a morte de uma mulher. Tudo o que cheire a mudança é para combater.

Não admira que um suposto intelectual da direita diga na 3 que se a ideia é comermos ervinhas em vez  de carne de vaca teremos de desbastar a Amazónia. Isto é, o alarve em causa, que sabe muito bem que o desbaste da Amazónia se destina a prados ou a produzir soja para produzir rações, acusa tudo o que cheira a ambientalista das culpa da destruição da Amazónia. Isto é, dentro de muita gente fina da nossa direita há um Bolsonaro.

Agora que o Reitor da Universidade de Coimbra deu um passo que merece ser discutido aqueles que combateram o relatório da OMS questionam agora o reitor sobre as questões de nutrição. Esqueceram-se das evidências científicas divulgadas pela OMS.


Curiosamente ninguém perguntou qual a qualidade da carne de vaca servida nos refeitórios das universidades, ninguém questionou sobre que quantidades estão em causa, que peças são consumidas, que quantidade é servida em cada dose. Por aquilo que dizem até parece que aos estudantes de Coimbra  são servidos bifes do lombo

Até vemos uma senhora que para sabermos que é fina e viajada fala mais de países estrangeiros que visitou do que uma vendedora de uma agência de viagens comparar uma posta mirandesa com um frango de aviário, para concluir que a posta faz mais bem à saúde do que o frango. Talvez tenha razão, a senhora que vá sugerir posta mirandesa aos ingleses que sofrem de cancro do cólon ou do reto, uma doença que no Reino Unido bate todos os recordes. Ela que lhes dê lições sobre nutrição.

A verdade é que sempre que se combateu um problema o argumentário foi sempre o mesmo, fosse com o tabaco, com o açúcar, com o sal ou com a carne de vaca as críticas são sempre as mesmas, que não há evidências científicas, que faz falta ao organismo, que sem proteínas ou açúcar não se vive, que vamos perder a liberdade. Pelo meio tenta-se ridicularizar as medidas ou quem a defende, como estão fazendo ao reitor de Coimbra.


sexta-feira, setembro 20, 2019

JUMENTO DO DIA


   
Teixeira da Mota, advogado

Todos os criminosos, sejam homicidas ou pilha-galinhas, têm direito a um julgamento justo e isso so e possível com um advogado, que tanto pode ser pago pelo EstAdo como pode ser um dos mais caros da capital. Não podemos questionar que um advogado aceite a defesa de alguém acusado de ser criminoso ou perguntar como é que um arguido de poucos recursos consegue pagar a um escritório luxuoso.

Mas não é aceitável que um advogado tente manipular a opinião pública como estratégia de defesa. É um jogo inaceitável que valida a estratégia criminosa dos que usam as violações do segredo de justiça para que as condenações transitem da praça pública para os tribunais.


MAS ouvir dizer que mais de 300 intrusões nos servidores da PGR serviam para ser uma espécie de justiceiro independente só merecer uma gargalhada, ainda que também tenhamos de nos sentir preocupados quando um advogado diz alarvidades como esta.

quinta-feira, setembro 19, 2019

AS GOLAS


Independentemente do que se possa opinar sobre o  caso das golas compradas a uma empresa recomendada pelo padeiro de Arouca, a verdade é que este processo surpreendeu tanta gente como surpreendem os incêndios de verão. É fruta da época, os figos em Agosto, as laranjas no inverno, as sardinhas em junho e os processos judiciais contra políticos duas ou três semanas antes das eleições.

A situação é tão recorrente que já nem surpreendeu ninguém, ainda que quando se sabe que o Ministério Público e a PJ têm recursos tão escassos não tenha deixado de ser surpreendente uma tão grande operação. Centenas de inspetores da PJ e um rebanho de magistrados por causa de meia dúzia de golas? Enfim, desde as famosas buscas ao gabinete do Mário Centeno que não se via nada parecido.

Mas deixemos a justiça seguir o seu curso até porque é sabido que quando se aproximam atos eleitorais o curso da justiça entra numa zona de rápidos e redemoinhos. Agora o que importa é analisar a situação e aceita-se desde já a demissão do secretário de Estado, até porque não lembra ao diabo contratar o padeiro para assessor e ser este a escolher a empresa que iria vender as golas. Antes de se concluir sobre se houve ou não corrupção é óbvio que houve estupidez a mais e um secretário de Estado estúpido deve ser demitido.

Quanto ao impacto deste espalhafato conduzido pelo incansável Alexandre lamento dizer mas desta vez o juiz de turno não deverá ter direito a entrevistas à SIC no quinta de Mação. Convenhamos que as golas dão menos sainete do que um ex-primeiro-ministro. Além disso o assunto são favas depois de almoço, já estava mais do que esgotado e aquilo que se tem visto não é mais do que imagens de arquivo.

O país tem mais para discutir do que golas, padarias e juízes de Mação, pelo que o assunto não vai ter as consequências que alguns imaginaram. Digamos que os portugueses já estão imunizados contra esta manobras.

quarta-feira, setembro 18, 2019

JUMENTO DO DIA


   
Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna

Políticos como Mário Centeno e outros membros deste como de outros governos singram na carreira pela competência técnica. Mas há outros que singram nas carreira com um estatuto de multiúsos, são uma espécie de luminárias a quem não conhecemos grandes habilidades, mas depois damos com eles no topo.

São políticos que se promovem e asseguram a sua posição dentro dos partidos apoiando-se nos caíques dos aparelhos. O negócio é simples, os caciques investem nestes senhores promissores, que quando chegam ao governo retribuem com lugares de secretário de Estado. A ministra do Mar tem em Apolinário, um cacique algarvio, o seu fiel escudeiro e o marido, ministro da Administração Interna, apressou-se a trazer para Lisboa o homem de Arouca.

Mas quando a coisa deu para o torto a culpa foi do padeiro, o desgraçado lá deu a cara e imolou-se em público a bem do chefe. A demissão do secretário de Estado devia ter ocorrido com a primeira fornada de papo-secos e o ministro da Administração Interna tinha que assumir a responsabilidade política pela escolha,. Porque o grande responsável pela situação é ele.


Andam uns a prestigiar o governo, enquanto outros aproveitam o trabalho alheio para promoverem os seus amigos caciques.

terça-feira, setembro 17, 2019

O FILHO DO PROFESSOR


A comparação feita por Rui Rio entre o vencimento de um professor no topo da carreira com um juiz em início de carreira, que conclui que o filho vai ganhar mais do que o pais revela o verdadeiro Rui Rio. Alguém a dar para o provinciano no pior sentido, um desconhecimento total do mundo de hoje, uma forma velhaca de debater política e um populismo saloio.

Na cabecinha do Rui Rio licenciado é licenciado, não importam as responsabilidades, não importa o estatuto constitucional, não importa o nível de qualificação exigido e um professor de trabalhos manuais deve ganhar mais do que qualquer magistrado em início de carreira. Isto é, para a cabecinha deste imbecil não importa que um ensine crianças a brincar com plasticina e o outro decida o destino da vida de muita gente, se é pai deve ganhar mais?

É triste ver comentadores televisivos dizer que assim se ganha um debate, como se o argumento nada dissesse sobre a natureza ética do candidato. Até parece que os portugueses não querem que as qualificações dos seus filhos sejam reconhecidas e fiquem com inveja do que ganham os filhos, como se os portugueses fossem umas bestas tão invejosas que até dos vencimentos dos filhos bem sucedidos sintam inveja.

Compreende-se a postura de um António Costa que ficou boquiaberto com o argumento, não deve ser fácil responder a uma bestialidade destas quando a besta que o disse é amigo pessoal e não lhe podemos dar a resposta merecida.

Alguém que usa a inveja fazendo comparações entre profissões ou entre pais e filhos não tem dimensão moral, ética, humana ou política para estar à frente do governo de um país, o mais longe que deveria poder ir é presidente de junta de freguesia de uma pequena aldeia.

segunda-feira, setembro 16, 2019

A CRISTAS TEM UM LOMBO MUITO CARO



Há limites para a estupidez, como os há igualmente para a falta de honestidade e no debate da líder do CDS com o rapazola dos canitos a Assunção Cristas ou foi estúpida ou revelou uma falta de honestidade intelectual que para os seus padrões religiosos dá lugar à obrigação da confeção como condição para aceder à comunhão e consequente perdão de todos os seus pecados.

O argumento de que sem ajudas o lombo de porco em vez de 5€ passaria a custar 15€ é falso e vindo de alguém que teve a pasta da agricultura durante quatro anos permite concluir que a senhora ou é estúpida ao ponto de ainda não ter percebido a politica agrícola comum ou é profundamente desonesta e usa o seu estatuto de ex-ministra para falar de cátedra e dessa forma enganar as pessoas.

No centro da PAC estava um regime de preços que subia artificialmente os preços agrícolas para assegurar rendimentos altos aos agricultores. Definiam-se os preços e para os manter complementava-se com um regime de intervenção (particularmente forte nos setores das carnes) e com um regime de trocas que consistia em ajudas elevadíssimas às exportações (para tornar os produtos competitivos num mercado com preços muito baixos) e direitos de importação elevadíssimos. Complementarmente e nalguns setores existiam ajudas.

Noutros países em cujos mercados os produtos apresentam preços próximos dos do mercado mundial a sustentação dos rendimentos é conseguido com ajudas diretas ao rendimento dos produtores. Era o caso, por exemplo, do modelo adotado no Reino Unido antes de ter aderido à então CEE.

Portanto os sistemas de proteção na UE sempre resultaram em preços mais elevados do que os do mercado mundial. Basta ver os preços das carnes de vitela de alta qualidade importadas ao abrigo de contingentes com direitos nulos, para se perceber que com os 15€ de que a líder do CDS fala os portugueses em vez de lombo de porco poderiam comprar lombo de vitela importado da Argentina, do Brasil, do Uruguai, do Botswana ou de outras origem que beneficiam deste contingente vulgarmente designado por carne Hilton.

Na verdade os preços da carne de porco praticados no mercado interno europeia seriam aproximadamente metade do preço do mercado mundial. Hoje a relação já não é desta grandeza pois depois de sucessivos rounds de negociações no Âmbito da OMC a Europa tem vindo a desmantelar o seu sistema de proteção na agricultura e, em consequência disso, os preços tendem a baixar.

Já agora vale a pena esclarecer a ex-ministra incompetente que o lombo que no passado era um produto caro, hoje é alvo de sucessivas promoções pois com o desenvolvimento da industrialização da carne de suíno há cada vez mais excedentes desta peça de carne.

É de lamentar tanta estupidez ou desonestidade na líder do CDS, uma ex-ministra não pode falar como uma taberneira esclarecida.

JUMENTO DO DIA


   
Catarina Martins Líder do BE

Parece que os líderes do PSD e do CDS andam num despique para ver quem é que diz o pior disparate. Rui Rio decidiu testar um novo estilo de haraquiri político ao declarar com o ar mais sério deste mundo que não o entusiasma ser deputado, aoq ue muito portugueses terão respondido em surdina "então porque te candidataste?#. Agora foi a vez de Assunção Cristas sugerir que os eleitores estão dormindo e só isso é que justifica as más sondagens do PSD e CDS, por outras palavras, esteve a milímetros de lhes chamar parvos.

Com estes líderes políticos o estranho é que o PSD ainda esteja acima dos 20% e o CDS ainda não tenha sido ultrapassado pelo PAN.

"Em entrevista à agência Lusa, Catarina Martins reitera as críticas que tem feito ao programa eleitoral do partido liderado por António Costa naquilo que diz respeito às “contas certas” que considera não serem apresentadas pelo PS. A líder BE insiste ainda na ideia de que “uma maioria absoluta é perigosa”, até “pelas experiências passadas” que Portugal teve com este tipo de resultado eleitoral, um perigo que “toda a gente reconhece”, incluindo o primeiro-ministro, António Costa. E diz até que se há um voto útil dos socialistas que não querem maioria absoluta nestas eleições é no Bloco de Esquerda”.] [Observador]

domingo, setembro 15, 2019

JUMENTO DO DIA


   
Assunção Cristas, líder do CDS

Parece que os líderes do PSD e do CDS andam num despique para ver quem é que diz o pior disparate. Rui Rio decidiu testar um novo estilo de haraquiri político ao declarar com o ar mais sério deste mundo que não o entusiasma ser deputado, aoq ue muito portugueses terão respondido em surdina "então porque te candidataste?#. Agora foi a vez de Assunção Cristas sugerir que os eleitores estão dormindo e só isso é que justifica as más sondagens do PSD e CDS, por outras palavras, esteve a milímetros de lhes chamar parvos.

Com estes líderes políticos o estranho é que o PSD ainda esteja acima dos 20% e o CDS ainda não tenha sido ultrapassado pelo PAN.

"Lisboa, 14 set 2019 (Lusa) – A líder do CDS-PP dramatizou hoje uma maioria de esquerda saída das legislativas de outubro e pediu aos eleitores do centro-direita que “acordem” e não desperdicem o voto no PS.

“É preciso que as pessoas despertem, que as pessoas acordem. Nenhum voto do centro direita pode ser desperdiçado”, afirmou Assunção Cristas, a meio de uma ação de campanha no mercado de Alvalade, em Lisboa, onde explicou quais são, no seu entender, os problemas de um país “muito inclinado à esquerda”.

Para a líder centrista, “um país à esquerda, muito inclinado à esquerda não dá esperanças às pessoas” e significa um “Estado cada vez mais presente e cada vez mais a asfixiar” os portugueses com “impostos, burocracias e exigências”.

E contrariou a ideia de que um voto no PS, entre o eleitorado do centro e da direita, pode ser "um mal menor"."

quinta-feira, setembro 12, 2019

O COPIANÇO




Esta de o Rui Rio andar armado em puto fazendo queixinhas ao professor de que o puto da fila detrás lhe copiou as respostas do teste começa a ser um bocadinho deprimente. Quando esperamos grandeza e ideias de um político acabamos a ver um palerma a sugerir que é melhor do que os outros porque lhe copiam ideias, isto quando sabemos que serão muito poucas as propostas que possam constar num programa eleitoral que possam ser consideradas originais.

É lamentável que um Rui Rio de quem se esperava uma mudança no PSD acaba por cair numa teia de palermices dando a imagem de um líder partidário demasiado pequenino para que seja candidato a primeiro-ministro. É lamentável que o homem se deixe enredar neste tipo de troicas e  que ele próprio não perceba a má imagem que dá de si próprio. Não há na sua equipa um único membro da liderança do PSD ou um qualquer assessor de imagem que lhe explique que anda de asneira em asneira?

Há alguns dias, em mais uma manobra de puro oportunismo político a líder de um partido que não passa de uma marca branca da extrema-esquerda pura e dura veio enganar os mais distraídos dizendo que o BE é quase social-democrata. Uma afirmação destas vinda de alguém que lidera um partido formado pela extrema-esquerda, por alguns militantes dissidentes do PCP e por trotskistas cheira quase a traição ideológica, é como se a velhinhas UDP e LCI se tivessem convertido à corrente social-democrata do marxismo e estivessem à beira de integrar o PS, lembrando o MÊS de Jorge Sampaio. A esta hora andam o Lenine, o Marx, o Gen. Soares Carneiro e muitos outros às voltas na cova...

Mas quando poderíamos estar perante um debate ideológico interessante eis que o líder parlamentar que integra a direita europeia graças a uma cunha do CDS vem fazer queixinhas ao professor, dizendo que aqui o social-democrata é ele. Isto é, a extrema esquerda criou uma marca branca e tenta vender a imagem da social-democracia e eis que aparece o Rui, dono de outra marca branca que se armou em social-democrata, a exigir direitos exclusivos da representação social-democrata na vida política portuguesa.

Ficamos a saber que Rui Rio não só é um bocado apalermado a fazer política como ao fim de trinta anos ainda não percebeu que a designação social-democrata adotada a partir de determinada altura pelo PPD não passa de mais uma patranha ideológica de um partido que de social-democrata nada tem. Será que Rui Rio acredita mesmo que é social-democrata ou sabe o que isso é? Não parece.

quarta-feira, setembro 11, 2019

E O POPULISMO NÃO SE EVAPORA?




Quem ouve a líder do BE e nada sabe das matérias de que ela fala é bem capaz de achar que a senhora sabe mais do que qualquer outro político pois falsa de todo e qualquer tema de forma douta e segura. O problema é que Catarina Martins, tal como qualquer líder partidário, à exceção de Rui Rio sabe pensar, articular e falar, mas quase tudo o que diz alguém lhe disse ou escreveu um memorando. De qualquer das formas costuma ter a arte de simplificar as ideias e propostas transformando todas as ideias populistas da extrema esquerda seja exibida como soluções mágicas para todos os males.

Todavia, na questão das barragens estendeu-se ao comprido, primeiro porque desta vez não se mostrou segura e em segundo lugar porque foi incapaz de sustentar o que disse, passando a ideia de que o problema das barragens era a perda de água por evaporação. As consequências foram as que vimos, foi gozada por toda a direita, enquanto a esquerda ficou em silêncio porque a Geringonça a isso obriga. Como era de esperar, queixar-se da evaporação de água a meio de uma seca é como o Rui Rio aprovar o caderno reivindicativo do Mário Nogueira.

Este incidentes mostrou que a Catarina Martins é uma boa mistura de patuá com populismo e algumas pitadas de cabeça, uma fórmula que tem dado mais resultados do que as tentativas do PCP de passar as suas ideias e projetos. Aliás, seria interessante saber õ que pensará o PCP, o grande defensor das gloriosas reformas agrárias e das grandes produções agrícolas sobre esta abordagem ambientalista das barragens e do regadio.

A líder do BE tentou falar do que não sabe e com ares de quem sabe muito e os resultado foi uma gargalhada da direita e alguma vergonha da esquerda. É lamentável que a líder do BE tenha agarrado um tem tão sério de forma tão leviandade, destruindo posições ambientais e de política agrícola que merecem reflexão e uma abordagem séria e nada oportunista ou populista.

Mas este incidente teve a vantagem de evidenciar o modelo de atuação política do BE, mostrando o porquê do BE da Catarina Martins e da Mariana Mortágua ter mais sucesso eleitoral do que o do Louçã e do Fazenda. Este BE esconde melhor os seus valores ideológicos e vende o que tem graça vender com artes de caixeiro-viajante com formação em teatro. Fala o que por ser óbvio será o que um eleitor que pensa pouco quer ouvir, por outras palavras é um BE pouco ideológico e muito populista.
Mas desta vez a receita falhou e a Catarina foi gozada, provavelmente terá sido uma das poucas vezes em que não terá merecido ser gozada.

terça-feira, setembro 10, 2019

UM POLÍTICO FORA DE SÉRIE



Emília Cerqueira, deputada modelo da geração parlamentar  Rui Rio?


“Não tenho um particular entusiasmo em ser deputado, não tenho. Fui deputado dez anos numa altura em que o Parlamento tinha um nível qualitativo inferior ao que tinha tido antes, mas muito superior àquilo que tem hoje. Se mesmo quando eu saí, já achava que o Parlamento se estava a degradar e não entusiasmava assim tanto, entretanto ainda se degradou mais, não é função que me entusiasme completamente”

Convencido de que ainda não deu motivos suficientes aos eleitores para que o ignorem nas próximas eleições legislativas o pobre do Rui Rio foi ainda mais longe ao assegurar que não tem vontade de ser deputado. Ora, se não lhe apetece ser candidato a deputado porque motivo inclui o seu nome nas listas? Tanto quanto se sabe nada obriga a que um futuro primeiro-ministro tenha sido eleito deputado e se ele só aceita ser eleito na condição de o PSD ter um bom resultado eleitoral mais valia que tivesse dado o lugar a outro.



Políticos com uma qualidade de fazer inveja aos parlamentares da década de 90...

Aliás, ao fazer esta declaração, que se junta a muitas outras que nos fazem perguntar o que é que o líder do PSD terá dentro daquela cabecinha, o homem só nos está dando mais um motivo para recearmos que a inteligência é coisa que não lhe assiste. O mais curioso é que para justificar esta posição imbecil desvaloriza ao parlamento de hoje, sugerindo que ele é jogador para o Real Madrid, mas o nosso parlamento é uma espécie de campeonato do regional.

É pena que de uma passagem de 10 anos de parlamento do deputado Rui Rio não nos tenha ficado na memória qualquer momento digno de registo por parte do deputado. Dizer que antes de 1991 o parlamento tinha um nível qualitativo ao anterior e que desde então só piorou é uma afirmação digna de um boçal, nunca de um presidente do PSD e muito menos de alguém que não nos tem merecido grande admiração.

É mais um político que encontra na desvalorização da vida política portuguesa a única forma de se colocar em evidência e ainda por cima fá-lo de uma forma absolutamente inaceitável. Ele é tão bom que o parlamento não o merece. Enfim, mais um idiota.

segunda-feira, setembro 09, 2019

CALÇAS O 37 OU O 38?




Esta mania de os políticos irem aos mercados receber banhos de multidão começa a ser preocupante, como se viu no espetáculo triste recentemente proporcionado pela líder do CDS? O espetáculo deprimente proporciona mais uns minutos de tempo de antena, mas não há um único português que mude de voto porque levou um beijinho de um líder de um partido entre as batatas e os pimentos.

O que estes espetáculos estão proporcionando é uma imagem triste dos nossos políticos. Todos sabemos que os mercados não deverão ser o forte da líder do CDS e que o tratamento por tu não será a sua norma de comportamento e muito menos com comerciantes. Ver um comerciante berrar para saber onde está a “Assunção” de pois meter-lhe o braço por cima, conduzindo-a para a banca para lhe vender uns ténis, perguntando-lhe “calças o 37 ou o 38” proporcionam uma imagem muito triste de um político.

Pode ser muito popular, pode ser politicamente correto, mas se para se ser primeiro-ministro a qualidade que se exige é descer desta forma, permitindo a um comerciante um tratamento que ninguém permite isso significa rebaixar o nível da classe política. Compreende-se o desespero da líder que um dia se gabava de ser o terceiro partido e que agora sujeita-se a tudo para não ficar atrás do PAN, não se importando de atirar a imagem dos políticos para a sarjeta.

Esta imagem não condiz em nada com a de uma política que apesar de se a líder partidária mais jovem dá mostras de já ter nascido velha. Ainda há poucos dias víamos uma Assunção Cristas que nos debates quase nem mexia a cabeça para não estragar um penteado que parecia ser uma homenagem a alguma bisavó. A imagem proporcionada pela líder do CDS não é a imagem de nenhum dirigente político deste país, é uma imagem que a líder do CDS tem do que deverá ser um político popular, o que é lamentável porque ela de popular nada teve, de uma política de baixo nível talvez…