Ninguém no seu pleno juízo se lembra de transferir um
organismo público de uma cidade para outra a 320 km só por um mero capricho supostamente
regionalista, depois de uma oferta hilariante a um autarca que se pudesse até
levava para lá o Cristo-Rei. Faria sentido equacionar a instalação no Porto ou
noutras cidades do interior bem mais desfavorecidas, uma nova instituição.
Ninguém politicamente inteligente acha que se podem mudar
famílias inteiras forçando conjugues ao desemprego e a procurar novos empregos,
quando a idade média dos quadros da instituição leva a que ou tenham filhos crianças
e jovens ou pais idosos a precisar de companhia e cuidados.
Ninguém bem formado se lembraria de fazer política obrigando
cidadãos a uma emigração forçada, só apara conseguir meia dúzia de likes, a
maioria deles não convertida em votos.
A decisão do Adalberto de mudar o INFARMED para o Porto é,
no mínimo, uma demonstração de incompetência hilariante.
«O ministro da Saúde acusou esta quarta-feira o deputado social-democrata Ricardo Batista Leite de ter mentido no parlamento e desafiou-o a provar as acusações sobre a divulgação do relatório do grupo de trabalho sobre a transferência do Infarmed.
Numa audição na comissão parlamentar de Saúde, o deputado do PSD começou por apresentar um protesto pelo facto de o relatório do grupo independente que avaliou a deslocalização do Infarmed para o Porto ter sido primeiro divulgado na comunicação e só uma semana depois ter sido enviado pelo Governo ao parlamento.» [Observador]