Alguns partidos têm vindo a desenvolver truques para alimentaram
o seu próprio argumentário político, fazem propostas no parlamento sabendo que
não serão ou não podem ser aceites par depois usarem isso como acusação grave
contra o governo.
O primeiro partido a recorrer a este estratagema de autoalimentação
do seu próprio cardápio político acusatório foi a Assunção Cristas, faz
propostas orçamentais inviáveis para depois vir dizer que o governo não lhe
aceita uma única ideia. O PCP e o BE, que nestas coisas parece aprender depressa,
têm vindo a usar esta estratégia.
A última rasteira montada foi a proposta de eliminar as portagens
da Via do Infante e a rápida requalificação da EN125. Obviamente nada disto se
resolve desta forma e o objetivo do PCP não era resolver problemas mas sim conseguirem
um voto negativo para depois irem para o Algarve mostrar como resolviam os
problemas de uma penada, mas o governo não deixa.
Isto não é política séria, são truques e manhas de gente que
tem pouco respeito pela inteligência dos portugueses. Se os problemas do país
fossem resolvidos de uma penada, como votos da treta no parlamento que bom que
era. Fazia-se uma sessão parlamentar sem hora de encerramento e de uma única vez
resolviam-se os problemas, até se aprovava a criação de uma praia na Messejana
e outra na Amareleja.
O truque funciona, faz-se a proposta, um qualquer deputado
Sá corre para os jornais e depois centenas de militantes entopem o Facebook com
a denúncia dos que não querem o progresso. Como isto é um imenso Portugal dos
pequeninos, os militantes locais já estão a montar ratoeiras idênticas nas
assembleias municipais.
O debate político no país é cada vez menos sério e em vez de
servir para resolver os problemas das populações servem para o Jerónimo, a
Catarina Martins ou a Cristas terem antena para dizerem umas baboseiras eleitoralistas.