sexta-feira, janeiro 25, 2019

E SE NÃO TIVESSE OCORRIDO A CRISE DAS DÍVIDAS SOBERANAS

Se não tivesse ocorrido a crise das dívidas soberanas que levou o país a pedir ajuda Às instituições financeiras internacionais, é muito provável que neste momento a situação do país seria bem mais trágica do que aquela que resultou dos efeitos do memorando com a Troika, efeito largamente agravados por gente irresponsável, como Vítor Gaspar, Passos Coelho ou Maria Luís Albuquerque.

Hoje é óbvio que os grandes bancos portugueses estavam à beira da falência e que sem qualquer ajuda pública iriam cair um a seguir ao outro, como se fossem peças de dominó, nem mesmo a CGD escaparia ao desastre pois o país não estaria em condições para um resgaste de um banco das suas dimensões. 

Foi o resgate da Troika que permitiu antecipar a situação dos bancos, dando-lhes balões de oxigénio que evitaram uma desgraça maior. Mesmo assim vimos desaparecer o BES, o BPP e o BANIF. Sem esta intervenção era uma questão de tempo para que o BES, o BCP ou a CGD entrassem em rota de falência, provocando a falência de todo o sistema financeiro.

Uma falência generalizada dos bancos teria consequências bem mais graves do que as dificuldades de acesso ao mercado financeiro por parte doo Estado. Daqui resultam dificuldades para o Estado, o que obrigou a um corte nas suas despesas. Mas uma situação de bancarrota de todo o sistema financeiro a desgraça teria dimensões catastróficas.

De um dia para o outros cidadãos e empresas perderiam os seus depósitos, a maioria das empresas não teria capacidade de sobreviver dada a sua dependência da banca, os exportadores deixariam de ter capacidade para financiarem as exportações, o crédito ao consumo paralisaria. Seria o colapso de toda a economia.

Dedicaremos o próximo post aos responsáveis por este atentado contra Portugal, gente responsável por mais de duas décadas perdidas, que transformaram a banca numa imensa máquina de enriquecimento pessoal. Como é lógico esse post terá por título “Os filhos da puta” pois não há outro nome que consiga caracterizar tão bem o caráter dessa gente.