Esta mania de os políticos irem aos mercados receber banhos
de multidão começa a ser preocupante, como se viu no espetáculo triste
recentemente proporcionado pela líder do CDS? O espetáculo deprimente
proporciona mais uns minutos de tempo de antena, mas não há um único português
que mude de voto porque levou um beijinho de um líder de um partido entre as
batatas e os pimentos.
O que estes espetáculos estão proporcionando é uma imagem
triste dos nossos políticos. Todos sabemos que os mercados não deverão ser o
forte da líder do CDS e que o tratamento por tu não será a sua norma de
comportamento e muito menos com comerciantes. Ver um comerciante berrar para
saber onde está a “Assunção” de pois meter-lhe o braço por cima, conduzindo-a
para a banca para lhe vender uns ténis, perguntando-lhe “calças o 37 ou o 38”
proporcionam uma imagem muito triste de um político.
Pode ser muito popular, pode ser politicamente correto, mas
se para se ser primeiro-ministro a qualidade que se exige é descer desta forma,
permitindo a um comerciante um tratamento que ninguém permite isso significa
rebaixar o nível da classe política. Compreende-se o desespero da líder que um
dia se gabava de ser o terceiro partido e que agora sujeita-se a tudo para não
ficar atrás do PAN, não se importando de atirar a imagem dos políticos para a sarjeta.
Esta imagem não condiz em nada com a de uma política que
apesar de se a líder partidária mais jovem dá mostras de já ter nascido velha.
Ainda há poucos dias víamos uma Assunção Cristas que nos debates quase nem
mexia a cabeça para não estragar um penteado que parecia ser uma homenagem a alguma
bisavó. A imagem proporcionada pela líder do CDS não é a imagem de nenhum dirigente
político deste país, é uma imagem que a líder do CDS tem do que deverá ser um
político popular, o que é lamentável porque ela de popular nada teve, de uma
política de baixo nível talvez…