quinta-feira, setembro 12, 2019

O COPIANÇO




Esta de o Rui Rio andar armado em puto fazendo queixinhas ao professor de que o puto da fila detrás lhe copiou as respostas do teste começa a ser um bocadinho deprimente. Quando esperamos grandeza e ideias de um político acabamos a ver um palerma a sugerir que é melhor do que os outros porque lhe copiam ideias, isto quando sabemos que serão muito poucas as propostas que possam constar num programa eleitoral que possam ser consideradas originais.

É lamentável que um Rui Rio de quem se esperava uma mudança no PSD acaba por cair numa teia de palermices dando a imagem de um líder partidário demasiado pequenino para que seja candidato a primeiro-ministro. É lamentável que o homem se deixe enredar neste tipo de troicas e  que ele próprio não perceba a má imagem que dá de si próprio. Não há na sua equipa um único membro da liderança do PSD ou um qualquer assessor de imagem que lhe explique que anda de asneira em asneira?

Há alguns dias, em mais uma manobra de puro oportunismo político a líder de um partido que não passa de uma marca branca da extrema-esquerda pura e dura veio enganar os mais distraídos dizendo que o BE é quase social-democrata. Uma afirmação destas vinda de alguém que lidera um partido formado pela extrema-esquerda, por alguns militantes dissidentes do PCP e por trotskistas cheira quase a traição ideológica, é como se a velhinhas UDP e LCI se tivessem convertido à corrente social-democrata do marxismo e estivessem à beira de integrar o PS, lembrando o MÊS de Jorge Sampaio. A esta hora andam o Lenine, o Marx, o Gen. Soares Carneiro e muitos outros às voltas na cova...

Mas quando poderíamos estar perante um debate ideológico interessante eis que o líder parlamentar que integra a direita europeia graças a uma cunha do CDS vem fazer queixinhas ao professor, dizendo que aqui o social-democrata é ele. Isto é, a extrema esquerda criou uma marca branca e tenta vender a imagem da social-democracia e eis que aparece o Rui, dono de outra marca branca que se armou em social-democrata, a exigir direitos exclusivos da representação social-democrata na vida política portuguesa.

Ficamos a saber que Rui Rio não só é um bocado apalermado a fazer política como ao fim de trinta anos ainda não percebeu que a designação social-democrata adotada a partir de determinada altura pelo PPD não passa de mais uma patranha ideológica de um partido que de social-democrata nada tem. Será que Rui Rio acredita mesmo que é social-democrata ou sabe o que isso é? Não parece.