Há muito que os grupos corporativos querem o país refém dos
seus interesses, em vez de constituírem os seus partidos optam por usar os poderes
que têm à mão para tentarem influenciar o curso da vida política., Cada grupo
corporativo considera que a causa de todos os nossos problemas são os políticos,
para uns o problema resolve-se com advogados, os enfermeiros resolvem com
greves que visam provocar mortes, cada um socorre-se da arma que os
contribuintes lhes pagam.
No caso dos magistrados do Ministério Público há muito que
tentam gerir os destinos do país chamando a si a escolha dos governantes,
fazendo-o pela negativa, usam os poderes ao seu dispor para destruírem os
políticos que detestam. Todos sabemos que o Mário Nogueira faz greve aos
exames, que as laranjas aparecem no inverno, que as melancias são a fruta do
verão e que os processos com maior impacto político são tornados públicos em
vésperas de eleições.
E os processos contra políticos são como as colheitas da uva
para a produção de vinho, há nãos bons e anos maus, no caso do Vinho do Porto os
anos muitos bons são eleitos para vintage. Para o nosso Ministério Público anos
de boas colheitas costumam ser aqueles em que o PS pode renovar-se no governo
ou em eleições e se o alvo for um ministro ou mesmo um primeiro-ministro, então
teremos um ano vintage. Isto é, a vindima de 2019 tinha todas as condições para
ser vintage e com as primeiras uvas já apanhadas tudo aponta para um bom vinho
com o rótulo do Ministério Público.
Até porque mal o MP disse que estava aberta a época da
colheita o pessoal da vindima, neste caso o Rio, a Cristas e não só, não
resistiram à tentação de se atirarem as uvas, finalmente estavam maduras. O
problema é que o vinho do MP não serve para nada, serve apenas para embebedar
e está para a sociedade portuguesa como o medronheiro está para o vinho
português, é uma zurrapa, vinho a martelo.
A não ser que nos digam que podem transformar a Zezinha num
milagroso Centeno, um partidos do MP nada tem para nos oferecer a não ser para
os políticos que lhes desagradem.
Está na hora de os nossos magistrados deixarem a
clandestinidade e criarem o seu próprio partido.