sábado, julho 07, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Montra da Rua Augusta

IMAGEM DO DIA

[Will Burgess / Reuters]

«Contra la pobreza. Proyecciones sobre el edificio de la Ópera de Sidney como parte de la campaña Make Poverty History, que hace un llamado a los líderes mundiales para lograr una reducción de la pobreza mundial en 2015.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA




O desespero é mau conselheiro

Desesperado com a derrota anunciada pelas sondagens para as autárquicas intercalares de Lisboa recorre à sua arma secreta, a insinuação. As últimas declarações de Marques Mendes a propósito dos terrenos do Aeroporto de Lisboa são um golpe baixo que só confirmam a pequenez política de Marques Mendes. Com esta derrota Marques Mendes não só leva o PSD para um beco sem saída como prova que não está à altura de ser primeiro-ministro.

A UM “DANONINHO” DA MAIORIA ABSOLUTA?

A crer nas sondagens António Costa arrisca-se a ficar a um “danoninho” da maioria absoluta ao mesmo tempo que Helena Roseta de quem se esperava muito vai sendo reduzida a esse “danoninho”. A evolução das expectativas eleitorais da candidatura de António Costa têm sido uma surpresa pois o candidato resiste às estratégias negativas de alguns candidatos que optaram por esquecer a cidade numa tentativa de obter ganhos eleitorais à custa de uma suposta desilusão com o desempenho governamental de Sócrates.

Mas se António Costa tem tido um bom desempenho também é evidente que a sua campanha está longe de ser boa, alguma arrogância da organização levou a candidatura a desprezar muitos dos seus apoiantes, concentrando-se nos notáveis. Ao desprezar muitos dos apoios que recebeu a candidatura de António Costa arrisca-se a ficar a um danoninho da maioria absoluta.

MAIS UMA DA JUSTIÇA

As normas do direito serão assim tão difíceis de interpretar que levem a que o Ministério Público faça acusações para depois os juízes as deitarem para o lixo. Entretanto, há cidadãos que são constituídos arguidos, que são enxovalhados em público, forçados a contratarem advogados, a suportarem toda a burocracia da justiça e até a demitirem-se de cargos públicos. Já é tempo de os órgãos da justiça portuguesa deixarem de usar a sua próp+ria ineficácia, impunidade e mesmo incompetência para julgarem cidadãos de forma sumária, cidadãos que antes de qualquer julgamento já foram condenados a suportar a arbitrariedade dos magistrados.

O juiz de instrução criminal de Lisboa ilibou Fontão de Carvalho da acusação feita pelo Ministério Público, considerando que na criação de prémios para os gestores da EPUL não houve dolo, abuso de poder ou apropriação ilícita. É evidente que o Ministério Público tem a cultura muito portuguesa de não gostar de perder nem aos feijões e vai recorrer, até porque se não o fizesse até pareceria mal pois estaria a concordar com a decisão. O processo vai continuar a empatar a justiça, a gastar dinheiros públicos e a ocupar os tribunais enquanto outros processos vão prescrevendo, muitos ficam por aguardar e muitos ex-arguidos nem sabem que a justiça (ou o que resta dela) já os ilibou. Os criminosos agradecem.

Compreende-se que a justiça não pode ser julgada por cada erro que comete, mas quando estes erros são sistemáticos e de natureza que permitir recear que possam ser premeditados e com objectivos políticos deve-se questionar quem condena o Ministério Público. Não é justo que a justiça tenha mão leve para maltratar cidadãos e ao mesmo tempo beneficie de total impunidade. Há uma grande diferença entre não ser possível provar que alguém é criminoso e tentar condenar um cidadão sem bases suficientes para o fazer e, porventura, sem matéria palpável para o acusar.

O GOVERNO TEM RESPONSABILIDADES NAS DECISÕES ERRADAS DAS JUNTAS MÉDICAS

Agora que se tornou evidente que as juntas médicas actuam de forma incompetente e com o único objectivo de dizer não, o Governo apressa-se a alterar as normas dando um ar de que não tem quaisquer responsabilidades na matéria. Mas não é bem assim, este e os anteriores Governos devem assumir a responsabilidade pela actuação discricionária, prepotente e desumana dos respresentantes da CGA e da ADSE nas juntas (supostamente) médicas pois estes funcionários não fazem outra coisa senão seguir orientações políticas, se actuaram de uma determinada forma é porque receberam instruções nesse sentido e se essas instruções foram dadas é porque os responsáveis da CGA pretendiam que funcionários à beira da morte continuassem a trabalhar. Se o Governo optou por passar a nomear os dirigentes da Administração Pública segundo critérios de confiança política tem que assumir a responsabilidade política da actuação destes dirigentes.

Além disso, nos dois casos que vieram a público houve conhecimento das situações por parte da tutela e, pelo menos num dos aços, houve reclamação da decisão que não foi atendida. Não estamos, portanto, perante erros produzidos por uma burocracia infernal e pouco dada a respeitar os cidadãos. Se a tutela teve conhecimento e só agora que a comunicação social denunciou os caso é que se preocupou com o problema, teremos que concluir que os responsáveis governamentais estão a actuar com cinismo. Enquanto dois professores se arrastaram pelas escolas até morrerem depois de décadas a dar o seu melhor ao ensino os ministros nada fizeram, mas quando a notícia ganhou honras de primeira página e perceberam que a sua imagem podia ser posta em causa perceberam logo que tinham que fazer algo, mas não o fazem em defesa dos funcionários públicos, fazem-no com medo de perder votos.

Se o Governo quer mesmo assumir responsabilidades deve averiguar até às últimas consequências como foi possível o Estado tratar desumanamente funcionários públicos e se os dirigentes foram nomeados por critérios políticos deve compreender que além de incompetentes os dirigentes da CGA envolvidos no processo são um desastre político, devem, portanto, ser tratados com tal e para prevenir futuros desastres o melhor será proceder à sua demissão imediata.

SER JORNALISTA É CHEGAR ATRASADO ASSIM QUE POSSÍVEL

«Pergunte-se a qualquer jornalista com uns anitos de profissão o que pensa do jornalismo que se faz em Portugal. O mais certo é que fale da orientação superficial e sensacionalista dos media; da sua perspectiva cada vez mais dirigida para o lucro e menos para a seriedade da abordagem e a responsabilidade social; da juvenilização acelerada das redacções e da exploração dos estagiários; do progressivo alheamento dos jornalistas da definição do rumo dos órgãos para os quais trabalham, com os Conselhos de Redacção a serem reduzidos a verbos de encher ou não existindo sequer. Ficará a impressão de uma falta de lastro generalizada e de uma tendência para o pontapé na deontologia - que em alguns casos alcança a selvajaria.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Fernanda Câncio dá-nos um retrato (muito pessimista) do jornalismo que se vai fazndo por cá.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O PS DEVIA MUDAR DE NOME

«O ministro Jaime Silva portou-se com a arrogância e a má educação comuns a quem possui a consciência de deter um poder acima do céu e da terra. Desconheço se é bom ministro se é excelente chefe de família. Realmente, não estou nada interessado em saber do senhor aquilo que pertence à sua individual idiossincrasia. Mas englobo as posturas pessoais e as decisões políticas na lógica de um Governo que detesta toda a gente que o contesta e que persegue todos os recalcitrantes.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Baptista Bastos não gostou de ouvir falar Jaime Silva.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

OS POBRES E O BIODISEL

«O mundo está perante um dilema. Por um lado, a produção de biocombustíveis é fundamental. Porque se trata de uma energia renovável e com muito menor impacte ambiental em relação aos derivados do petróleo (menos 78 por cento de emissões de Co2, dizem estudos dos EUA) e porque reduz a dependência energética do Ocidente em relação à instabilidade do Médio Oriente ou à prepotência russa. Por oposição, um estudo conjunto da FAO, a organização da ONU para a agricultura e a alimentação, e da OCDE alertam para um agravamento nos próximos dez anos dos preços agrícolas, resultante da crescente procura destes produtos para a obtenção de energias alternativas. Esse agravamento, que em produtos básicos como o milho pode superar os "níveis históricos de equilíbrio", vai tornar mais difícil a vida de milhões de pobres em todo o mundo, principalmente nos países que têm de recorrer à importação para satisfazer as necessidades de consumo.» [Público assinantes]

Parecer:

Um editorial interessante de Manuel Carvalho.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

III GG?

«Será que estamos no início da III GG - Terceira Grande Guerra? Por vezes tento imaginar como o nosso tempo será visto daqui a 200 anos. As nossas questões morais - o aborto, a eutanásia, o casamento de gays,... - serão vistas tal como hoje vemos a queda do Império Romano - dos vomitórios, dos bacanais (festas em honra de Baco)...? Ou, pelo contrário, as nossas discussões morais serão óbvias, tal como hoje vemos os desvios do cristianismo quando se discutia se os negros tinham alma ou as fogueiras da Inquisição na salvação das almas. Nunca saberemos, pelo menos em tempo útil. Outra pergunta, dentro do género, é sabermos se estamos a viver uma Terceira Guerra Mundial. Naturalmente com características diferentes das anteriores mas, de qualquer modo, Guerra e Mundial.

Quando hoje vemos a crise do Líbano, a vitória do Hamas ou a derrota americana (e ocidental) no Iraque, tentamos explicar cada uma delas por si. Os palestinianos e os judeus; o Iraque e Bush; ou o Líbano e a Síria. Nada mais errado. Apenas vemos os epifenómenos sem analisar o fenómeno mais profundo: a jihad. O mundo muçulmano não se divide entre radicais e moderados ou xiitas e sunitas mas entre jihadistas e não-jihadistas. Definir a jihad é difícil: é um termo árabe, evoluiu historicamente desde há mais de mil anos e é religiosamente justificado. Ou seja, em tempos idos, mas da nossa era, havia pais que chamavam aos filhos Jihad com o mesmo sentido que uma família portuguesa baptiza a filha de Maria de Fátima, o que não tem um sentido especial.

Hoje a jihad é um movimento com muitas facções mas que tem como objectivo o reestabelecimento do califado, ou seja, unir todos os territórios que, alguma vez, tenham estado sob o domínio muçulmano. Com uma paciência histórica milenar, este califado seria restaurado, saliente-se, de Lisboa a Poitiers na França, abrangendo parte da Itália, todos os Balcãs até às portas de Viena, incluiria a Hungria e os estados mais ou menos independentes do Sul da antiga União Soviética, o Norte de África e, por aí fora até à Indonésia, actualmente o maior país muçulmano do mundo. Já Oriana Fallacci quando, há uns 30 anos, entrevistava Kadhafi da Líbia, foi-lhe mostrado o mapa do futuro califado que, para seu horror, englobava boa parte da Itália.

Nesta perspectiva, a questão palestiniana é para a jihad uma questão menor e a ser resolvida pelo futuro califado. Aliás, Al-Qaeda não presta grande atenção ao assunto. O Hamas, por isso, não reconhece Israel como Estado, pois não pode permitir a existência de um Estado no coração do futuro califado. Embora diga que não se importa que os judeus ali vivam; naturalmente que os judeus devem ter tanta vontade de viver sob as ordens de um califa quanto eu, que, como lisboeta, também estou abrangido por este grande braço de fraternidade jihadista.

Tentar convencer os jihadistas de que o restabelecimento do califado é um absurdo é mais inútil (e mais perigoso) do que tentar convencer um Evangelista do Sul de que Darwin tinha razão. Porque a crença não é racional mas fundada na religião, é uma questão de fé. Com o fim, em 1923, do Califado Otomano, o jihadismo, que lhe é muito mais antigo, ficou sem um centro de comando e fraccionou-se. Hoje são jihadistas a monarquia saudita, os taliban, os mullahs do Irão, o Hamas, a Muslim Brotherhood egípcia, o Hezbollah, Al-Qaeda,... Note-se que o objectivo estratégico final é o mesmo, só as tácticas mudam. Os saudis, através de financiamentos generosos, tentam controlar (e em parte já conseguiram) as universidades americanas no que se refere a estudos árabes e muçulmanos e desta forma moldar o pensamento americano. Al-Qaeda, pelo contrário, atacou directamente o centro: Nova Iorque. (1)

O jihadismo, pós-1923, elegeu sempre a União Soviética como inimigo principal, por ser uma potência militantemente ateia. A derrota soviética no Afeganistão pela Al-Qaeda e os taliban (treinada e armada pelos EUA e co-financiada pelos sauditas) foi responsável (segundo eles exclusivamente) pela queda do "império do mal", usando as palavras de Reagan e dos taliban. O inimigo principal passou a ser o Ocidente decadente, cujo centro são os EUA. Significativo é que, logo a seguir ao 11 de Setembro, a televisão Al-Jazira organizou debates entre "moderados" e radicais em que ninguém discordava do atentado, só se discutia a sua oportunidade.

Como combater o jihadismo é a questão fundamental. Basicamente, primeiro, tem de se saber "salgar o campo onde ele floresce". Atacar Saddam, provavelmente o líder mais anti-jihadista do mundo árabe, foi colocar o Ocidente no Iraque na mesma posição que os soviéticos no Afeganistão há 20 anos. E, como já se viu, propiciar mais uma grande vitória para os jihadistas. E a seguir virá o Afeganistão, de quem, durante uns dois anos, ninguém falou e que agora voltou a estar nas notícias, ou seja, o contra-ataque - a jihad - está em marcha. O mesmo fez Israel quando humilhou e destruiu o Governo e as forças da Fatah nos últimos meses de vida de Arafat. Israel fê-lo com plena consciência de que estava a dar força ao Hamas, à custa dos não-jihadistas da Fatah, e a levar o Ocidente a envolver-se num problema mais global e mais grave. Conscientemente ou não, tanto Israel como Bush adubaram o terreno onde floresce o jihadismo.

Outra vertente da estratégia jihadista - e do contra-ataque ocidental - é o poder atómico. Há uma corrida para o controlo do Paquistão, que já possui a "bomba", e outra no Irão para produzi-la. Com a derrota no Iraque e, a seguir, no Afeganistão, o Ocidente terá de saber, também, como responder militarmente num futuro não muito longínquo.

Voltando à questão do início: será que estamos no início de uma III GG, só que ainda não temos consciência disso? É uma guerra mundial, pois ataca no Bali, em Nova Iorque ou Madrid e envolve dezenas de países. Tem umas frentes difusas e outras bem claras, como o Iraque e Gaza, mas "o inimigo" é sempre dissimulado. É uma guerra com longos interregnos, baixa tecnologia e de base religiosa, tal como na Idade Média. O termo "Guerra dos Cem Anos" só foi usado pela primeira vez séculos mais tarde, no seu tempo nem foi vista como uma única guerra. Do mesmo modo, apesar de declarada formalmente muito antes, só em meados de 1940 os ingleses e o seu Governo tomaram consciência de que estavam efectivamente em guerra, quando realmente viram quem era Hitler ao derrotar a França. (2)

É verdade que estamos a viver um dos períodos da História da humanidade em que menos se morre em guerras. Mas nunca as populações, em todo o lado, se sentiram tão inseguras e, por causa disso, estão dispostas a perder liberdades em nome do combate ao terrorismo. O sentimento de insegurança "come-se à colher" em Nova Iorque ou em Londres.

O mundo árabe não se divide entre moderados e fundamentalistas, entre xiitas e sunitas, mas entre jihadistas e não-jihadistas; não perceber esta distinção é não ver que o que se passa na Tchetchénia, em Gaza, no Iraque, no Líbano ou no Irão é tudo a mesma coisa, é não ver que podemos ter entrado na III GG.

Professor universitário

(1) Veja-se Future Jihad, de Walid Phares, 2005.(2) Leia-se Cinco Dias em Londres: Maio de 1940, de John Lukacs, 2007 (original de 1999).»» [Público assinantes]

Parecer:

Luís Cunha interrompe a temática da política económica para escrever um excelente artigo sobre a jihad islâmica.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

NEM OS MORTOS SE ESCAPAM

«A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar vários hospitais de Lisboa, entre os quais se contam o Curry Cabral e o Hospital de Santa Maria, no sentido de saber que tipo de ligações existem entre funcionários hospitalares e funerárias. O processo é em tudo semelhante ao que aconteceu em Portimão em 2005, de que resultaram 19 pessoas acusadas de corrupção. Oito dos arguidos eram proprietários e funcionários de agências funerárias, oito eram funcionários do Hospital do Barlavento e foram ainda arguidos três bombeiros daquela cidade.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Só não se entende como foi necessário esperar tanto tempo para combater um fenómeno que há muito que é evidente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Analisem-se os procedimentos administrativos dos hospitais para verificar se são permeáveis à corrupção.»

ROTEIRO EM DEFESA DO PATRIMÓNIO

«O Presidente da República quer chamar a atenção para a preservação do património cultural num roteiro que o levará, a 11 de Julho, a Santiago do Cacém, às ruínas romanas de São Cucufate, à Vidigueira e a Mértola.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Um roteiro que merece o nosso aplauso pois o país tem votado ao abandono e à destruição uma baia parte do nosso património. Todavia, o percurso de Cavaco Silva não deveria abranger apenas situações merecedoras de elogio, há por aí castelos a degradarem-se, a servirem de curral de ovelhas ou sem que tenha sido feito qualquer estudo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Apoie-se o gesto do Presidente da República.»

O MINISTÉRIO PÚBLICO ATIROU BARRO A PAREDE?

«O juiz de instrução criminal de Lisboa, responsável pelo processo EPUL, decidiu esta quinta-feira não levar a julgamento o ex-vice-presidente da Câmara de Lisboa, Fontão de Carvalho, constituído arguido no caso, assim como os administradores da empresa.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Nunca percebi muito bem como o vereador era acusado em consequência de um acto de gestão de que não era responsável.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se e no final do processos façam-se as contas ao que o Estado pagou com este processo para que esse montante seja descontado do vencimento do Procurador-Geral da República e dos demais magistrados envolvidos»

HOSPITAIS SEM PLANOS PARA INFECÇÕES

«De acordo com dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS), a maior parte dos hospitais têm sistemas de vigilância de infecções associadas à prestação de cuidados e Comissões de Controlo de Infecção. No entanto, apenas 59% têm um plano de actividades aprovado.» [Diário de Notícias]

Parecer:

São cada vez mais os utentes dos hospitais que regressam mais doentes do que quando lá entraram, as situações de infecções hospitalares multiplicam-se e atingem utentes e pessoal hospitalar, sinal de que algo vai mal, não bastando a justificação da multiplicação de bactérias resistentes em ambiente hospitalar. Basta entrar nalguns hospitais para se perceber que os cuidados adoptados estão longe do desejável.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelos resultados das medidas agora implementadas.»

JUNTAS MÉDICAS: DEPOIS DE CASA ROUBADA, TRANCAS À PORTA

«Os ministérios das Finanças e da Saúde enviaram ontem uma carta conjunta à Ordem dos Médicos (OM) a convidá-la a apresentar sugestões que "contribuam para o aperfeiçoamento das juntas médicas da Caixa Geral de Aposentações (CGA)". Pouco antes, o bastonário da OM, defendeu juntas médicas integradas apenas por profissionais de saúde, que deverão receber formação específica em medicina da segurança social e seguros. Pedro Nunes considera "inaceitável a presença de indivíduos sem formação médica nas juntas e prometeu que a ordem vai continuar a trabalhar no sentido de leva o parlamento a alterar a lei.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Os casos envolvendo dois professores que morreram abandonados desprezados por juntas médicas e abandonados pela Caixa Geral de Aposentações tornaram evidente que muitas juntas médicas são conduzidas por mangas de alpaca cuja única função é dizer não. Ainda ontem o responsável de uma junta médica que condenou um professor que sofria de cancro na traqueia e já não conseguia falar a dar aulas até morrer em serviço dizia a um jornal que voltava a ter a mesma decisão, num gesto de arrogância e brutalidade inútil.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proceda-se a uma revisão das decisões adoptadas pelas juntas médicas realizadas nos últimos dois anos e iniciem-se procedimentos disciplinares contra os responsáveis que adoptaram decisões manifestamente erradas e violadoras dos mais elementares direitos humanos.»

NEGRÃO ESTÁ A FICAR COM A VIDA NEGRA

«Os resultados da sondagem revelam que António Costa - confirmando-se esta configuração da vereação - terá múltiplas escolhas ao seu dispôr para formar uma aliança de Governo. Poderá ser também com o PSD, que tem dois vereadores eleitos - mas a divergência entre Costa e Negrão no programa recuperação económica são muito grandes. Ou com Carmona Rodrigues, mas os casos judiciais que o ex-presidente da Câmara de Lisboa deixou "pendentes" não o tornam boa companhia. Ou ainda com Ruben de Carvalho (CDU) e José Sá Fernandes (BE), mas aqui é difícil a adesão da CDU, que tem prometido constituir-se em "força alternativa". Telmo Correia (CDS-PP) continua aquém da eleição. De Maio para cá, quando a primeira sondagem foi feita (mas a candidatura de Carmona Rodrigues era ainda uma incógnita), todos - menos Ruben - descem em intenções de voto. Os indecisos aumentaram.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Outra coisa não se esperava de alguém cujo apelido retrata na perfeição as suas capacidades políticas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguardem-se pelos resultados.»

20.500 CASOS DE “PANCADARIA” DOMÉSTICA

«Os casos de violência doméstica parecem não parar de crescer em Portugal. Em 2006, as forças de segurança registaram um total de 20595 casos, uma subida de 13,2% face a 2005.

O número de registos pode reflectir, também, o aumento da visibilidade mediática destes casos, dando mais confiança às vítimas para denunciarem as agressões. Mas a verdade é que o aumento das ocorrências tem vindo a subir desde 2000, com uma excepção apenas em 2004. No total, passou-se de cerca de 11 mil ocorrências para mais de 20 mil em apenas seis anos - quase o dobro.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Se considerarmos que uma boa parte dos casos, senão mesmo a esmagadora maioria, não chega ao conhecimento da polícia teremos que concluir que viver em muitos dos nossos “doces lares” é mais perigoso do que passear ao luar nas ruas da Cova da Moura.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adoptem-se medidas para pôr termo a esta vergonha.»

PROVEDOR CONDENA JUNTAS MÉDICAS

«As juntas médicas que decidem se um determinado funcionário reúne ou não condições clínicas para se aposentar são constituídas por dois médicos e presididas por um alto funcionário da Caixa Geral de Aposentações (CGA) ou da ADSE. A Provedoria de Justiça alertou já para a ilegalidade de um regime que permite que "actos médicos" sejam exercidos por não-licenciados em Medicina. Em causa fica a "independência técnico-científica" das decisões.» [Público assinantes]

Parecer:

Ao ler as críticas do Provedor de Justiça ocorre-me dizer que na URSS não teriam feito melhor, a única diferença é que em vez do partido é um Estado idiota que se faz representar e decide pelas juntas supostamente médicas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Altere-se a lei com urgência.»

NO MINISTÉRIO DA SAÚDE OS SEGUNDOS SÃO MELHORES DO QUE OS PRIMEIROS

«A ex-directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, Maria Celeste Cardoso, ficou classificada em primeiro lugar num concurso para chefe de repartição na sub-região de Saúde de Braga, mas o lugar acabou por ser ocupado pela candidata classificada em segundo lugar.

O concurso foi aberto em 2005 e os resultados foram homologados pelo coordenador da sub-região em 17 de Janeiro de 2006. Quinze dias depois, a concorrente classificada em segundo lugar apresentou um recurso, ao qual se seguiu um outro interposto por Maria Celeste Cardoso, mas até hoje o processo ainda não foi despachado pela Administração Regional de Saúde do Norte para o ministro. » [Público assinantes]

Parecer:

O ministro da Saúde deveria explicar aos funcionários como podem confiar nos futuros critérios de avaliação se abre concursos para depois não respeitar os resultados. Mesmo sabendo-se que a maioria dos concursos são uma fraude para escolher quem já foi escolhido o ministro ainda teve o descaramento de escolher alguém que sendo a primeira escolha acabou por ficar em segundo lugar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao ministro da Saúde que vá comprando uma caneta com dignidade para escrever o seu pedido de demissão. Se não souber escrever então que se dirija ao hospital mais próximo para verificar se não terá alguma vértebra em estado que justifique uma actividade governamental menos intensa.»

PODE-SE SER JUIZ SEM TER UM CURSO DE DIREITO

«Tendo em conta estas mudanças, a nova lei determina que, para entrar no CEJ, passa a ser necessário, além da licenciatura em Direito, o mestrado ou outro grau académico superior. Estabelece ainda uma segunda via de acesso à escola de formação de juízes: a experiência profissional de cinco anos, no mínimo, numa área de actividade ligada ao Direito. » [Público assinantes]

Parecer:

Tudo bem desde que não apreça alguém que tenha ido à Universidade Independente tirar o curso num domingo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Esperemos para ver.»

AUTARCA DE NISA É CONTRA A EXPLORAÇÃO DE URÂNIO

«Gabriela Tsukamoto não esteve sozinha, pois a quase totalidade das intervenções realizadas durante um debate promovido pela associação ambientalista Quercus no cineteatro da localidade foi no mesmo sentido. A exploração de urânio é incompatível com o desenvolvimento sustentado que se pretende para o concelho, baseado na sustentabilidade dos espaços rurais e dos recursos naturais, nos produtos de qualidade e certificados e no turismo de natureza, sintetizou José de Almeida, presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre.» [Público assinantes]

Parecer:

Mas não é contra o consumo de nergioa ou de muitos outros bens produzidos com poluição noutros concelhos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se á autarca se o seu conceito de desenvolvimento sustentado considera o impacto noutros concelhos.»

BERLUSCONI USOU SECRETAS PARA IVESTIGAR 200 JUÍZES

«Los Servicios secretos militares italianos espiaron a cientos de magistrados entre 2001 y 2006.

Según diversos documentos hechos públicos ahora, en los años en los que Silvio Berlusconi fue presidente se investigó a más de 200 jueces para iniciar una campaña de descrédito y presiones.

Entre los espiados está el español Baltasar Garzón, pero también han sido espiados políticos de la oposición italiana y periodistas.

Una denuncia del Consejo Superior de la Magistratura denuncia que fue el Servicio Secreto, el Sismi, y no "sectores derivados" de ese servicio, quien realizó actividades de espionaje a magistrados. » [20 Minutos]

QUEMQUISER TOCAR NO METRO DE BARCELONA SUJEITA-SE A UM CASTING

«"Se trata de de garantizar la calidad de la música" y "facilitar las funciones preventivas de control", explica en un comunicado Transports Metropolitans de Barcelona (TMB ).

A los artistas se les exigirá calidad, variedad temática y la convivencia ambiental entre ellos en las instalaciones del metro. También deberán interpretar un mínimo de tres temas escogidos por un jurado, entre los veinte de su repertorio.» [20 Minutos]

O JUMENTO NO TECHNORATI

  1. O "Forreta" e "A Educação" citam O Jumento a propósito do caso Charrua.

TREF

OLEG BEDENKO

SORLIK

LANA LEE

MOYA - MUSEUM OF YOUNG ART

[2][3][4]

AEROBED

[2][3]

JOBWINNER.COM

[2][3]