segunda-feira, dezembro 22, 2008

2008, um ano velho e de velhos


Se olharmos para o ano que se aproxima do fim não só não vemos nada de novo como também não vimos emergir nenhum novo protagonista na política portuguesa, Pedro Passos Coelho ainda tentou mas saiu derrotado. 2008 não só é o ano velho como é um ano de velhos.

Os dois grandes protagonistas da política portuguesa, Manuela Ferreira Leite, totalizam quase um século e meio, se somarmos a idade de Cavaco Silva passamos os dois séculos. Ou seja, a sociedade é dominada por uma autêntica brigada do reumático que sem apresentarem uma ideia nova insistem em não reformar-se, confiando nos mais jovens.

Não admira que perante a crise não tenha surgido uma ideia nova, o debate de novas fórmulas, os velhos da direita limparam o pó a Marx ao mesmo tempo que os da direita puxaram o lustre a Keynes.

Num mundo de desafios os portugueses refugiam-se na segurança que lhes é proporcionada pela suposta sabedoria da velhice, em vez de apostarem em novos projectos e novos protagonistas optam pelo regresso ao passado, não receando em procurar soluções em políticos que ao longo de toda a carreira política nunca tiveram uma ideia nova.

Talvez seja tempo de correr riscos e dar o lugar aos que são capazs de assumir esses riscos.