Jardim do Campo Grande, Lisboa
Francisco Louçã
O Chico Anacleto não conseguiu esconder a raiva pelos resultados do referendo irlandês, mas em vez de comentar a derrota dos extremistas optou por desancar em todos os líderes partidários menos Portas e Jerónimo de Sousa. Quando os irlandeses disseram não, Louçã festejou euforicamente mesmo sabendo que o voto no não foi por receio de muito do que ele por cá defende. Mais hipócrita é difícil.
Manuela Ferreira Leite foi fazer campanha a Alcobaça.
Uma popular referiu-se ao cargo de deputado europeu por "gamela" e Elisa Ferreira ingenuamente concordou. Mas a verdade é que muitos portugueses vêm os lugares de deputado europeus como gamelas de políticos de segunda linha ou de personagens a quem os líderes partidários querem agradecer favores ou dedicação.
Essa é a opinião dos portugueses e, na verdade, tem fundamento em relação a muitos dos deputados europeus, mais preocupados em truques para embolsar mais ajudas de custos do que no desempenho do cargo.
Goraz ou garça-noturna [Nycticorax nycticorax]
Local: Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian
No Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian
«Depois destas declarações de amor, não se percebe por que razão os nativos não se entusiasmam com Elisa. Excepto, talvez, por um medo instintivo de que a senhora faça ao Porto o que deseja fazer a Bruxelas: assinar o nome e, com ligeireza e desrespeito pelos eleitores e pelos cargos, trocar de ‘gamela’. É o velho problema das infidelidades em série: a coisa excita, claro; mas há sempre a possibilidade de os novos amantes serem os próximos traídos.» [Correio da Manhã]
Parecer:
Este João Pereira Coutinho parece ser incapaz e escrever um artigo com o mínimo de higiene, neste caso escreve sem um pingo de honestidade intelectual, um nojo!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Arquive-se.»
«Napoleão definia o ódio político como uma espécie de lente através da qual se vêem os indivíduos, as opiniões e os sentimentos com os cristais da sua própria paixão. Dizia ainda que um verdadeiro homem de Estado deve cuidar para que a lente da política não lhe amplie ou reduza demasiado os objectos.
Recordei-me destas frases enquanto ouvia o sr. Presidente da República fazer o mais lamentável discurso desde que vivemos em, digamos assim, normalidade democrática.
Foi particularmente duro para quem - como o que assina este texto - votou em Cavaco Silva para primeiro-ministro e Presidente da República e o» [Diário de Notícias]
Parecer:
Por Pedro Marques Lopes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
«Parece que, por enquanto, Manuela Ferreira Leite não vai sair da presidência do PSD. Em vez disso, que seria com certeza imerecido vexame, sairá na "melhor altura" até ao fim do precário mandato, que recebeu o ano passado. Espera ainda uma espécie de compensação no próximo domingo. Quer pôr a casa em ordem. E, sobretudo, evitar a eventual eleição de Pedro Passos Coelho, que ela acha, ou dizem que ela acha, um "Sócrates de segunda". Os vários bandos do partido, que se preparam para uma nova guerra civil, não se opõem, desde que ela não exagere e marque rapidamente as "directas" para Janeiro ou Fevereiro de 2010. Mesmo Marcelo é contra uma defenestração imediata, que em princípio favorece o PS. Só um péssimo resultado no dia 12 apressará as coisas.
Há, neste momento, cinco candidatos à sucessão: Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes, Passos Coelho, Paulo Rangel e Aguiar Branco. E é esta a tragédia do PSD. Para começar, Marcelo e Marques Mendes já estiveram à frente do partido e não chegaram a parte alguma. Nem um, nem outro representam hoje para o PSD e o país (por muita inteligência e habilidade que tenham) a unidade e a reforma de que o partido precisa. Pelo contrário, trazem inevitavelmente consigo o peso morto e, a prazo, fatal de uma vida velha e velhas querelas. Passos Coelho (de resto, uma excelente pessoa) é, como diz com razão Ferreira Leite, uma nulidade enfatuada. Paulo Rangel, além de um grande entusiasmo e de uma retórica brumosa e um pouco arcaica, nunca mostrou qualquer qualidade política superior. E Aguiar Branco não existe.
Oproblema do PSD não mudou de 1995 para cá. O dr. Cavaco criou um deserto à sua volta. Entre um populismo provinciano, e às vezes grosso, e meia dúzia de técnicos na reforma ou muito bem arrumados nos "negócios", não deixou ninguém. Basta seguir os fantásticos sarilhos da "espionagem", para se ver o género de gente de quem ele gosta. Não admira que, depois do "cavaquismo", o PSD ficasse sem cabeça ou, se preferirem, com uma dezena de putativas cabeças, que mutuamente se anulavam. Os "sindicatos" de voto e as maiores câmaras (que "davam" empregos) começaram a mandar e, como era inevitável, estabeleceram uma absoluta confusão. Uma confusão que as "directas" (ganhe quem ganhar), a interferência directa ou indirecta de Belém e as relações com o Governo de Sócrates só podem aumentar. » [Público]
Parecer:
Por Vasco Pulido Valente.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
DISCURSO DE CAVACO ESTIMULOU AS INVASÕES DOS SISTEMAS INFORMÁTICOS«O discurso de terça-feira de Cavaco Silva - em que o Chefe do Estado admitiu "vulnerabilidade" no sistema informático da Presidência da República - obrigou a reforçar a segurança da rede Informática do Governo. A partir desse momento, foi montado um "plano de contingência "para evitar o pior.
Alexandre Caldas, que lidera o Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (CEGER), garantiu ao DN que, a partir desse dia, as tentativas de intrusão na rede do Governo quase triplicaram e que foi imediatamente "montado um plano de contingência,para reforçar as medidas de segurança". Em termos práticos, diz, "apertamos a malha desse filtro de segurança". Na edição de ontem, o Expresso assumia ter conseguido entrar na rede informática de São Bento, mas não na de Belém. Mas o alegado sucesso da operação foi imediatamente desmentido, em comunicado, pela presidência deConselho de Ministros.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Pelo que se viu foi o único resultado de um discurso idiota.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
«O partido socialista grego Pasok de Georges Papandreou venceu hoje, domingo, com maioria absoluta, as eleições legislativas antecipadas aos conservadores, indicam as primeiras sondagens à boca das urnas.
O Pasok obteve entre 39,5 e 44 por cento dos votos, indicam as sondagens de sete institutos gregos, difundidas pelos canais de televisão privados Mega e Skai. » [Jornal de Notícias]
PARA JARDIM A POLÍCIA SERVE PARA BATER EM QUEM SE MANIFESTA «A Brigada de Intervenção Rápida da Polícia de Segurança Pública (PSP) teve de intervir para proteger os militantes do PND, uma actuação que Jardim considera ter sido "especialmente em favor de desordeiros porque se tratava de um Governo de uma Região Autónoma".
"Não vou discutir mais o assunto, terça-feira será entregue nos tribunais uma participação- crime contra a Polícia. Não vou falar mais porque cabe aos tribunais decidir", declarou.
Sobre o facto de estar em Machico sem a habitual presença de elementos de segurança pessoal, que foi peremptoriamente dispensada sexta-feira pelo governante insular, Jardim afirmou: "Sinto-me mais seguro sem ela depois do que eu assisti". » [Jornal de Notícias]
Parecer:
É assim a democracia da asfixia democrática.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Manuela Ferreira Leite, talvez ela ainda ande preocupada com a asfixia democrática.»
«Paulo Mota Pinto, vice-presidente do PSD e cabeça-de-lista por Coimbra afirmou este sábado que o seu partido «não tolera pressões sobre órgãos judiciais por estes estarem a investigar dirigentes do PS, nem aceita perseguições a juízes por terem prendido alguns desses dirigentes».
De forma indirecta, Paulo Mota Pinto, queria referir-se ao juiz Rui Teixeira, que ficou conhecido pela sua ligação ao mega-processo da Casa Pia. O magistrado teve «Muito bom» de avaliação e esta terá sido contestada pelos membros do Conselho Superior da Magistratura (CSM) indicados pelo PS. » [Portugal Diário]
Parecer:
Quem propôs a decisão do Conselho Superior de Magistratura que suspendeu a avaliação de Rui Teixeira foi, como toda a gente já sabe, foi Laborinho Lúcio.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Paulo Monta Pinto que seja honesto.»
As Eleições Autárquicas também se travam na blogosfera.
