domingo, fevereiro 14, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do dia
    
Passos Coelho

Ao mesmo tempo que PAssos Coelho pede ao governo que tenha decoro revela uma total ausência de decoro ao falar das reformas que fez referindo-se ao programa deste governo. Chamar reforma à apropriação indevida dos ordenados de uma parte dos portugueses, cortar nas reformas ou aplicar uma sobretaxa ao IRS é gozar com a inteligência dos portugueses.

Passos justificou o corte dos vencimentos com um desvio colossal e garantiu que era para um ano, passados quatro fica-se a saber que a medida foi comunicada a Bruxelas como definitiva e que não havia qualquer intenção de cumprir o acórdão do Tribunal Constitucional. Agora promete social-democracia e para este extremista de direita social-democracia é mais do mesmo, ou seja, das canalhices que fez durante quatro anos.

«O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, pediu "decoro" ao Governo para que não peça aos sociais-democratas que apoiem as actuais políticas, considerando que as mesmas revertem todo o trabalho do anterior executivo.

"Não nos venham exigir, em nome do nosso sentido de responsabilidade, que apoiemos os programas que querem reverter tudo o que fizemos e culpar-nos de todo o mal que existe no país, isso não", disse, acrescentando: "Haja pelo menos esse decoro, de não pedirem o nosso apoio para combater as nossas ideias e desfazer as reformas que nós fizemos".


Pedro Passos Coelho falava este sábado em Portalegre, no decorrer de um almoço convívio com simpatizantes e militantes do PSD que apoiam a sua recandidatura à liderança do partido, tendo visitado antes uma exploração agrícola.» [Público]

      
 Escravatura por dívida
   
«A história conheceu e conhece muitas circunstâncias em que, por não pagamento de uma dívida, uma pessoa perdia a sua liberdade e ia preso ou, pior ainda, era reduzido a um estatuto de escravatura, temporária ou definitiva. Estas práticas existiam na Grécia antiga, com a sempre especial excepção de Atenas, onde Sólon as proibiu. E mais ou menos espalhadas continuaram na Índia praticamente até aos nossos dias, tendo conhecido formas variadas de trabalho forçado durante a expansão colonial europeia. Hoje, uma das formas modernas de escravatura por dívida é praticada pelos grupos mafiosos que exportam mão-de-obra e emigrantes para a Europa e América e mulheres para redes de prostituição, retirando-lhes os documentos, em nome da dívida que contraíram ou as suas famílias para "pagar" a viagem e a entrada ilegal nos países mais ricos. Estamos a falar, como é óbvio, de actividades criminosas, visto que a escravatura é um crime.

(,,,)» [Público]
   
Autor:

José Pacheco Pereira.

      
 A explicar o quê e a quem?
   
«Dezasseis dos 17 ministros do Governo chefiado por António Costa estão hoje por todo o país em sessões de esclarecimento com militantes e simpatizantes socialistas sobre o Orçamento do Estado para 2016.

Segundo uma nota divulgada pelo PS, os ministros e a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Jardim, participarão em sessões durante a tarde de hoje, destacando-se o ministro das Finanças, Mário Centeno, que estará no Clube Farense, em Faro.

Os governantes, à exceção do ministro da Cultura, João Soares, estarão nas capitais de distrito do continente a apresentar a proposta de Orçamento do Estado para 2016 apresentada pelo Governo socialista.» [DN]
   
Parecer:

Digamos que andam a perder tempo pois não saem do circuito interno do partido do governo. Passos teve mais sucesso na comunicação social com a boca da "falta de decoro" do que toda esta excursão governamental. No tempo em que não existiam redes sociais e a informação chegava através das televisões e dos jornais regionais estas iniciativas tinham algum impacto, agora não passam de iniciativas que apenas conduzem a perda de tempo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»