domingo, novembro 06, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


O "28" na Graça, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Vaso com hortelã [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Pedro Gonçalves, gestor por medida

Num mundo em que tudo se faz e vende por medida é normal que também os gestores assim o sejam, aliás, ainda esta semana vimos um presidente da KPMG muito incomodado porque não gostou nada de ver os seus relatórios feitos por medida durante um governo fossem usados com outro governo no poder.

Não admira nada que um administrador espezializado em gastar dinheiro dos contribuintes em expansões de redes de metropolitano apareça agora como um campeão de cortes de linhas. Como se costuma dizer, é sempre uma questão de preço.

«O presidente do grupo de trabalho nomeado pelo Governo para estudar as alterações nos serviços de transportes públicos foi, de 1992 a 2000, administrador do metro de Lisboa e um dos responsáveis pela expansão das linhas. Pedro Gonçalves esteve depois na presidência da Normetro (que desenvolveu a Metro do Porto). Agora propõe cortes radicais nos horários de funcionamento.

O DN percorreu as linhas de metro no horário nocturno até à uma hora e só encontrou reacções de estupefacção e tristeza com a proposta de encerramento às 23.00. Ontem, o ministro Álvaro Santos Pereira garantiu que ainda não há decisões tomadas.» [DN]

 Seguro é um rapaz simpático

Está a negociar os direitos dos trabalhadores do Estado e dos pensionistaa aceitando o corte de um subsídio apesar de se tratar de uma inconstitucionalidade.
     
 

 Como topar um par falso da GNR

«Uma noite destas, no Sotavento algarvio, um automobilista foi mandado parar por dois homens, que julgou da GNR. O par mandou parar, estava vestido de GNR e multou - três boas razões para o automobilista os achar homens da GNR. Uma quarta razão - controversa, há más-línguas que dizem que só confirma a presunção, mas é justo dizer que não, desmente- -a -, uma quarta razão, dizia eu, juntou-se aos dados para classificar o par: quiseram receber logo ali a multa. Pelo Público, onde recolho a notícia, soube que a GNR tirou a coisa a limpo: são "falsos guardas." E um porta-voz aproveitou para nos ensinar a separar o trigo (um par de autênticos militares da GNR) do joio (falsos GNR). Seguem-se as instruções oficiais, e as minhas dúvidas. 1) "Se não existir uma viatura caracterizada nas imediações, cuidado." Não acham que com este aviso os bandidos vão aumentar a parada: em vez de se ataviarem só com um boné da BT comprado na Feira da Ladra, vão passar a atacar com carros-patrulha roubados? 2) "Preste atenção à compostura do militar." Presto, e se ele for malcriado posso ter a certeza, mesmo, que só pode ser bandido? 3) "Se forem militares estão armados." Quer dizer, numa situação de dúvida de eu estar a ser assaltado, devo regozijar-me por os ver armados, é? 4) "Se houver sérias dúvidas, peça a identificação." Deixem-me ver se percebi: é de noite, local ermo, há um par que me amedronta, e eu devo espicaçá-los com exigências?» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
     

 Continua a encenação

«O ministro dos Assuntos Parlamentares admitiu hoje que "todas as propostas (para o Orçamento do Estado) são possíveis de ser avaliadas", incluindo a manutenção de um dos subsídios dos funcionários públicos, como pretende o secretário-geral do PS.»  [DN]

«O secretário nacional do Partido Socialista, João Ribeiro, disse, este sábado, encarar de forma "muito positiva" as palavras do ministro dos Assuntos Parlamentares de admitir a manutenção de um dos subsídios da função pública.» [JN]

Parecer:

Coemça a ser evidente que Seguro aceitou a pinochetada orçamental e que combinou com Passos Coelho um recuo na sequência das suas posições.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ridículo.»