segunda-feira, dezembro 24, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
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  Carrossel no Rossio, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Cada pássaro no seu bordo [A. Cabral]   

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Vaso  [A. Cabral]  

Jumento do dia
  
Vítor Gaspar
 
Se fosse rei Mago este Gaspar estaria demasiado teso para ter prenda para oferecer, aliás, a sua incompetência e incapacidade de previsão dificilmente lhe permitiria encontrar a manjedoura onde estava deitado o menino. Respondendo à dúvida do taberneiro do anúncio publicitário do Licor Beirão o melhor é mesmo passar a fatura em nome do jumento.
 
«O "Correio da Manhã" escreve hoje que "o aumento da carga fiscal está a traduzir-se em menos receitas para o Estado. Até novembro, entraram nos cofres públicos 28,8 milhões de euros, menos 1,7 mil milhões do que em igual período do ano passado, ou seja, uma descida de quase seis por cento".
   
Segundo o jornal, "com a execução a 82,2 por cento, o Governo precisa de arrecadar 6,2 mil milhões de euros este mês, caso contrário não conseguirá cumprir os objetivos revistos em outubro no Orçamento Rectificativo.» [DN]   

 EM cada português um soldado, diz o Passos
 
  

  
 Um Presidente que não conta
   
«É um tempo para pararmos um pouco, olharmos à nossa volta e reflectirmos sobre aquilo que fizemos, aquilo que deixámos de fazer, aquilo que não devíamos ter feito, aquilo que podíamos ter feito melhor", afirmou Cavaco Silva durante a sessão de apresentação de cumprimentos natalícios por parte do Governo.
  
Não é de crer que o homem que nunca se engana e raramente tem dúvidas tenha, por uma vez, resolvido anunciar uma introspecção. De alguém que continua a tentar fazer-nos de parvos e diz que as suas palavras sobre as suas pensões foram mal interpretadas quando todos as ouvimos claramente, não podemos esperar grandes actos de contrição.
  
Por estas e outras não faltou gente a interpretar aquela frase como um recado ao Governo e não como uma espécie de mea culpa. No fundo, uma troca de recados: o primeiro-ministro mandou um recado a Cavaco Silva quando falou - de forma ignorante e imprudente pondo em causa a solidariedade entre gerações, essencial ao equilíbrio da comunidade - sobre "pessoas" que não descontaram o suficiente para ter as reformas de que hoje desfrutam e o Presidente da República tratou de mandar outro recado incentivando Passos Coelho a reflectir. Digamos que estamos bem entregues quando, num momento como o que passamos, Presidente e primeiro-ministro se divertem a mandar recados um ao outro.
  
É provável que a santíssima trindade composta por Passos, Gaspar e Relvas, essa entidade una e indivisível, não tenha consciência do mal que está a fazer ao País e da catástrofe que está a semear. O Presidente da República também ainda não percebeu que está a ser conivente por acções ou omissões da dita trindade, e que os cidadãos entendem que ele é parte integrante da equipa que está a destruir a classe média, a condenar gente, sobretudo de meia-idade (que não mais vai conseguir arranjar emprego) à miséria e a fazer regredir social e economicamente o País muitas dezenas de anos.
  
Não, não foram apenas as suas infelicíssimas declarações sobre as suas pensões, não foi aquele inominável discurso em que ofendeu tudo e todos aquando da sua vitória eleitoral, não foi o episódio das escutas (que em qualquer país civilizado teria levado à demissão do Governo ou do Presidente da República) que faz com que Cavaco Silva seja o Presidente da República mais impopular da história da democracia. Não é em vão que sondagem após sondagem Cavaco Silva reúna mais opiniões desfavoráveis que Seguro, Paulo Portas ou até do duo dinâmico Martins/Semedo - só mesmo Passos Coelho é mais impopular que ele. Nada disto surpreende: além de o sentirem colaborar com o Governo, os portugueses não conseguem perceber a sua importância. Cavaco Silva conseguiu tornar o cargo de Presidente da República irrelevante.
  
O Presidente renunciou ao seu papel de provedor do povo quando não fala dos problemas, das angústias, dos verdadeiros dramas dos seus representados e gasta o tempo com recados que apenas servem para que mais tarde venha com o seu habitual e fútil "eu tinha avisado" que nada acrescenta e apenas lembra a sua inutilidade . Não cumpriu o seu juramento de "defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa" quando deixou que um grupo de deputados fizesse o que ele devia ter feito mandando o orçamento de 2012 para o Tribunal Constitucional. Não pediu a fiscalização preventiva do Orçamento para 2013 quando, segundo todos os constitucionalistas, todos os observadores independentes e até do próprio partido do Governo, este tem várias normas inconstitucionais e apenas 7,6% dos portugueses acham que ele o deve promulgar.
  
Ouviu-se, aliás, muito o argumento de que o Presidente não iria enviar a lei para o Tribunal Constitucional para fiscalização preventiva por existir o risco de não haver orçamento nas primeiras semanas de 2013. Cavaco Silva pode invocar todas as razões para não o ter feito menos essa. O Presidente não jurou cumprir e fazer cumprir um qualquer orçamento, jurou sim fazer cumprir a Constituição. Mais, se as dúvidas são muito fortes não faz sentido que não requeira a fiscalização deixando assim que muito provavelmente entrem em vigor leis inconstitucionais.
  
Quando, lá para Março, toda a gente perceber a catástrofe orçamental, o Governo entrar em colapso, os tribunais, departamentos do Estado e sociedade civil mergulharem numa crise sem precedentes vamos ter um Presidente descredibilizado, impopular, barricado em Belém e em que ninguém confia. Nem os partidos, nem a comunidade em geral. E logo quando mais precisávamos dum Presidente da República.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Marques Lopes.
   
     
 Ai aguentam, aguentam
   
«O coordenador do Observatório Económico e Social da ONU para a Europa do Sul, Artur Baptista da Silva, classifica como "assustadores" os resultados das medidas de austeridade implementadas em Portugal e aconselha o Governo e os parceiros sociais a rever, de imediato, o memorando de entendimento com a troika e a renegociar 41 por cento da dívida soberana.
  
Em entrevista à TSF, o economista explica que trata-se de uma parcela contraída desde 1986 para que Portugal pudesse "ter acesso aos fundos estruturais" da União Europeia.
   
"Esses 121 mil milhões de euros têm que ser separados do resto da dívida. Porque isso não foi viver acima das possibilidades, não foi de os portugueses terem todos a mania que são ricos, sendo pobres. Não. Foi o Estado que teve que aportar este dinheiro, endividando-se no exterior, para ter acesso aos fundos estruturais, os tais fundos de ajuda", disse.» [Expresso]
   
Parecer:
 
O pessoal da ONU não ouviu o Ulrich.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Ulrich que vá à ONU explicar a sua tese do "ai aguentam, aguentam!".»
   
 Buraco na segurança social
   
«A Segurança Social poderá ter um buraco superior a mil milhões de euros, avançou a TVI. Em causa estão dívidas de empresas, que prescreveram no final de 2011.

São cerca de 1 031 milhões de euros, o equivalente a um dos subsídios da função pública, que não será pago este ano. Se o buraco na instituição for confirmado, esta quantia terá de ser suportada por todos os contribuintes.

De acordo com a estação televisiva, o governo sabe da situação desde Janeiro deste ano, altura em que pediu uma inspecção às contas da Segurança Social. O secretário de Estado da tutela, Marco António Costa, já reconheceu a gravidade da situação.

O secretário de Estado tomou conhecimento da situação após ter recebido um dossier, entregue pelo deputado do PSD Eduardo Teixeira, com toda a informação.» [i]
   
Parecer:
 
O que o governo deveria explicar aos portugueses é proque razão se mantém um sistema de cobrança inefica e que ganha muito mais do que os responsáveis do fisco enquanto se boicota o prevista no memorando. Será que o petit Marco António tem mais poder que o país?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Marco António porque razão é cntra um sistema competente de cobrança das contribuições sociais.»
   
 Até tu José?
   
«José Castelo Branco terá sido identificado pela GNR por suspeita de furto de uma caixa de café no "Pingo Doce", na Portela de Sintra, na quarta-feira, conta a imprensa diária deste domingo.
  
"Deve haver uma grande confusão. Estive a semana toda fechado em casa", com uma "gripe fortíssima", disse José Castelo Branco, em declarações ao "Correio da Manhã", desmentindo a notícia avançada por aquele diário.» [JN]
   
Parecer:
 
Começam a aparecer sinais do fim próximo Passos Coelho, os mais avisados são os primeiros a abandonar o navio.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Sinais da crise
   
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Parecer:
 
Será que é desta que o Gasparoika se vai condoer com as vítimas da sua política?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao Gasparoika.»