Personalidade d 2007: Joe Berardo Joe Berardo tem tudo para ser rejeitado pelos “grandes” de Portugal, deveria ser inculto mas tem uma fabulosa colecção de arte moderna, como emigrante devia ter-se ficado por uma “maison” mas possui uma grande fortuna, sem formação deveria pedir conselhos ao gerente de uma qualquer agência bancária mas faz vida negra a banqueiros, como rico devia ser discreto mas não se cansa de fazer barulho.
Berardo representa tudo o que as nossas elites da “cagança” odeiam mas tem o que essas mesmas elites adoram, muito dinheiro, dinheiro suficiente para humilhar e mandar Jardim Gonçalves par a reforma, par obrigar Pinto Monteiro a recebe-lo e para fazer da ministra da Cultura uma moça de recados.
Governante do ano: Correia de Campos, ministro da Saúde Para um ministro da Saúde o mais cómodo seria fazer o mesmo que a maioria dos seus antecessores, gerir o imenso buraco financeiro do sector, foi o que fizeram quase todos. Concorde-se ou não com as medidas adoptadas por Correia de Campos, muitas delas polémicas, temos que lhe elogiar a coragem de querer mudar o sector o que implicaria sempre adoptar medidas antipáticas. Num país cuja organização do Estado assenta num modelo municipalista anacrónico não admiram as manifestações promovidas por autarcas que não percebem que as tecnologias da saúde mudaram, que um centro de saúde já não é apenas uma enfermaria para fazer pensos.
ONG do ano: Comunidade Vida e Paz Acompanhar os sem-abrigo durante todos os dias do ano, longe das luzes da ribalta e sem usar esse trabalho para alcançar exposição social é o que os responsáveis da Comunidade Vida e Paz, uma organização ligada à Igreja, têm feito. Não fosse o roubo de que foi alvo, que a deixou sem comida e prendas para o jantar de Natal dos sem-abrigo, esta organização não seria conhecida do grande público. Apesar deste contratempo os sem-abrigo da capital tiveram o seu jantar de Natal e ainda sobraram produtos para distribuir por outras organizações.
Líder político do ano: José Sócrates A José Sócrates tudo corre bem no plano nacional e comunitário, na UE beneficiou de um processo amadurecido que conduziu à assinatura do Tratado em Lisboa, concluindo desta forma uma brilhante presidência da União Europeia No plano nacional beneficia da inexistência de alternativas políticas, para o que os militantes do PSD muito contribuíram ao elegerem Menezes. Desde os ataques à sua formação académica até à tentativa de ressuscitar o processo Casa Pia, passando pelos abusos e disparates de alguns de os seus boys com vocação para Pitbull, a tudo tem resistido.
Político da oposição do ano: Jerónimo de Sousa Numa oposição onde Louça não passa de uma estrela cadente, Menezes é o buraco que se sabe e Portas usou o CDS para se resguardar seria fácil a Jerónimo de Sousa brilhar. Mas o passado do comunismo na Europa, os amigos inconvenientes como é o caso das FARC e a sombra de Cunhal eram obstáculos para um Jerónimo ortodoxo que retomou os velhos princípios do partido puro e duro. Seria de esperar que sucedesse o que muitos previam, que o PCP entrasse em processo de etinção, mas isso não sucedeu e tem cabido a Jerónimo de Sousa a liderança da oposição.
Personalidade do desporto: José Mourinho Num país que sempre foi enganado pelos ingleses José Mourinho foi o único português que conseguiu “enfiar o barrete” aos nossos velhos aliados, vivendo tranquilamente à custa de um monte de libras com cheiro a rublos roubados à Rússia. Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão.
Banqueiro do ano: Artur Santos Silva Respondeu à ofensiva do Opus Millennium que tentou comprar o BPI ao preço da uva mijona com a celebre frase de Dolores Ibarruri, La Passionária, “no passarán”. A Opus Dei tentou esconder os seus problemas no Millennium, onde perdeu o controlo da situação, pondo fim ao banco cujo principal accionista é o capital da Catalunha. O BPI não só resistiu a essa ofensiva com traços falangistas como acabou por aumentar a sua participação no capital do BCP, tendo um papel determinante na evolução posterior dos acontecimentos. Falhada a tentativa de fusão não é de excluir uma nova solução deste tipo ou mesmo o lançamento de uma opa sobre o que resta do banco da Obra de Deus.
Foi com estas palavras que Menezes comparou a Madeira com o Continente, isto é, o frete de Menezes ao Alberto vai tão longe que já nem sabe muito bem o que diz. Lamentavelmente o líder do PSD, a quem já ninguém leva a sério aproveitou também a passagem do ano para dar nas vistas?
PS: quem terá pago a viagem de Menezes, o próprio, o PSD, a CM de Gaia ou o Governo Regional?
PS, SA
«Quem quiser perceber as últimas movimentações do Governo e do Banco de Portugal no BCP, na Caixa Geral de Depósitos e na RTP terá de se interrogar sobre os seus antecedentes e o seu contexto. E não poderá esquecer outras intervenções do Governo, eventualmente menos ruidosas, em casos de fusões e compras ou vendas de empresas, de privatizações, de concursos públicos e de nomeações de administradores por parte do Estado. Como não poderá perder de vista decisões que envolveram a PT e a PT Multimédia, a Galp, a EDP, a Iberdrola e outras. Nem deve subestimar decisões futuras, mas eminentes, sobre o quarto canal de televisão, o novo operador de telemóveis, a televisão digital terrestre, o aeroporto de Lisboa e o TGV. Não é tarefa fácil, dado que o jornalismo parece especialmente contido. As informações são escassas. Muito jornalismo depende seja das empresas, seja do Governo. Além disso, o próprio Banco de Portugal não é generoso na explicação das suas acções e sobretudo das suas omissões.
É um velho mito das esquerdas: o poder político deve comandar o poder económico. Uns consideram que o "poder político" é o do soberano, do eleitor. Outros têm um entendimento mais vasto: é o poder dos políticos, sejam ministros ou vereadores, directores-gerais ou deputados. Com o tempo, o poder político foi perdendo. Precisa do poder económico para investir, para o desenvolvimento, para mostrar boas taxas de crescimento, para fazer favores aos partidos e aos clientes. Com a globalização, novas formas de poder económico surgiram e ficaram à margem das leis nacionais e das directivas europeias. Foi o que bastou para que os Governos se adaptassem. Mantendo embora as formas da democracia parlamentar, o poder político vive cada vez mais obcecado pelo poder económico, pelos favores das empresas e pelos investimentos que possam ilustrar a boa obra do Governo. Vivemos tempos em que as únicas coisas de que os Governos se vangloriam são os indicadores económicos, o crescimento, o emprego, o investimento, as exportações e os rendimentos. Para isso, precisam das empresas, dos capitalistas, dos bancos e dos investidores.
Estes últimos têm, evidentemente, prazer em ajudar. Depois, ganham concursos, recebem benefícios de toda a espécie, auferem subsídios, aproveitam de adjudicações directas e fazem projectos. Trabalham impunemente nos off shores. Constroem edifícios públicos, centrais de energia, redes de comunicações, estádios de futebol, aeroportos, caminhos-de-ferro e tudo quanto ajuda à modernidade do país e aos lucros das empresas. Em especial, obtêm licenças para o que for necessário, designadamente a construção, que é a suma especialidade do capitalismo português.
Para ajudar às decisões, criaram-se sistemas de vário tipo, uns crus, outros sofisticados. Há quem pague as obras nas sedes dos partidos, quem simplesmente financie as suas actividades e quem subsidie as campanhas eleitorais. Há também quem encontre outras maneiras de facilitar as decisões: depósitos no estrangeiro, transacções em "dinheiro vivo", subsídios a instituições desportivas, culturais ou mesmo de beneficência. Nos partidos, há gente especializada nesse negócio. Uns são brutos, tratam dos trocos e recebem percentagem. Outros são delicados gestores ou representantes de boas famílias que se ocupam dos grandes números. Mas também há outros modos de estabelecer estas novas relações entre poder económico e poder político. As nomeações de políticos e simpatizantes para as empresas públicas e privadas podem ser feitas tanto pelos empresários como pelos ministros. Através dos seus direitos de accionista ou de outros direitos menos palpáveis, a influência do Governo nas grandes decisões económicas só tem o seu equivalente na influência dos grupos económicos nas decisões do Governo. Este tem a sorte de ter diante de si um capitalismo miserável, mesquinho e dependente. Estamos a viver episódios de real perda de autonomia do capitalismo nacional. Alguns dos seus dirigentes prestam-se com agilidade e gratidão à promiscuidade. Uns com interesse puro e simples. Outros com receio de serem presos. Ou apanhados na operação Furacão.
O Partido Socialista tem vindo a estar atento a esta evolução do mundo, da política e da economia. E tem vários objectivos. Manter o contacto com a decisão económica. Encontrar empresas dóceis perante as suas necessidades políticas. Colocar alguns dos seus mais notáveis dirigentes, mas também empregar muita "arraia-miúda", de secretárias a técnicos, de burocratas a assessores. Arranjar financiamento para as suas actividades eleitorais. Identificar parceiros para todas as formas de "mecenato" que aliviem os orçamentos de certos ministérios. Recentemente, o partido do Governo parece ter enveredado por vias de superior entrosamento. O PS quer ficar com interesses económicos estáveis e duradouros, ao abrigo de resultados eleitorais sempre voláteis. A sua penetração no mundo do dinheiro tem vindo a crescer, no que está a seguir a via inaugurada pelo PSD. Como é evidente, tal actuação é formalmente apresentada como uma prerrogativa do Governo, um dever cumprido no interesse nacional. Acreditemos ou não nessa versão, a verdade é que o PS está hoje directamente envolvido, através dos seus amigos, antigos dirigentes, filiados, sócios, simpatizantes e antigos governantes, em vários sectores da economia, da banca, dos petróleos, da televisão, das telecomunicações, da multimédia, das redes de electricidade e gás e outros.
O PS mantém-se uma associação, mas parece estar a desenvolver-se como uma sociedade anónima de capitais públicos e interesse privado. O PS procura transformar-se num grupo económico com poder efectivo. Através da presença do Governo em sectores estratégicos, este partido adquire um papel de peso na economia. Até há pouco tempo, essa posição era essencialmente a do PSD. Mas o equilíbrio alterou-se. Ainda se mantêm zonas de partilha entre os dois, mas a maioria absoluta de Sócrates foi um instrumento decisivo para a irresistível ascensão financeira do PS. Os três maiores bancos portugueses têm, a partir de agora, relações especiais com o Governo e os socialistas. Temos banqueiros no Governo e socialistas na banca.» [Público assinantes]
Parecer:
A opinião de António Barreto sobre os últimos acontecimentos na CGD e BCP.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
A CABEÇA DOS PORTUGUESES
«Olhando para a televisão e para os jornais do fim do ano é verdadeiramente desolador verificar em que é que os portugueses ocuparam a cabeça em 2007. Ignoraram o mundo, mal se interessaram pelo mísero estado de Portugal e da "Europa" e nem a eles mesmos conseguiram dar grande atenção. Claro que o Governo ajudou a criar este clima de imbecilidade moral, que o protege, justifica e, julga ele, o fará durar. Mas não teve dificuldade em encontrar no público um cúmplice crédulo e amorfo. Vale a pena relembrar os casos que apaixonaram o país.
O caso Maddie - Uma criança inglesa, Madeleine McCann, desapareceu a poucos metros de casa dos pais, no Algarve. A imprensa inglesa acusou a polícia portuguesa de embrulhar as coisas. Gerry e Kate McCann organizaram uma campanha mundial para encontrar a filha. Os jornais venderam papel. Maddie (raptada ou morta) não foi encontrada.
O novo aeroporto - O novo aeroporto, planeado para a Ota desde 1998 e prometido por vários governos, sem comover ninguém, provocou de repente (não se sabe por quê) uma polémica nacional. A CIP apresentou um "projecto" para Alcochete. O ministro disse disparates. No Porto, uma associação de empresários sugeriu o Montijo. Apareceram partidos a favor e contra a conservação da Portela. Como de costume, não se decidiu nada. O caso da "segurança" - Uma guerra nos "bas-fonds" do Porto convenceu Portugal de que era uma espécie de Chicago da "proibição" e que andava um Al Capone por cada esquina. É impossível perceber esta colectiva crise de histerismo. A polícia prendeu onze pessoas. Portugal sossegou.
O caso BCP - O maior banco português, de um dia para o outro, entrou em leilão. Há várias teorias sobre o assunto. Nenhuma convincente. O Banco de Portugal e o Governo, que permitiram o desastre, já se encarregaram de pôr a casa em ordem. E de aumentar a confusão.
O caso da proibição de fumar - Imitando o "estrangeiro" com típico exagero, o Governo proibiu que se fumasse praticamente em toda a parte. O Governo não compreende que o poder político deve respeitar a liberdade individual e o direito de propriedade. Ou seja, que a democracia se torna despótica, quando pretende regular a vida privada de cada um. O ditador Salazar, católico e conservador, sempre se recusou por uma questão de princípio a proibir os contraceptivos.» [Público assinantes]
Parecer:
Vasco Pulido Valente anda muito preocupado com o que preocupou os portugueses em 2007.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
NENEZES ARMA-SE EM HONESTO
«Na Madeira, o líder do PSD referia-se à saída de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para se candidatem à liderança do BCP. Menezes considera que a transição é um acto “bizarro”, que “só acontece em economias do quarto mundo” e não “numa economia de mercado escorreita”.» [Correio da Manhã]
Parecer:
O novo discurso de Menezes sobre o caso BCP até faria sentido se até há dois dias não tivesse andado a exigir que o novo presidente da CGD fosse um gestor da área do PSD. Será que Menezes não ficou contente com a escolha? Deveria estar à espera que fosse o Ribau...
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes se já se esqueceu da sua última intervenção.»
O FALCON DO GOVERNO ESTÁ A FICAR VELHOTE
«No início de Novembro o primeiro-ministro e outros membros do Governo foram surpreendidos, durante uma deslocação no Norte do País, com a necessidade de uma aterragem repentina do Falcon, da Força Aérea, por motivos de segurança. A 16 de Dezembro acontecia uma situação semelhante: poucos minutos depois de ter levantado voo do Aeroporto de Figo Maduro, um problema técnico num dos reactores do Falcon obrigou a uma aterragem súbita na mesma pista e a comitiva de 11 pessoas foi forçada a viajar noutra aeronave. Ao perceber que iria chegar atrasado a Argel, José Sócrates exigiu, segundo o ‘Sol’, que a Força Aérea enviasse para o seu gabinete um relatório sobre o incidente.» [Correio da Manhã]
Parecer:
Se Sócrates comprasse um avião cairia o Carmo e a Trindade, assim sendo é bem melhor que seja ele a cair.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Sócrates que espere pela Ota, nessa altura será mais prático viajar de automóvel.»
FERREIRA LEITE FEZ AS PAZES COM SANTANA LOPES?
«A antiga ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite é uma das oradoras das próximas jornadas parlamentares do PSD que se realizam nos dias 14 e 15 de Janeiro de 2008, no Algarve.» [Correio da Manhã]
Parecer:
Digamos que são farinha do mesmo saco.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Ferreira Leite quando vai declarar o seu apoio a Menezes.»
PRESIDENTE DA ASAE INCHOU COM A COMUNICAÇÃO SOCIAL
«António Nunes, inspector-geral da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), disse em entrevista ao semanário Sol que "50% dos restaurantes e cafés não estão aptos" para "cumprir os regulamentos comunitários", ou seja, deveriam fechar. Mário Gonçalves, presidente da Associação de Restauração e Similares de Portugal (ARESP), diz que o responsável da ASAE "está a contradizer-se", já que o que tem dito aos empresários do sector "é que só há 15% a 18% de incumprimento".» [Diário de Notícias]
Parecer:
O representante dos restaurantes tem razão ainda que o senhor Azia teve o cuidado de invocar também razões económicas para exterminar 50% dos restaurantes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao senhor Azia para ter mais tento na língua não vá ser alvo de algum controlo da ASAE.»
TRIBUNAL CONSTITUCIONAL EMBRULHADO COM OS PEQUENOS PARTIDOS
«É o que se pode chamar uma pescadinha de rabo na boca. O Tribunal Constitucional (TC) pede aos partidos que provem que têm mais de cinco mil inscritos, como a lei exige, correndo o risco de serem ilegalizados se não o conseguirem fazer; mas os partidos estão impedidos, por lei, de transmitir esses dados. A lei em causa é a 67/98, ou seja, a lei de protecção da dados pessoais. O artigo 7º, intitulado "tratamento de dados sensíveis", estabelece: "É proibido o tratamento de dados pessoais referentes a convicções filosóficas ou políticas, filiação partidária ou sindical, fé religiosa, vida privada e origem racial ou étnica, bem como o tratamento de dados relativos à saúde e à vida sexual, incluindo os dados genéticos".» [Diário de Notícias]
Parecer:
Quem fez esta lei não gosta da existência de partidos, ficando contente com os que já existem.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Altere-se a lei.»
OS ACIDENTES EM LISBOA SÃO DEPOIS DO ALMOÇO
«Se pensa que é de madrugada e pelas mãos dos jovens que o consumo de álcool provoca mais acidentes de trânsito, engana-se. Em 2006, na cidade de Lisboa, foram registados mais desastres com taxas de alcoolemia positivas depois de almoço. A faixa etária responsável pela maioria dos sinistros está entre os 40 e os 55 anos e os homens são quase sempre quem vai ao volante.
«É no período entre as 14h e as 20h que são registados mais acidentes com taxas de alcoolemia positivas», explicou ao PortugalDiário o subcomissário João Pinheiro, da Divisão de Trânsito da PSP de Lisboa. Em 2006, foram registados 93 acidentes com estas características, ou seja, os condutores tinham entre 40 e 55 anos e guiavam alcoolizados.» [Portugal Diário]
Parecer:
Parece que muitos automobilistas lisboetas acham que não beber apenas se aplica à condução nas estradas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Combata-se o fenómeno.»
MIGUEL CADILHE CONCRETIZA A BIRRA
«O ex-presidente do Banco de Fomento Exterior (depois integrado no BPI) Miguel Cadilhe (ex-administrador do BCP e ex-ministro das Finanças) acaba de entregar a sua lista candidata à liderança do Conselho de Administração do BCP que integra Miguel Cadilhe, Alexandre Bastos Gomes (actual gestor do BCP), Bagão Félix (ex-ministro e da área seguradora do BCP), João Carvalho das Neves (especialista em "corporate governance"), Carlos Alcobia, Rui Horta e Costa (UBS e ex-CFO da EDP) e Meira Fernandes (ex-BFE).» [Público]
Parecer:
O melhor da lista é a presença de Bagão Félix.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se a Cadilhe que tenha juízo e seja menos vaidoso.»
MAIS UM CASO DE POUCA-VERGONHA DESTA VEZ COM O ROCK IN RIO
«As versões da Câmara de Lisboa e da organização do Rock in Rio são contraditórias. Mas há uma certeza: antes de 26 de Maio do ano passado, o dia da abertura da última edição do Rock in Rio-Lisboa e o dia em que a voluntária Catarina Cristino, hoje com 28 anos, teve um acidente grave no recinto do festival que lhe provocou uma incapacidade permanente de 70 por cento, já tinham sido detectadas fragilidades na zona onde um pilar de pedra caiu e lhe atingiu a coluna.
A autarquia, proprietária do Parque da Bela Vista, onde decorreu o festival, diz que deu indicações à produção do evento para interditar aquele local e que, como o acesso ao recinto estava condicionado, a segurança era da responsabilidade de empresa que organiza o Rock in Rio. Esta afirma, por sua vez, que alguém do município autorizou verbalmente a reabertura da zona onde aconteceu o acidente, uma área reservada à produção. O caso nunca fez parte dos balanços do festival, dedicado à paz e à solidariedade, porque, segundo a organização, estes davam apenas conta de acontecimentos decorridos durante o evento. "O infeliz acidente que envolveu a voluntária Catarina Cristino teve lugar antes da abertura do recinto ao público, não tendo, por essa razão, sido integrado nos relatórios de balanço", justifica o Rock in Rio, numa nota enviada ao PÚBLICO.» [Público assinantes]
Parecer:
É mais do que evidente que a organização do evento é responsável.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se aos senhores do Rock in Rio que se deixem de tretas e cumpram com as suas obrigações.»
ARTISTAS DE UM GRUPO MUSICAL CUBANO DESERTARAM PARA OS EUA
«Las deserciones de artistas cubanos continúan con la llegada a Miami de seis integrantes de la banda Los Tres de La Habana y su Grupo, que entraron a Estados Unidos por la frontera entre California y México. En Cuba "nos sentíamos atados de pies y manos (...); allí no vemos resultados de nada ni puedes mejorar", dijo desde Miami Germán Pinelli, de 34 años, director musical y vocalista del grupo.
La popular banda cubana de percusión y voces llegó en octubre pasado a Cancún (México) con un contrato de intercambio cultural para actuar durante algo más de un mes en un local de esa ciudad yucateca. Una vez finalizado el último compromiso musical en Cancún, el pasado 17 de diciembre cruzaron la frontera entre Estados Unidos y México por la ciudad de Tijuana hasta llegar al estado de California, donde solicitaron asilo político.» [20 Minutos]
Parecer:
O último a sair que apague a luz.
O JUMENTO NOS OUTROS BLOGUES
O Jumento foi o segundo blogue que mais visitas mandou ao "País do Burro". Enfim, compreende-se e até ficamos contentes quando sabemos que promovemos a visita a outros blogues.
O Jumento é leitura diária do "PaysanXXI". Obrigado pela preferência.
O "Apanha-Moscas" pescou uma notícia do DN aqui no Palheiro.
O "Tomar Partido" escolheu O Jumento para blogue individual do ano. Não sendo dado a este tipo de destaques fico contente por saber que O Jumento é apreciado pelo Jorge Ferreira a quem ainda devo um almoço.
«Mais um magnicídio, agora no Paquistão, na fronteira dos impérios, numa potência nuclear, no choque dito das civilizações, na luta pela democracia. Por cá, PS, PSD, CDS e outros discutem varas, não recordam cardonas, brincam a catrogas, a loureiros, a cadilhes e a pinhos, nessa barganha do Estado e dos oligopólios, com advogados dos grandes escritórios a comentarem. O estado a que chegámos são eles, as novas famílias que sucederam às anteriores famílias, dos tradicionais donos do poder. Todos atiram pedradas às vidraças dos outros e nem reparam que, quando chegam a casa, também têm as suas quebradas pelo Pedro da Silva Pereira e pelo Rui Gomes da Silva em glosas sobre a cunhocracia. O Estado não somos nós. Por isso prefiro recordar o eterno, repetindo o que escrevi há dois anos.»
Foi passar o fim do ano na Sicília na esperança de por lá arranjar alguém que cuide dos destinos do BCP:
«Vem aí uma semana programada para rasgar a rotina. Na Sicília, se os deuses e o Etna permitirem. A escolha deveu-se a várias razões, duas delas absolutamente confidenciais mas que aqui partilho convosco: a primeira de todas, muito pessoal e até conjugal, tem a ver com a minha tendência para as equivalências facilitantes e não me ocorrer destino mais apropriado que este para viajar com a Cecília; a segunda razão, esta ponderosa e estruturante, além de ser social e de massas, advinda da minha intrometida mania de que ando por cá para ajudar a salvar a pátria, sonhar com sentido de missão que, neste destino, vou encontrar por lá um administrador disponível e com bom currículo, a quem os carabineri ainda não tenham deitado a mão, para resolver de uma vez por todas o “tira, rapa, põe” do preenchimento da nova administração do BCP, o que seria una buona opus para desconto nos meus pecados anti-clericais e bom serviço às finanças público-privadas.»
Teve azar, quando voltar vai ficar a saber que os carabineri não foram chamados a opinar, aliás, no nosso mundo da alta finança a polícia não é chamada a meter o bedelho, isso é coisa para pilha-galinhas e outros pequenos delinquentes.
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