sábado, dezembro 08, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Parque das Nações, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Pichi Chuang - Reuters]

«Legislators from the ruling Democratic Progressive Party block the door with chairs to delay the entrance of Parliament speaker Wang Jin-pyng of the opposition Nationalist Party into the parliament in Taipei, Taiwan. The legislators were aiming to hold up a discussion on legislation that could force them to give up their seats in the Central Election Commission.» [Washington Post]

JUMENTO DO DIA

"Se não houvesse cimeira não se falava de Darfur"

Foi com estas palavras carregadas de hipocrisia que Sócrates justificou a ausência do genocídio em Darfur na agenda da cimeira. Se estava a pensar em si próprio talvez Sócrates tenha toda a razão, nunca o ouvi falar de Darfur nem de direitos humanos desde que é primeiro-ministro, mas dizer que sem a cimeira não se falaria de Darfur é gozar com a inteligência de todos aqueles que há muito têm denunciado os abusos naquela região.

Digamos que a estratégia de Sócrates para colocar o Darfur no centro dos debates foi brilhante, o tema não foi agendado para que na sequência dos protestos fosse discutido. Se a intenção de Sócrates era discutir o assunto porque motivo não o meteu logo na agenda?

A GESTÃO DOS DINHEIROS PÚBLICOS NA ALBERTILÂNDIA

O coice mandado pelo amigo JJ:

«Nas resoluções nº 880/2007 e 929/2007, publicadas no Jornal Oficiai I série nº76(JORAM), a segunda a corrigir a outra, talvez por lapso, constam os esquemas da distribuição dos milhões pelas SAD's do Futebol na Madeira, e do pagamento das suas dívidas. O Maritimo o Nacional e o União, arrecadam esta época futebolística, pelo menos seis milhões de euros.

Como se sabe, os clubes para poderem ser inscritos nas ligas têm que entregar comprovativos da regularização e ausência de dívidas à Segurança Social e ao Fisco. Deste modo, o Governo Regional concede anualmente, na qualidade de proprietário das SAD's, aos clubes de que é efectivamente proprietário em 40%, as verba destinada aos orçamentos dos clubes, às quais junta ainda uma outra quantia, destinada a ficar retidas na fonte como pagamento das dívidas daquelas instituições.

A existência e o pagamento de dívidas em si mesmo já denota que, apesar das generosas contribuições do dono, a gestão não é lá muito rigorosa pois não foram cumpridos em devido tempo as obrigações Sociais e Fiscais. À sombra do governo, passou a bastar um parágrafo impresso no Jornal Oficial para que as dívidas desaparecem-se num ápice.

No dia seguinte, o Governo Regional, agora na sua qualidade de instituição gestora do Fisco e da Seg Social na Madeira, certifica para efeitos da inscrição nas Ligas, que os clubes de que é proprietário, não possuem desde aquela data, quaisquer dívidas às entidades em causa.

Sendo o proprietário dos clubes o gestor da segurança Social e o cobrador de impostos na RAM, coincidentes, dá para desconfiar. Julgo eu que deveria existir maior transparência nas relações entre governo e clubes, exigindo-se uma entidade externa e independente do proprietários dos clubes a efectuar a certificação, ou então, mais fácil ainda, deveria mesmo o Governo da Madeira abster-se de financiar os clubes, pela necessidade de rigor e de transparência de quem gere os dinheiros públicos.

Em conclusão, resta acrescentar que do modo como este processo é conduzido, não existem dúvidas do privilégio em que vivem estes clubes. Admira-me sinceramente ninguém protestar, ou talvez nem me admire, pois isto do mundo do futebol espera-se tudo….Serve contudo para comprovar, uma vez mais, que as transferências de dinheiro para a Madeira ainda são exageradas, com prejuízo para os "cubanos" que alimentam com os seus impostos este regabofe escandaloso.»

JAMAIS DISSE JAMAIS

Cá por mim que Mário Lino jamais comeu queijo e, portanto, jamais se esqueceu de alguma coisa que disse nos últimos meses. Enfim, jamais digas jamais para que não tenhas que jamais tenhas que mentir voltando a dizer jamais. Confesso que jamais pensei que este Mário Lino tinha raciocínios tão complexos.

DIFICULDADES NA COBRANÇA DAS TAXAS MODERADORAS

O Público dá conta que os utentes dos serviços de saúde devem milhões em taxas moderadoras, situação que não me deixou admirado pois pela minha experiência o sistema adoptado nalguns serviços é uma verdadeira bandalheira. Nas consultas a que tenho ido com regularidade, na sequência de uma intervenção cirúrgica, dão-me um papel e dizem-me para pagar a taxa à saída, isto é, pago se quiser e duvido que haja algum sistema de controlo para que na próxima consulta seja confrontado com a dívida.

A última vez que fui ao Hospital de Santa Marta dei com uma situação caricata, depois de ter esperado algum tempo no balcão pela chegada da funcionária esta apareceu para me dizer que já tinha fechado a conta. Quando lhe perguntei como pagaria a taxa respondeu-me que o fizesse quando fosse à próxima consulta. A próxima consulta é daqui a um anos, veremos se a memória me ajuda.

DE RASTIGNAC A HUGO CHÁVEZ

«O bastonário futuro é realmente um Hugo Chávez, como lhe chamou Manuel Magalhães e Silva. Mas não tem petróleo. E isso faz a sua diferença. » [Público assinantes]

Parecer:

Um artigo de José Miguel Júdice onde o ex-bastonário da Ordem dos Advogados desanca impiedosamente nos seus sucessores. Depois de o ler fiquei com a sensação de que o papel do jornal tinha um ligeiro cheiro a dor de corno, as críticas ultrapassam os limites da arrogância e da educação principalmente em relação a um bastonário que acabou de ser eleito.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Arquive-se porque O Jumento não é uma peixaria.»

QUEM REESCREVEU O 25 DE NOVEMBRO

«A história é escrita pelos vencedores. Este é um princípio que os historiadores me ensinaram, mas que não sei se é sempre verdade.

Vem isto a propósito das recentes não-comemorações do 25 de Novembro. Por razões familiares, apesar dos meus 20 anos, vivi muito por dentro os acontecimentos políticos desde antes do 25 de Abril e até às primeiras eleições parlamentares de 1976. De facto, naquele tempo, posso dizer que estive muito próximo (de alguns) dos segredos dos deuses. Lembro-me que na noite de 24, já com a população em Rio Maior a cortar o Norte do Sul, estava em minha casa o então director do Expresso, Augusto de Carvalho, e o meu Pai o avisou à saída: "Se eu fosse jornalista, esta noite não me deitava". O 25 de Novembro estava em marcha.

Mas algo de estranho se passou e continua a obscurecer o 25 de Novembro. Logo em 1976, houve ordens para que o acontecimento não fosse celebrado publicamente. Porquê? Se o PCP foi o aparente derrotado, porque continuou no Governo e a dominar o aparelho de Estado? Quem foram os actores no 25 de Novembro? Do meu ponto de vista, o problema é muito complexo, tenho explicações, mas não certezas. De qualquer modo, os historiadores estão tipicamente a alinhar por uma versão politicamente correcta, mas factualmente falsa.

O PCP esteve certamente envolvido até muito tarde naquilo que veio a ser a tentativa de golpe do 25 de Novembro. No entanto, parece claro que atempadamente se retirou, deixando a extrema esquerda no terreno, sozinha e, naturalmente, derrotada, o que terá comovido muito pouco Álvaro Cunhal. É possível que algumas das bases comunistas não se tenham desmobilizado até à madrugada do dia 25 ou por serem mais aguerridas ou por dificuldade nas comunicações. O que parece também claro é que não só o PCP esteve e se retirou a tempo, mas também que, passados anos, podemos ver que os comunistas ganharam, pelo menos em parte. Ganharam porque erradicaram a extrema esquerda do poder, ganharam porque conseguiram manter a Constituição tal qual, ganharam porque permaneceram no Governo e, muito importante, mantiveram o controlo do aparelho de Estado e que, à altura, incluía quase todo o tecido empresarial.

Tudo parece indicar que a retirada das tropas do PCP terá sido negociada por alguns elementos do chamado "grupo dos 9", uns dias antes, a troco daquelas facilidades e concessões. Mas o 25 de Novembro, contrariamente ao propalado, foi ganho por Costa Gomes (embora isto custe a muitos), Jaime Neves, Vasco Lourenço, Pires Veloso e outros, em que conto o meu Pai [tenente-coronel Ferreira da Cunha], mas não me fica bem ir além desta referência. Houve ainda os vencedores do dia 28 e esses apropriaram-se da vitória. O famoso comando da Amadora não passou disso: um comando famoso do dia 28 e que pouco ou nada comandou. Jaime Neves e Pires Veloso o dizem e o confirmou também meu Pai.

O ano passado, se bem me recordo, uma historiadora, que prezo e respeito, num longo artigo sobre o 25 de Novembro, nunca referiu a situação no Norte do país e nunca mencionou Pires Veloso. Ele (e o Povo do Norte) foi um elemento determinante nesse período. Era no Norte que a aviação se tinha realojado, era no Norte que as unidades do Exército estavam sob controlo e operacionais e o Norte foi a retaguarda das operações em Lisboa. Qualquer militar sabe bem que ter uma retaguarda segura é fundamental para a capacidade militar e moral das tropas. Foi Pires Veloso que pôde dizer à Marinha que qualquer navio que fosse avistado a norte de Peniche seria considerado hostil e abatido pela Força Aérea. Foi ele que permitiu a segurança das operações em Lisboa e arredores. Temos uma vitória militar contra inimigos (da democracia) e o PCP a negociar antempadamente a sua retirada. O PCP perdeu no dia 23 (ou 24), mas não no dia 25 de Novembro. E a 28 alguém deixou que partilhasse também a vitória.

O PCP continuar a ser um partido legal era inevitável e, acima de tudo, desejável. Mas que o deixassem manter as (extraordinárias) influências no aparelho de Estado foi um erro que se pagou caro; foi um golpe dentro de um contragolpe. Foram precisos mais 10 anos para que as privatizações tivessem lugar, e 20 para perder a sua força ideológica, com o desaparecimento da URSS. Foi muito caro para o país.

Há cerca de quinze dias, houve uma homenagem a Pires Veloso, onde apareci porque o meu Pai já não pôde estar e fi-lo com muito gosto. Homenagear um Amigo e um herói da democracia é para mim uma honra. Devo dizer que não gosto de participar em homenagens, soa-me a bajulice, prebendas e sinecuras. Mas Pires Veloso só tem para oferecer a sua amizade e essa é para a vida. Bem vistas as coisas, a História é sempre escrita pelos vencedores. Quem está a escrever a história de 24 a 28 de Novembro é quem, na prática, acabou por sair vencedor (no dia 28). Esta crónica não faz parte dessa história, nem do politicamente correcto sobre o que se passou nesse período. Os meus heróis são outros.» [Público assinantes]

Parecer:

Um interessantíssimo artigo de Luís Cunha que só peca porque ao referir a extrema-esquerda esquecer que, por exemplo, o MRPP esteve ao lado da dos vencedores. Luís Cunha comete uma imprecisão ao meter toda a extrema direita no mesmo saco confundindo-a com o PRP.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

AS BOAS COMPANHIAS DE JORGE NUNO

«Bruno ‘Pidá’, suspeito de envolvimento na morte de Ilídio Correia e alegado líder do gang da Ribeira que terá responsabilidades no homicídio de Aurélio Palha, era um dos seguranças de Pinto da Costa que, a 3 de Dezembro de 2004, o acompanhou à entrada do Tribunal de Gondomar para que fosse interrogado.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Porque será que sempre que se fala de crime no Porto lá aparece o nome de alguém ligado aos super dragões ou a Pinto da Costa?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Jorge Nuno.»

A ANEDOTA DO DIA

«O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, afirmou ontem que o Governo é o “único responsável” pelas dívidas das autarquias. A acusação surgiu durante uma conferência de imprensa que, pensavam os jornalistas, fora convocada para fazer o ponto da situação do encontro que, supostamente, reuniria os 22 autarcas mais endividados do País. Uma catadupa de mal-entendidos que, justificaram os assessores, foi gerada pelo autarca de Ourique, Pedro do Carmo.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Já não há paciência para ouvir este Fernando Ruas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Fernando Ruas porque razão nem todas as autarquias estão endividadas.»

O POPULISMO À ANTÓNIO COSTA

«"Lisboa tem saudades de festejar um título de uma equipa da cidade.” António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, deixou escapar, ontem, o seu sentimento no lançamento do livro “Cem anos, Benfica-Sporting, Sporting-Benfica”, evocativo do centenário de dérbis entre os dois emblemas, da autoria do jornalista Afonso de Melo.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Esperemos que nos próximos Santos Populares o autarca apareça a apadrinhar uma marcha.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguardemos pelo espectáculo.»

A CANHALHICE DA CIP

«Aconfederação dos industriais, CIP, ameaça quebrar o acordo sobre o aumento progressivo do salário mínimo dos actuais 403 euros para os 450 euros em 2009, caso o Governo não dispense contrapartidas. Os industriais querem erradicar as contribuições sociais sobre as horas extraordinárias e limitar as indemnizações por despedimentos e mais flexibilidade laboral. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Os senhores da CIPO deviam ter um pouco de vergonha, quererem tudo e mais alguma coisa só para que o salário mínimo seja um pouco menos miserável.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se um garrafão de água de malvas para o presidente da CIP.»

JÁ NEM OS JOVENS MÉDICOS ARRANJAM EMPREGO?

«O Ministério da Saúde teve que oferecer dinheiro aos hospitais para que este ano todos os alunos que acabaram o curso de medicina tenham colocação no internato (o estágio que se segue à licenciatura, sem o qual não podem exercer a profissão). As unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não estavam dispostas a receber mais porque a formação é um peso financeiro acrescido, em altura de contenção de custos. E este ano há 300 (30%) a mais para colocar, que saíram, pela primeira vez, dos cursos criados nas universidades da Beira Interior e do Minho, aos quais se juntam os estudantes portugueses que estudaram no estrangeiro.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Talvez seja tempo de obrigar os hospitais, públicos ou privados, a ter uma quota de formação de jovens médicos. Não faz sentido que os hospitais públicos vedem o acesso a novos médicos e que os privados não supostem custos de formação indo ao SNS aliciar os médicos já depois de formados.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se a medida.»

GERRY McCANN NOMEADO PARA "ESCOCÊS DO ANO"

«Gerry MCcann é um dos 12 nomeados ao prémio Scot of the year (escocês do ano), promovido pelo prestigiado jornal Scotland on Sunday. A eleição online, que decorre até à próxima semana, inclui um conjunto de personalidades escocesas- desde o actual primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, ao selecionador de futebol da Escócia, Alex McLeish-, que estiveram em destaque na comunicação social ao longo do ano.» [Diário de Notícias]

Parecer:

É uma pena que não o nomeiem para pai escocês do ano.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se o galardão.»

PORTUGUESES ESTÃO DESCRENTES NO COMBATE À CORRUPÇÃO

«Quase dois terços dos portugueses não acreditam nos esforços governamentais no combate à corrupção. O número foi ontem divulgado pela organização não-governamental Transparência Internacional, num barómetro de dimensão mundial sobre o fenómeno da corrupção. Fizeram-se 63 mil inquéritos em 60 países, segundo a organização.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Qual combate?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Sócrates o que fez neste capítulo.»

PCP PASSOU A TERÇA FORÇA POLÍTICA

«O PCP, apesar de se ter manifestado contra, passou a ser a quarta força política internamente, no Parlamento, mas na representação externa mantém-se a terceira. O assunto foi ontem debatido em conferência de líderes parlamentares, com a fomalização da saída de Luísa Mesquita da banca comunista. A parlamentar, expulsa do PCP na semana passada, passa a ser designada por deputada "não inscrita" e terá ao seu dispor uma verba anual de 28 210 euros (cinco vezes 14 salários mínimos) para despesas de funcionamento.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

É o preço a pagar pelo saneamento.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns a Portas por mais esta brilhante vitória eleitoral.»

A HIPOCRISIA SEGUNDO JOSÉ SÓCRATES

«José Sócrates decidiu responder às vozes críticas da Cimeira entre União Europeia e África, sustentando que sem ela não se falaria agora sobre o drama do Darfur, direitos humanos e imigração, informa a agência Lusa.

Segundo Sócrates, UE e África vão adoptar uma estratégia conjunta e um plano de acção que «permitirá melhorar a situação dos imigrantes na Europa, combater a imigração ilegal e o tráfico de seres humanos e responder melhor a dramas humanitários, como o do Darfur».» [Portugal Diário]

Parecer:

Mais hipocrisia era impossível.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Sócrates se acha que somos parvos.»

CÂMARA DE MAFRA DEU UMA CAMBALHOTA EM RELAÇÃO A SARAMAGO

«A Câmara de Mafra aprovou esta sexta-feira a atribuição de uma medalha de mérito municipal grau ouro a José Saramago, distinção que acontece 13 anos depois da primeira proposta de reconhecimento do escritor ter sido recusada pela maioria PSD, noticia a Lusa.

Fonte da Câmara de Mafra adiantou à Lusa que a distinção foi aprovada por unanimidade e que está relacionada com o facto deste ano se comemorarem os 25 anos do livro «Memorial do Convento», romance que fala sobre a construção do convento. » [Portugal Diário]

Parecer:

Este autarca de Mafra tem muito jeito para as cambalhotas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao autarca se não ficou com bicos de papagaio.»

SERVIÇOS DE SAÚDE COM DIFICULDADE NA COBRANÇA DAS TAXAS MODERADORAS

«A dificuldade de cobrança das ta-xas moderadoras é um problema antigo. Há hospitais em que as dívidas ascendem a milhares de euros, por serem muitos os casos, apesar de os valores por cobrar serem reduzidos, se não mesmo insignificantes. O fe-nómeno é generalizado, mas são diferentes as estratégias adoptadas pelas unidades de saúde para recuperar os créditos.» [Público assinantes]

Parecer:

Digamos que há uma grande bandalhice.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reveja-se o sistema de cobrança.»

DGCI NÃO CONTROLA DONATIVOS PARA AS FUNDAÇÕES

«O Tribunal de Contas considera que a Direcção-Geral das Contribuições e Impostos não tem um sistema de controlo capaz de detectar a evasão fiscal através de donativos, atribuídos no âmbito do Estatuto do Mecenato para obtenção de benefícios fiscais. No essencial, a DGCI desconhece quem são e quantos são as fundações, e os mecenas no País.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Não me recordo de ter visto Oliveira Martins preocupado com este assunto quando era ministro das Finanças.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao presidente do TC o que fez enquanto ministro.»

PORTUGAL É O SEGUNDO PAÍS DA UE QUE MAIS DESCONFIA DA CORRUPÇÃO NO FISCO

«Um dos sectores que os portugueses julgam ser mais afectados pela corrupção é o fisco. De acordo com o Barómetro Global sobre Corrupção, ontem apresentado em Berlim pela associação não-governamental Transparência Internacional, Portugal é mesmo o segundo país da União Europeia, atrás da Grécia e a par da Bulgária, onde se entende que o pagamento de impostos está mais inquinado por procedimentos obscuros.

Com base em entrevistas realizadas entre Junho e Setembro deste ano, o relatório mostra que, numa escala de 1 a 5 (em que 1 corresponde a "nada corrupto" e 5 a "extremamente corrupto"), Portugal obteve uma média de respostas situada em 3,6 por cento, no que respeita ao impacto da corrupção nas "autoridades fiscais". Só os gregos (3,8) entenderam que o problema no seu país é mais grave.

Curiosamente, em termos globais, as mais de 63 mil entrevistas realizadas em todo o mundo permitiram concluir que, de entre os 11 sectores mais afectados pela corrupção, o fisco é o menos problemático.

Outra área em que se confirma a percepção por partes dos cidadãos portugueses, da perturbação causada pela corrupção, tem que ver com os "partidos políticos" - que voltam a carregar o ónus de serem as instituições mais atingidas pelo problema, a nível mundial. Relacionado com este dado está a percepção de corrupção no Parlamento, que obtém o mesmo resultado do que o fisco e do que o "sector privado".

No extremo oposto das preocupações dos portugueses estão os sectores "militar" e os serviços de "registo e notariado", considerados os menos corruptos - e ficando mesmo à frente de "entidades religiosas" e "ONG".

Numa comparação geral com os 59 países examinados no relatório, usando como critério a percentagem de subornos admitidos pelos inquiridos, Portugal está no quarto de cinco grupos, ao lado da Argentina, Finlândia, Hong Kong, Espanha, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

Dois por cento dos portugueses entrevistados assumiram já ter pago "luvas" para obterem determinados serviços. Entre os países da União Europeia, é na Roménia (33 por cento), na Lituânia (29 por cento) e na Grécia (27) que se registam os valores mais elevados, nesta matéria.

Ainda assim, estes resultados estão longe do que se passa nos Camarões (79 por cento afirmaram já ter subornado), no Camboja (72), na Albânia (71) e no Kosovo (67). Os subornos das polícias são considerados o maior problema em todo o mundo. Um em cada quatro cidadãos respondeu já ter sido contactado para pagar um suborno a um agente das forças de segurança.

O relatório sublinha ainda que o facto de o sistema judicial ser o segundo sector mais afectado cria "sérias dúvidas" sobre garantias de igualdade no acesso aos tribunais.
Em todo o caso, são assinaladas diferenças regionais importantes. Na União Europeia, os subornos atingem sobretudo, segundo os inquiridos, os serviços médicos. Na América Latina, na região Ásia-Pacífico e na América do Norte o problema é mais grave no sector judicial. E, finalmente, em África, os subornos minam os sectores da educação e da saúde, ambos determinantes no desenvolvimento humano.»
[Público assinantes]

Parecer:

E com razão.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao ministro das Finanças o que fez para combater corrupção no fisco.»

O JUMENTO NOS OUTROS BLOGUES

  1. O Jumento é um dos que mandam mais visitantes para o Pululu. Ainda bem.
  2. O PS Lumiar deui destaque ao post dedicado ao endividamento luso.
  3. O Aliás conta-me a história de um burro que tinha a mania de ir ao quintal comer as couves. Gostei, ainda que as prefira em caldo verde.
  4. O Sr. Luís da Barbearia mais in da blogosfera rejeitou um espécime bovino porque no seu presépio apenas entra bicharada que não usa telemóvel para saber o que os funcionários andam a dizer nos corredores.
  5. O Click Portugal distinguiu O Jumento com mais um prémio volante. Obrigado.
  6. O Notícias d'Aldeia também acha que os bárbaros querem conquistar São Bento.
  7. O Tomar Partido concordou que as greve da Função Pública foi esquecida no dia seguinte.
  8. O Buzeirão pescou uma fotografia de Lan Miller.
  9. O Bitoque pescou uma imagem n'O Jumento.
  10. A Arte de Roubar gostou de ler o o post dedicado ao Fónix!.
  11. A Civilização do Espectáculo usou uma velha montagem fotográfica feita pel'O Jumento.
  12. O PS Lumiar e o Suspeitix deuram destaque à crítica d'O Jumento à estratégia velhaca de Menezes na CML.
  13. O PS Lumiar deu destaque ao post feito em defesa de António Guterres.
  14. O Aliás rebateu um post dedicado à globalização.
  15. O WEHAVEKAOSINTHEGARDEN sugere a'O Jumento que responda à dúvida de Cavaco sobe como fazer mais filhos.

NO "SOBRE O TEMPO QUE PASSA"

O Professor Maltez escreve um bom post sobre a corrupção:

«Por cá, continua o desleixo do sapateiro de Braga, onde não há moralidade nem comem todos, vigorando o esquema da sociedade de casino e a saudade de Alves dos Reis e da caça aos fundos comunitários. Por outras palavras, temos a corrupção que merecemos, coisa que disfarçamos com o presente "voyeurismo" mediático sobre as pontas visíveis de tal "iceberg", as que as polícias e os magistrados conseguem processar, entre "furacões" e "apitos dourados".»


SUGESTÃO DE VISITA: "VIDA DAS COISAS"

Um excelente blogue:

«Desde o tempo em que José Maria Carrilho se mascarou de Jack Lang, praticando com afinco as obrigações de um orientador de políticas culturais e fazedor de instituições, atingindo 1% do orçamento, muita gente eminente clamou pela extinção de grande parte das “gamelas”, acabando com a subsidio dependência. Agora, depois de alguns golpes de rins e alguma patinagem no gelo, novamente bem instalados à boca da manjedoura, com os lugares e as avenças reiteradas, a ideia peregrina de abolir o Ministério da Cultura, derramando-o transversalmente para outros ministérios, esfumou-se como que num golpe de bruxaria. O pessoal da situação - penso em gente que conheço e por isso não generalizo - mudos, trauteiam o Ging all Bells nesta época natalícia, sem que deles venha um sinalinho de pré-reformados da Cultura.»

NO "CAUSA NOSSA"

Vital Moreira ficou espantado porque o PSD decidiu defender a manutenção da Portela:

«Decididamente, o PSD tornou-se um partido em que não pode confiar. Basta ver as suas posições em relação ao novo aeroporto de Lisboa. Durante muito anos fez parte do consenso político sobre a Ota, incluindo quando esteve no Governo. Depois entrou numa vertigem oportunista, adoptando todas as proposta de localização na margem sul do Tejo, desde o Poceirão até Alcochete. Agora tornou-se partidário da continuidade da Portela. Como é que um partido assim pode ambicionar a governar o País?»

Caro Vital Moreira, esta posição é fácil de entender, o que o PSD pretende é que a construção do novo aeroporto seja de um governo PSD. Está-se mesmo a ver a razão do adiamento, depois de ter tentado participar nas decisões das obras públicas, Menezes optou por tentar o seu adiamento. Que espertinho que me saiu esta Evita de Gaia.

SOBREVIVEU AO ATAQUE DE UMA ÁGUIA [Imagens]

JAKUB WOJEWODA

STASIA ZUBKOVA

PIXELLES

HERMIN ABRAMOVITCH

TRANSPOSURE

DICIONÁRIO: "SOCRATEAR"

«*SOCRATEAR .* [Do analfabeto SOCRATES]: Verbo totalmente irregular de estranha conjugação. 1. Ocultar ou encobrir com astúcia e safadeza; disfarçar com a maior cara de pau e cinismo. 2. Não dar a perceber, apesar de ululantes e genuínas evidências; calar. 3. Fingir, simular inocência angelical. 4. Usar a dissimulação; proceder com fingimento, hipocrisia. 5. Ocultar-se, esconder-se, fugir da responsa. 6. atingir sempre o amigoou inimigo mais próximo, sem dó nem piedade (antes ele do que eu). 7. Encobrir, disfarçar, negar sem olhar para as câmaras e nos olhos das pessoas. 8. Fraudar, iludir 9. Afirmar coisa que sabe ser contrária àverdade, acreditar que os fins justificam os meios. 10. viajar com dinheiro publico.»

(Recebido por mail)

LANÇA-FOGUETES

MONKEY SEX

AVISO

WINSTON, O CHAFARIZ

AMNISTIA INTERNACIONAL

[2][3]

Advertising Agency: TBWA Paris, France
Creative Director: Erik Vervroegen
Art Directors: Ingrid Varetz, Javier Rodriguez
Copywriters: Véronique Sels, Daniel Perez
Photographer: Michael Lewis

BELÉCOLE FRENCH SCHOOL

[2][3]

Advertising Agency: Euro RSCG, Prague, Czech Republic
Creative Directors: Dejan Stajnberger, Ana Vehauc
Art Directors: Dejan Stajnberger, Juraj Dudas
Copywriter: Ana Vehauc
Photographer: Juraj Dudas

POWER HOUSE HEALTH CLUB

[2][3]

Advertising Agency: Euro RSCG, New Delhi, India
Creative Director: Satbir Singh
Art Director / Copywriter: Gurdev Singh Sidhu
Illustrator: Gurdev Baljeet