segunda-feira, dezembro 24, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FELIZ NATAL

Para todos os meus amigos aqui ficam os meus desejos de um Bom Natal:

Como é Natal, época em que estamos tão cheios de amor que dá para dar e vender, não quero deixar de fora os meus inimigos, os boys de todos os quadrantes, incluindo os transformers da política, as donas Drenes e todos os outros espécimes de baixa estatura humana:

FOTO JUMENTO

Óbidos

IMAGEM DO DIA

[Junko Kimura/Getty Images]

«YOKOHAMA, JAPAN - Dolphins perform during a Christmas special show at Hakkeijima Sea Paradise Aquarium December 22, 2007 in Yokohama, Kanagawa, Japan. 3000 fireworks and special dolphin show take place in celebration of the Christmas season at the aquarium from December 22 to 24th. » [Tiscali]

JUMENTO DO DIA

Ignorância e má-fé

Talvez aconselhado pela empresa a que paga para lhe melhorara a imagem Luís Filipe Menezes aproveitou esta altura em que o governo já está em férias para chamar a si o protagonismo na comunicação social. Mas se os assessores de imagem lhe terão sugerido que ocupasse a comunicação social agora que as notícias são escassas, esqueceram-se de lhe sugerir o que deveria dizer. O resultado só foi uma anedota diária que apenas servem para queimar o que resta de Menezes e das expectativas eleitorais.

Ontem veio para o passeio de uma rua exigir que fosse Miguel Cadilhe a ficar à frente da CGD, queimando uma eventual hipótese de Cadilhe se mudar para Lisboa, exactamente para a rua que determinou o seu regresso ao Porto, quando era ministro de Cavaco Silva. Hoje Menezes foi mais longe na sua imaginação delirante, esqueceu-se que o BCP é um banco privado onde manam os seus accionistas e sugeriu que Sócrates estaria a lançar uma opa sobre o Millennium.

Esta sugestão só se compreende por ignorância e má-fé, ignorância sobre as regras de funcionamento de um banco e má-fé porque a nova liderança foi sugerida por Mexia, precisamente um ex-ministro do seu amigo Santana Lopes.

NOTÍCIA BEM ENQUADRADA

Até parece que foi há muito tempo que O Jumento era o único português que não se confessava um admirador do dr. Paulo Macedo. A queda de um ano?

Como os senhores do Opus Millennium são quase todos uns cristão exemplares dados às boas acções e a uma vida pura não lhes vou estragar o Natal, mas mal passe esta fase e quando todos voltarem O Jumento vai contar uma boa parte do que sabe sobre as relações pecaminosas entre o Millennium e o fisco, mostrando as relações estranhas e denunciando os apóstolos fiscais da Obra de Deus.

MENEZES QUEIMOU O NOME DE MIGUEL CADILHE

Ninguém que se preze neste país gostaria de ver o seu nome ser usado como arma de arremesso na boca do líder irresponsável do PSD, foi o que sucedeu a Miguel Cadilhe que ouviu o seu nome ser proposto para liderar a CGD numa entrevista dada por Menezes em plena rua. Antes de mais este tipo de questões não são colocadas na rua em resposta a perguntas de um jornalista e mesmo que assim seja Menezes deveria ter-se escusado a usar nomes. Miguel Cadilhe seria sempre um nome elegível pelo governo, é um economista competente e por mais que a dupla Santana/Menezes os namore sempre tem demonstrado ter independência em relação ao seu partido.

É evidente que Cadilhe nunca será a escolha de Sócrates depois da forma como Menezes lançou o seu nome. Com amigos idiotas como este espero que Cadilhe tenha muitos bons inimigos, sempre são mais inteligentes e leais do que o líder do PSD.

UMA PERGUNTA A MENEZES

No que é que a qualidade da nossa democracia melhora se à frente da Caixa Geral de Depósitos ficar um militante do PSD?

UM SÍMBOLO

«O nosso banco - o meu banco e o seu banco - devia ser o exemplo da solidez, da segurança, da respeitabilidade: a certeza de que o nosso dinheiro - o meu e o seu dinheiro - estava em boas mãos: mãos sábias, mãos prudentes, mãos de uma inatacável virtude. Sobretudo, se esse banco era o Millennium-BCP, o maior de Portugal, fundado e dirigido por uma espécie de Madre Teresa das finanças, perto da beatificação, o muito venerado Jardim Gonçalves. Mas, de repente, o Millennium-BCP entrou numa agitação inexplicável. Jardim Gonçalves saiu solenemente para a reforma e parece que se arrependeu e quis voltar. O sucessor resistiu. Accionistas peroraram e não se coibiram de insinuar. Assembleia geral atrás de assembleia geral aumentou a confusão. Personagens pouco cardinalícias, como Joe Berardo, ocuparam o centro da cena. E o depositário, entretanto, tremia.

Houve uma OPA, que falhou, e a seguir uma tentativa de fusão, que tornou a falhar, e a seguir uma nova direcção, que logo do princípio tinha um ar efémero. Cada vez se percebia menos da história, quando caiu o tecto. Uma denúncia de ilegalidade e descaminho de 200 milhões chamou ao nosso banco (ao meu e a ao seu), que guarda o nosso dinheiro (o meu e o seu), a Procuradoria-Geral da República e o Departamento de Investigação e Acção Penal. E o caso não ficou por aqui, perdido nesse perpétuo nevoeiro que por aqui sempre afoga devaneios do género. Na pessoa do dr. Vítor Constâncio, veio agora a intervenção majestática do Banco de Portugal e, na pessoa de Carlos Tavares, da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e até a Securities and Exchange Comission, uma autoridade americana, já se meteu zelosamente no assunto. O nosso banco (o meu e o seu), com quem contávamos como se conta com as pirâmides do Egipto, anda claramente aos tombos.

Anteontem, segundo uma fonte fidedigna, Vítor Constâncio ofereceu um conselho aos membros da actual administração: que não se candidatassem à próxima. Nem eles, nem qualquer das luminárias que geriu a coisa entre 1999 e 2007. Dizem, segundo a mesma fonte, que para evitar alguma situação de embaraço. É triste que uma instituição privada (e uma instituição privada desta importância) chegue onde chegou em tão pouco tempo. Não se engana quem desespera do capitalismo português. Corre, de resto, que o presidente da Caixa Geral de Depósitos irá daqui em diante mandar no Millennium-BCP. Simbólico.» [Público assinantes]

Parecer:

A crise no BCP vista por Vasco Pulido Valente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A ANEDOTA DO DIA

«O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, classificou este domingo como “muito grave” a actual situação do BCP, considerando que se trata de “uma OPA informal com uma lógica político-partidária” sobre o maior banco privado português.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Este Menezes deve ter começado a celebrar a passagem de ano antes do tempo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Menezes que pense mais e fale menos.»

MENEZES QUEIMOU O NOME DE MIGUEL CADILHE

«Para o social democrata, Cadilhe "seria um grande presidente da CGD", acrescentando que "está na altura do Governo nomear para presidente da CGD uma personalidade próxima da área do maior partido da oposição". Menezes fez este apelo devido ao facto de tradicionalmente o líder do banco estatal ser de cor contrária ao partido que está no poder, uma tradição só rompida por Sócrates. Luís Filipe Menezes sublinhou que "espero que agora não haja o apetite de controlar tudo e todos". Para o responsável, "a máquina socialista" está a demonstrar "apetite" pelo BCP.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Agora é que o nome de Cadilhe foi mesmo queimado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Cadilhe que tenha paciência, é o líder que o PSD tem.»

CADA CIGARRO PODE CUSTAR 18 MINUTOS DE TRABALHO

«Deixar o posto de trabalho para ir à rua fumar um cigarro pode implicar a perda de 18 minutos de tempo útil de laboração, pelo que a aplicação das medidas antitabágicas nas empresas deve ser feita com "bom senso", defende o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP). De outra forma, diz Francisco Van Zeller, a produtividade será "sensivelmente afectada", sobretudo nos primeiros tempos da proibição do tabaco. Um estudo feito em Espanha - onde a lei é menos restritiva -, lembra, concluiu que estas "ausências" podem atingir quase meia hora, se se considerar que, após regressar ao seu posto, o colaborador não retoma imediatamente o que estava a fazer. E que, antes de ir à rua, já está desconcentrado a pensar no vício.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

O Governo exagerou passando do oito para os oitenta.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao ministro do Trabalho.»

POR ONDE ANDAM OS ADMIRADORES DE PAULO MACEDO

«A nível interno, para além do Banco de Portugal, da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e da Procuradoria-Geral da República também a Administração Fiscal tem contra o banco de Filipe Pinhal um processo de execução fiscal, no valor de 435 mil euros, por falta de pagamentos ao Fisco. A nível internacional, a SEC – Securities and Exchange Commission (polícia que controla o mercado de capitais norte-americano) já disse que vai abrir uma investigação aos negócios do banco quando esteve cotado na Bolsa de Nova Iorque (o que aconteceu entre 1991 e 2003).» [Correio da Manhã]

Parecer:

Ainda acham normal que a Administração Fiscal seja gerida por um funcionário do Millennium?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos admiradores do dr. Macedo, começando pelo Pinto Balsemão.»

O JUMENTO NO OUTROS BLOGUES

  1. O "Pontos Soltos" nomeia O Jumento para "Diz que não é mau blogue". Obrigado.

NA "BARBEARIA DO SENHOR LUÍS"

Fazem fila à porta para entregarem o couro cabeludo aos cuidados da colaboradora da semana, a mãe-natal. Para a época de Natal o mínimo que se pode dizer é que é uma boa prenda, imagino que desta é que o senhor Luís vai ficar com os cabelos em pé!

O "ÁGUA LISA"

Gostou do sorriso de Merkel:

«Do sorriso irónico da chanceler de uma das pátrias da tecnologia a ouvir, com a benevolência que um provinciano contente concita, a exaltação de Sócrates, na cerimónia do alargamento do espaço Schengen, à excelência tecnológica de ponta de Portugal por ter fornecido um qualquer software para combinação de dados. Esteve bem Ângela Merkel, pois à chancelaria alemã fica bem a condescendência paciente com os arroubos patrioteiros dos “mais pequenos”, inchados nos seus “feitos”, mesmo que perfeitamente avulsos.»


NEIMAN MARCUS

ALEXANDER PUTEV

ALEKSY TYUREV

FOTOSLAV B.

TARASOV

BASQUETEBOL

NÃO DÊ UM ACO VAZIO A UM MACACO

COMO POUPAR NO DENTISTA

BAILADO NO GELO

TRANSPORTE PARA A PRAIA

GREENPEACE

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Photographer: Robert Striegl

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