domingo, dezembro 30, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Óbidos

IMAGEM DO DIA

[Reuters]

«Los ecuatorianos despedirán el año 2007 y darán la bienvenida al año nuevo con la quema de monigotes que representan a políticos o personajes famosos que la costumbre popular arroja a la hoguera como simbólica protesta ante promesas o esperanzas fallidas.» [El Mundo]

JUMENTO DO DIA

O exterminador de restaurantes

Ao presidente da ASAE, cada vez mais vaidoso e viciado na comunicação social, já não basta o espectáculo das operações acompanhadas de batalhões de polícias e jornalistas, agora dá entrevistas e arma-se em exterminador de restaurantes. Agora diz que 50% dos restaurantes vão fechar porque não verificam as regras comunitárias ou porque não têm viabilidade.

Alguém fecha a boca a este senhor?

FARIA DE OLIVEIRA NA CGD

Com a escolha de Faria de Oliveira para a CGD o governo matou dois coelhos com uma cajadada, calou Luís Filipe Menezes, cumprindo um velho acordo não escrito entre o PSD e o PS, e agrada a Cavaco Silva. É evidente que o que Menezes pretendia era ser consultado na escolha ou que o novo presidente da CGD foi alguém próximo da actual liderança, a escolha de Faria de Oliveira acabou por ser um sapo aplaudida pelo líder do PSD. Ao mesmo tempo Sócrates agradou a Cavaco Silva, dando o lugar a um seu velho amigo que nada tem que ver com o actual PSD.

É aquilo a que se chama matar dois coelhos com uma cajadada ou, melhor ainda, tratar o cão com o pêlo do próprio cão.

A LOGOTERAPIA DE VIKTOR FRANKS

«Num tempo em que o mundo é atravessado por enormes perplexidades e as pessoas são assaltadas pela dúvida, pelo desânimo e até pelo niilismo, quereria, no décimo aniversário da sua morte, deixar uma homenagem a um homem que, na situação mais degradada e degradante dos campos de concentração nazis, mostrou como e porquê é possível manter a dignidade. Refiro-me a Viktor Frankl, fundador da chamada terceira corrente de psicoterapia de Viena: a logoterapia.» [Diário de Notícias]

Parecer:

O padre Anselmo Borges presta homenagem a Viktor Frankl.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

DA OPUS DEI À MAÇONARIA: A INCRÍVEL HISTÓRIA DO BCP

«Em países onde o capitalismo, as leis da concorrência e a seriedade do negócio bancário são levados a sério, a inacreditável história do BCP já teria levado a prisões e a um escândalo público de todo o tamanho. Em Portugal, como tudo vai acabar sem responsáveis e sem responsabilidades, convém recordar os principais momentos deste «case study», para que ao menos a falta de vergonha não passe impune.

1 Até ao 25 de Abril, o negócio bancário em Portugal obedecia a regras simples: cada grande família, intimamente ligada ao regime, tinha o seu banco. Os bancos tinham um só dono ou uma só família como dono e sustentavam os demais negócios do respectivo grupo. Com o 25 de Abril e a nacionalização sumária de toda a banca, entrámos num período ‘revolucionário’ em que “a banca ao serviço do povo” se traduzia, aos olhos do povo, por uns camaradas mal vestidos e mal encarados que nos atendiam aos balcões como se nos estivessem a fazer um grande favor. Jardim Gonçalves veio revolucionar isso, com a criação do BCP e, mais tarde, da Nova Rede, onde as pessoas passaram a ser tratadas como clientes e recebidas por profissionais do ofício. Mas, mais: ele conseguiu criar um banco através de um MBO informal que, na prática, assentava na ideia de valorizar a competência sobre o capital. O BCP reuniu uma série de accionistas fundadores, mas quem de facto mandava eram os administradores - que não tinham capital, mas tinham «know-how». Todos os fundadores aceitaram o contrato proposto pelo “engenheiro” - à excepção de Américo Amorim, que tratou de sair, com grandes lucros, assim que achou que os gestores não respeitavam o estatuto a que se achava com direito (e dinheiro).

2 Com essa imagem, aliás merecida, de profissionalismo e competência, o BCP foi crescendo, crescendo, até se tornar o maior banco privado português, apenas atrás do único banco público, a Caixa Geral de Depósitos. E, de cada vez que crescia, era necessário um aumento de capital. E, em cada aumento de capital, era necessário evitar que algum accionista individual ganhasse tanta dimensão que pudesse passar a interferir na gestão do banco. Para tal, o BCP começou a fazer coisas pouco recomendáveis: aos pequenos depositantes, que lhe tinham confiado as suas poupanças para gestão, o BCP tratava de lhes comprar, sem os consultar, acções do próprio banco nos aumentos de capital, deixando-os depois desamparados perante as perdas em bolsa; aos grandes depositantes e amigos dos gestores, abria-lhes créditos de milhões em «off-shores» para comprarem acções do banco, cobrindo-lhes, em caso de necessidade, os prejuízos do investimento. Desta forma exemplar, o banco financiou o seu crescimento com o pêlo do próprio cão - aliás, com o dinheiro dos depositantes - e subtraiu ao Estado uma fortuna em lucros não declarados para impostos. Ano após ano, também o próprio BCP declarava lucros astronómicos, pelos quais pagava menos de impostos do que os porteiros do banco pagavam de IRS em percentagem. E, enquanto isso, aqueles que lhe tinham confiado as suas pequenas ou médias poupanças viam-nas sistematicamente estagnadas ou até diminuídas e, de seis em seis meses, recebiam uma carta-circular do engenheiro a explicar que os mercados estavam muito mal.

3 Depois, e seguindo a velha profecia marxista, o BCP quis crescer ainda mais e engolir o BPI. Não conseguiu, mas, no processo, o engenheiro trucidou o sucessor que ele próprio havia escolhido, mostrando que a tímida “renovação” anunciada não passava de uma farsa. E descobriu-se ainda uma outra coisa extraordinária e que se diria impossível: que o BCP e o BPI tinham participações cruzadas, ao ponto de hoje o BPI deter 8% do capital do BCP e, como maior accionista individual, ter-se tornado determinante no processo de escolha da nova administração... do concorrente! Como se fosse a coisa mais natural do mundo, o presidente do BPI dá uma conferência de imprensa a explicar quem deve integrar a nova administração do banco que o quis opar e com o qual é suposto concorrer no mercado, todos os dias...

4 Instalada entretanto a guerra interna, entra em cena o notável comendador Berardo - o homem que mais riqueza acumula e menos produz no país - protegido de Sócrates, que lhe deu um museu do Estado para ele armazenar a sua colecção de arte privada. Mas, verdade se diga, as brasas espalhadas por Berardo tiveram o mérito de revelar segredos ocultos e inconfessáveis daquela casa. E assim ficámos a saber que o filho do engenheiro fora financiado em milhões para um negócio de vão de escada, e perdoado em milhões quando o negócio inevitavelmente foi por água abaixo. E que havia também amigos do engenheiro e da administração, gente que se prestara ao esquema das «off-shores», que igualmente viam os seus créditos malparados serem perdoados e esquecidos por acto de favor pessoal.

5 E foi quando, lá do fundo do sono dos justos onde dormia tranquilo, acorda inesperadamente o governador do Banco de Portugal e resolve dizer que já bastava: aquela gente não podia continuar a dirigir o banco, sob pena de acontecer alguma coisa de mais grave - como, por exemplo, a própria falência, a prazo.

6 Reúnem-se, então, as seguintes personalidades de eleição: o comendador Berardo, o presidente de uma empresa pública com participação no BCP e ele próprio ex-ministro de um governo PSD e da confiança pessoal de Sócrates, mais, ao que consta, alguém em representação do doutor «honoris causa» Stanley Ho - a quem tantos socialistas tanto devem e vice-versa. E, entre todos, congeminam um «take over» sobre a administração do BCP, com o «agrément» do dr. Fernando Ulrich, do BPI. E olhando para o panorama perturbante a que se tinha chegado, a juntar ao súbito despertar do dr. Vítor Constâncio, acharam todos avisado entregar o BCP ao PS. Para que não restassem dúvidas das suas boas intenções, até concordaram em que a vice-presidência fosse entregue ao sr. Armando Vara (que também usa ‘dr.’) - esse expoente político e bancário que o país inteiro conhece e respeita.

7 E eis como um banco, que era tão independente que fazia tremer os governos, desagua nos braços cândidos de um partido político - e logo o do Governo. E eis como um banco, que era tão cristão, tão «opus dei», tão boas famílias, acaba na esfera dessa curiosa seita do avental, a que chamam maçonaria.

8 E, revelada a trama em todo o seu esplendor, que faz o líder da oposição? Pede em troca, para o seu partido, a Caixa Geral de Depósitos, o banco público. Pede e vai receber, porque há ‘matérias de regime’ que mesmo um governo com maioria absoluta no parlamento não se atreve a pôr em causa. Um governo inteligente, em Portugal, sabe que nunca pode abocanhar o bolo todo. Sob pena de os escândalos começarem a rolar na praça pública, não pode haver durante muito tempo um pequeno exército de desempregados da Grande Família do Bloco Central.

Se alguém me tivesse contado esta história, eu não teria acreditado. Mas vemos, ouvimos e lemos. E foi tal e qual.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Por Miguel Sousa Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O INACREDITÁVEL DO ANO

«O processo de escolha da administração do BCP, a confirmar-se, tal como tem sido anunciado, não conseguirá disfarçar a crua realidade de que se trata da governamentalização do maior banco privado português.

Por mais argumentos e explicações que se avancem, não é possível vir a acreditar na sua independência e o que resta é um desanimador recuo no tempo de um sector de que nos orgulhávamos.

É um abalo inqualificável no sistema financeiro provocado por práticas de gestão só possíveis pela incompreensível distracção das Entidades Reguladoras e que o Governo está a aproveitar a favor do Partido que o apoia, sem se preocupar com as consequências, internas e internacionais, de uma decisão aberrante.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Manuela Ferreira Leite esqueceu-se de que foi ministra das Finanças.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A CULTURA DO BLOGUE NACIONAL

«Mostruário da nossa pobreza, da nossa rudeza, da falta de independência que caracterizam o nosso "Portugalinho"

Os blogues, a blogosfera, são um facto cultural novo nos últimos cinco anos. Não abunda assim tanto a novidade no domínio lato da cultura, para que possa passar despercebida, ou melhor, notada mas não percebida, ou erradamente percebida. Muita coisa nos blogues vem em continuidade do passado, existia noutros meios e sob outras formas, mas mesmo a que apenas fez a transmutação dos media clássicos para os blogues como media mudou também com o meio. Mudou e continua a mudar.

Existe por isso uma nova "cultura de blogue", com traços comuns com idênticas culturas da Rede urbi et orbi, mas também com traços nacionais próprios. Não é por se usar a mesma ferramenta de software que os americanos, brasileiros, japoneses e chineses que deixamos de ser portugueses, de levar para lá o nosso mundo exterior. Não somos ricos na Rede se somos pobres cá fora, não somos sofisticados em linha, se somos trogloditas cá fora, não sabemos mais e pensamos melhor nas páginas do Blogger do que pensamos cá fora, nos cafés de província, ou no Bairro Alto ou no Lux ou nas páginas dos jornais, não se é cosmopolita lá dentro se se é provinciano cá fora, não se é subserviente cá fora e independente no ecrã diante do computador, não se é burro cá fora e inteligente lá dentro.

O que se passa é que esse verdadeiro mostruário em linha, feito de mil egos à solta, revela mesmo a nossa pobreza, a nossa rudeza, a falta de independência face aos poderosos, grandes, pequenos e médios, os péssimos hábitos de pensar a falta de estudos e trabalho, de leitura e de "mundo", que caracterizam o nosso "Portugalinho". Nem podia ser de outra maneira. Com a diferença que nos blogues o retrato é mais brutal porque mais arrogante e mais solto, ou pelo anonimato, ou pela completa falta de noção de si próprio de quem, por poder escrever sem edição para os milhões de leitores potenciais da Rede, acha que é crítico de cinema instantâneo, engraçadista brilhante, analista político, escritor genial de aforismos, herói único da denúncia dos males do mundo, e portador de todas as soluções que só não são aplicadas porque os outros, a começar pelo blogue do lado e a acabar no fim do mundo, são todos corruptos, vendidos e tristes. Como os blogues são viveiros de elogios mútuos e de complacência, estes traços alastram como um vírus e tornam-se comunitários, definidores do meio. Mas, até porque nos dá um retrato único da mesquinhez da vida intelectual e cultural nacional, o lado do não dito, do não enunciado no Jornal de Letras, no Ipsilon, nas notícias culturais do Diário de Notícias e no contínuo que vai das novas colunas sociais disfarçadas de sociologia do presente e no jornalismo light até às revistas do jetset, a blogosfera é interessante e única.

Eça, se fosse hoje, poderia escrever sobre os blogues o que escreveu sobre os jornais: "A tua ideia de fundar um jornal é daninha e execrável. (...) tu vais concorrer para que no teu tempo e na tua terra se aligeirem mais os juízos ligeiros, se exacerbe mais a vaidade, e se endureça mais a intolerância. Juízos ligeiros, vaidade, intolerância - eis três negros pecados sociais que, moralmente, matam uma sociedade!

(...) Foi incontestavelmente a Imprensa que, com a sua maneira superficial, leviana e atabalhoada de tudo afirmar, de tudo julgar, mais enraizou no nosso tempo o funesto hábito dos juízos ligeiros.

(...) É com impressões fluidas que formamos as nossas maciças conclusões. Para julgar em política o facto mais complexo, largamente nos contentamos com um boato, mal escutado a uma esquina, numa manhã de vento. Para apreciar em literatura o livro mais profundo, (...) apenas nos basta folhear aqui e além uma página (...) . Principalmente para condenar, a nossa ligeireza é fulminante. Com que soberana facilidade declaramos "Este é uma besta! Aquele é um maroto!" Para proclamar "É um génio!" ou "É um santo!" oferecemos uma resistência mais considerada (...) Assim passamos o nosso bendito dia a estampar rótulos definitivos no dorso dos homens e das coisas. Não há acção individual ou colectiva, personalidade ou obra humana, sobre que não estejamos prontos a promulgar rotundamente uma opinião bojuda."

Tudo isto é certeiro, mas, se ficássemos por aqui, não percebíamos a novidade, a mesma, aliás, que Eça defrontava com o papel crescente da imprensa. Mesmo assim, e até por isso, os blogues são coisa nova, são um fenómeno de per si. Trazem a quantidade, a lei dos grandes números, trazem as "massas". É verdade que apenas uma escassíssima minoria escreve blogues que caibam nesta categoria para além do puro confessional, e que apenas uma minoria os lê, mas nunca na história tanta gente se revela assim no espaço público, acompanhando mutações de geração e de hábitos culturais que vai no mesmo sentido de, por exemplo, a desvalorização da privacidade, do tempo lento, do silêncio, da palavra escrita em relação às imagens em movimento. E isso é uma novidade que está para ficar e evoluir. Evoluirá a partir daqui, desta logomaquia, mas evoluirá acrescentando uma nova dimensão ao retrato das diferentes sociedades e mentalidades, incluindo Portugal.

É ainda cedo para medir o papel dos blogues em Portugal enquanto consumo cultural e mediático, como fonte quase única de conhecimentos "dinâmicos", envolventes, para as gerações que se estão a "educar" mais fora da escola do que dentro dela. Mas há indícios, principalmente nos mais jovens, do aparecimento de uma "cultura de blogue", de uma aproximação cultural ao mundo feita de pouco mais do que a leitura de blogues e de outras páginas da Rede, que têm mecanismos de social networking como as variantes nacionais do Facebook, ou o Hi5, o Second Life, e o mecanismo de trocas de "favoritos" que vai dar ao YouTube. Em Portugal, a absorção do mundo - política nacional, internacional, produtos culturais da moda, discuros e julgamentos, escolhas de podium e de agenda - pelos blogues difere da que se poderia obter através dos media tradicionais.

Para uma geração de jovens que só lê escassamente os jornais, para além dos desportivos e dos gratuitos, a "cultura de blogue" começa a deixar os seus traços próprios: redução da temática considerada "importante" ao que é discutido nos blogues, valorização do posicionamento comprometido, de "prós e contras", maior radicalismo político e opinativo, mecanismos de identidade grupais ou tribais, para além da absorção generalizada dos males que o Eça atribuía aos jornais: "juízos ligeiros, vaidade, intolerância", "impressões fluidas" e "maciças conclusões". Está longe de ser uma boa escola, mas é a escola, mais intolerante, mais a preto e branco, mais agressiva nas opiniões e menos ponderada, mas também mais democrática, no sentido em que envolve muito mais gente do que a que em qualquer altura teve sequer a veleidade de ter uma opinião, muito menos dá-la. Não é um fenómeno "mau" por si só, tem também aspectos "bons", na proporção desigual que é habitual para Portugal nestas coisas, mas caminha para ser um instrumento suplementar que reforça as duas tendências em curso nos nossos dias: a da substituição da democracia pela demagogia e a espectacularização da sociedade.

A blogosfera é tão avessa à crítica como os media tradicionais, com a agravante de que o envolvimento narcísico é tão forte que, mesmo dentro de blogues colectivos, a mais pequena fractura se torna explosiva. Os blogues não gostam de ser objecto de críticas e, como é obvio, tem uma alta noção de si próprios e estão tão cheios de autocomplacência e de elogios mútuos que consideram um anátema qualquer discurso que lhes pareça exterior e que os ponha em causa, a eles e às regras do jogo que estabeleceram. Desde o início da popularização da blogosfera o chamado "metabloguismo" era considerado um desvio da genuinidade do discurso em linha, mas, sem reflexão crítica sobre o próprio meio, sobre o meio em Portugal, que introduza critérios de qualidade e exigência que os blogues são lestos a exigir a outros mas não a aplicar a si próprios, os blogues serão apenas mais uma câmara de ressonância da pobreza da nossa vida cívica.

Como também tenho um blogue, deixo aos leitores o julgamento do que se me aplica do que aqui digo.» [Público assinantes]

Parecer:

JPP descobriu que os blogues não são diferentes do país e povo que somos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

QUEM ESTÁ PROIBIDO DE ADMINISTRAR O BCP

«A polémica rebentou na semana passada quando, na quinta-feira, Vítor Constâncio chamou ao início da tarde Filipe Pinhal e Christopher de Beck, respectivamente, presidente e vice-presidente do BCP, para os informar de que não se podiam recandidatar aos órgãos sociais do banco. No dia seguinte, Vítor Constâncio reuniu com os principais accionistas do BCP e alertou para a necessidade de haver alternativas à gestão de Filipe Pinhal por existirem fortes indícios de ilícitos contra-ordenacionais suficientemente graves, dando a entender que poderia haver inibições dos membros de órgão sociais do banco entre 1999 e 2007. Constâncio admitiu ainda a necessidade de um consenso alargado entre os accionistas para resolver a crise de liderança que se vive no banco. Perante esta exposição, os accionistas reuniram logo no dia seguinte e convidaram Santos Ferreira a liderar uma lista que acabou por reunir o apoio do núcleo duro de accionistas do BCP, que entretanto ontem foi entregue ao presidente da mesa da assembleia geral. Poucos minutos antes de terminar o prazo legal para entrega de listas candidatas aos órgãos sociais do BCP, Miguel Cadilhe apresentou uma reclamação do prazo que entretanto já aceite - até às 24 h de domingo podem entrar listas alternativas. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Cadilhe e Talone tês razão, este modelo de justiça sumária de Constâncio suscita muitas dúvidas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Constâncio que esclareça as dúvidas de Cadilhe e Talone.»

FARTURA DE CHEQUES CARECAS

«Os portugueses passaram 1724 milhões de euros em cheques ‘carecas’ nos primeiros 11 meses deste ano. Em média, por dia, chegaram aos bancos cerca de 5,161 milhões de euros em cheques sem cobertura. No total, foram passados mais de 600 mil cheques sem provisão.
Segundo os números fornecidos pelo Banco de Portugal, este total está ainda abaixo dos mais de 1900 milhões registados no ano passado e muito distante do recorde de 2700 milhões de euros atingido em em 2002.»
[Expresso assinantes]

Parecer:

Não pensem que são apenas de pequeno montante, umn dos cheques devolvidos era de 95 milhões de euros.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adoptem-se medidas para aumentar a segurança nos negócios.»

PSD ARRISCA-SE A MULTA DE 400 MIL EUROS

«O Ministério Público já enviou há mais de um mês para o Tribunal Constitucional a sua proposta de penalização do PSD e da Somague, por infracção à lei do financiamento dos partidos políticos. Caberá agora ao Tribunal Constitucional (TC) a última palavra sobre os valores das coimas a cobrar, mas a lei prevê penas que poderão fazer mossa, sobretudo nas finanças, já deficitárias, dos sociais-democratas.

Este foi o caso de financiamento partidário ilegal mais conhecido e bombástico até agora e o que menos dúvidas deixou às autoridades. O TC, num acórdão de Junho passado, afirmava terem sido confirmados, "de forma cabal", os indícios de que o PSD havia recebido um donativo indirecto - e ilegal - por parte da Somague, através da liquidação de uma despesa de 233.415 mil euros à firma Novodesign, que produziu diverso material propagandístico para o partido, no âmbito das eleições autárquicas de 2001.» [Público assinantes]

Parecer:

Bem merece.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes se já pôs a sede do PSD à venda.»

RTEAL MADRID DISPOSTO A PAGAR 70 MILHÕES POR CRISTIANO RONALDO

«Según escribe el periodista Tomás Roncero en el diario As, Cristiano Ronaldo (Manchester United) es el próximo gran fichaje que desea realizar el Real Madrid para el año 2008. Es un asunto ya anunciado, pero al parecer hay alguna novedad.

Esta información apunta que se le ficharía en verano por unos 70 millones de euros y que habría dinero suficiente en las arcas blancas, pues se realizarán varias ventas de jugadores en el mercados estival.» [20 Minutos]

FISCO JÁ PENHORA SUBSÍDIOS DAS AUTARQUIAS

«O subsídio de 503,8 mil euros que a Câmara de Matosinhos vai dar ao Leixões Sport Club para pagar as obras de beneficiação já feitas no Estádio do Mar esteve em risco de ser penhorado pelo Fisco. Anteontem, a Autarquia recebeu um ofício da Repartição de Finanças de Matosinhos informando que a verba a atribuir ao Leixões ficaria cativa por conta da dívida do clube às Finanças. Mas, ao final da tarde de ontem, o problema ficou resolvido, com o clube de Matosinhos a regularizar as contas de um dia para o outro. » [Jornal de Notícias]

Parecer:

Que mais irá penhorar o fisco?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao ministro das Finanças.»

MICHAEL MENEKLIS

A. HUNT

NIKOS VASILAKIS

VALERY LEMBER

ALINE NEDELEC

DIE BURGER

[2]

Advertising Agency: FCB Cape Town, South Africa
Creative Director: Francois de Villiers
Art Director: Anthony de Klerk
Copywriter: Marius van Rensburg
Photographer: Chad Henning

MINI

[2][3][4]

Advertising Agency: D'ADDA,LORENZINI,VIGORELLI,BBDO, Milan, Italy
Creative Directors: Luca Scotto di Carlo, Giuseppe Mastromatteo
Art Directors: Velia Mastropietro, Pietro Mandelli
Copywriter: Sonia Cosentino

GEGEN MISSBRAUCH

Advertising Agency: Grabarz & Partner, Germany
Creative Directors: Ralf Heuel, Patricia Pätzold, Ralf Nolting
Art Director / Illustrator: Julia Elles
Copywriter: Laura Müller-Rossbach