domingo, dezembro 02, 2007

Semanada

A VINGANÇA DE MENEZES
Quando JPP inverteu o logo do PSD poucos se recordaram do presidente histórico do brasão de Castelo Rodrigo que foi invertido em consequência de Cristóvão de Moura, Marquês de Castelo Rodrigo e vice-rei de Portugal nos tempos dos Filipes, ter tomado o partido de Espanha.

Parece que o PSD também decidiu vingar-se de Lisboa por os seus eleitores terem escolhido António Costa remetendo o seu candidato para a posição de um pequeno partido. Menezes, que nem sequer sabe muito bem onde fica e Lisboa, ele que andou sempre mais preocupado com os liberais de Cascais, decidiu que os munícipes da capital não terão direito a uma autarquia até que o PSD volte a ganhar na capital, até lá terão que se contentar com um presidente de câmara com menos meios e poderes do que a comissão administrativa que funcionou a seguir à queda do poder autárquico.
Menezes adoptou para a capital uma estratégia de vingança primária e não receou usar uma assembleia municipal onde conta com uma maioria ilegítima.
A GREVE DA PRAXE
A Administração Pública cumpriu a greve da praxe, uma pequena parte dos seus membros pagaram com um dia de vencimento a estratégia política dos partidos que controlam os sindicatos e os habituais minutos de antena para os líderes sindicais, que há vinte anos que são os mesmos e a dizer precisamente o mesmo. São os minutos de publicidade mais caros da política portuguesa, para que Carvalho da Silva fale uns minutos que ninguém ouve pois já se sabe o que vai dizer, milhares de trabalhadores pagam muitos milhões de euros.
PINTO MONTEIRO DEU UM TIRO NO PÉ
Pinto Monteiro não tomou o gosto às entrevistas como rapidamente aprendeu a usá-las coo instrumento de gestão do poder e de defesa de pequenos interesses corporativos, como uma entrevista ao Sol e outra na Visão o Procurador-Geral chamou a si o protagonismo, o país deixou de ter problemas para resolver, em vez de ser o primeiro-ministro o protagonista passou a ser o dirigente do Ministério Público.

Pinto Monteiro foi inteligente na forma como preparou o caminho para chamar poderes a si próprio e, ao mesmo tempo, tentar que os magistrados do Ministério Público ficassem ao abrigo de crises financeiras, mantendo os seus privilégios. Teve azar, Cavaco Silva não se impressionou com os seus argumentos e não cedeu aos interesses corporativos, os magistrados vão estar sujeitos, como todos os que recebem vencimentos do Estado, às agruras da vida.