A autarquia de Lisboa está servindo a Luís Filipe Menezes para testar os seus novos métodos de liderança, tal como sucedeu com Marques Mendes, com o novo líder do PSD a capital é assunto para ser tratado pela liderança do PSD.
Ao contrário do que sucede com a generalidade das autarquias na capital os vereadores ou os representantes na Assembleia Municipal não representam os munícipes, não decidem em função do que entendem ser os interesses dos eleitores, estão nos cargos para que a autarquia da capital seja gerida em função das estratégias do líder do partido. O melhor argumento usado pelo líder da distrital do PSD para convencer os deputados municipais do seu partido foi a perda de futuros “tachos” se não obedecessem às directivas da liderança partidária, se votarem em função do que julgarem ser o interesse dos Lisboetas irão para o desemprego.
Menezes está a dar uma pequena mostra do seu perfil político, alguém para quem alcançar o poder está acima de qualquer interesse. Luís Filipe Menezes e o seu bando de enjeitados do velho PSD não olha a meios para obter resultados, o seu objectivo não é uma boa gestão da autarquia, o que ele pretende é que a autarquia nada possa fazer para que depois apresente o seu candidato como o salvador.
Menezes está a mostrar como fará política caso Sócrates não repita a maioria absoluta, se com um partido sem grande representatividade exige participar na escolha dos administradores da RTP, afunda a gestão da autarquia e quer co-decidir nas obras públicas, imagine-se o que será governar este país com uma maioria absoluta e Menezes a liderar o PSD.
Menezes poderá vencer este braço de ferro com António Costa graças a uma maioria ilegítima na Assembleia Municipal e à ameaça de desemprego aos deputados municipais do seu partido. Mas dá um péssimo exemplo para quem pretende governar ou retirar a maioria absoluta a Sócrates.
Pobre deste país se vier a ser governado pelos Menezes, Ângelos, Martins e Ribaus do PSD.