domingo, novembro 16, 2008

Semanada


1. Manuela Ferreira Leite está tão diferente daquela líder séria, rigoroso e silenciosa que só não digo que está transformada num clone de Luís Filipe Menezes porque o ex líder era populista por convicção e não, como sucede com a sua sucessora, por oportunismo eleitoral. Cada semana de Manuela Ferreira Leite, ainda mal recuperada dos prejuízos da sua oposição ao aumento do salário mínimo, começou a semana defendendo que deveria ser ela a produzir as notícias que sobre si própria são transmitidas na RTP, ou seja, Manuela Ferreira Leite, a tal senhora que sofre de claustrofobia democrática quer chegar a primeira-ministra sem saber distinguir informação de tempo de antena.

2. Enquanto Santana Lopes aguarda pelo certificado de candidatura a emitir por uma Manuela Ferreira Leite que anda muito ocupada com o OE optou por ir à Procuradoria-Geral da República pedir que fosse emitido um certificado universal de inocência, garantindo assim a todos os eleitores que não é investigado por nenhum crime. Se a moda pega nas próximas legislativas e autárquicas o Procurador-Geral da República terá que criar secções do Ministério Público em todas as Lojas do Cidadão, o que é um problema pois com o Governo a tirar o subsídio de 10 euros diários aos funcionários daquelas Lojas dificilmente haverá quem queira ir trabalhar lá.

3. Mais sorte do que Santana Lopes tiveram os professores que ganharam o seu apoio na luta contra a avaliação. Como se isso não bastasse ainda ganharam o apoio dos alunos que, enquadrados por jovens usando véus palestinianos e com o apoio de mães progressistas, deram o seu contributo contra a procriação de frangos, atirando ovos contra a ministra. Segundo os professores da escola estes alunos até poderiam ser uns alunos modelos, bem educados e estudiosos.

4. Mais uma ou duas semanas como esta e António Costas ainda consegue um certificado de artista, tantas foram as cambalhotas que deu. Começou por recuar nos horários do Bairro Alto e acabou a criticar a política do ministério da Educação numa manobra eleitoralista muito típica dos políticos portugueses.

5. O parlamento de bolso do Alberto João voltou a abrir as suas portas e foi levantada a proibição de entrada ao deputado do PN, foi reposta a legalidade, desde o 25 de Abril que nas tascas e outros espaço públicos foram retiradas as placas “reservado o direito de admissão”. Resta agora esperar que o Alberto decida se o parlamento continua a funcionar regularmente ou se é transformado parque temático do PSD-Madeira.