sábado, janeiro 22, 2011

Obrigadinho

Obrigadinho Manuel Alegre, em cinco anos ajudou um Cavaco derrotado por Jorge Sampaio e pela história a chegar a Presidente da República, agora e apesar de ter sido o pior presidente da história da República está à beira de um ajudar a ser reeleito. Graças à sua ambição e vaidade a direita consegue por duas vezes ter um presidente da república por dois mandatos num país onde socialmente é minoritária, ainda por cima e para ser mais humilhante consegue-o com uma personalidade que saiu do poder detestado pela maioria dos portugueses. É obra.

Obrigadinho Manuel Alegre pelo esforço que fez para credibilizar a extrema-esquerda que nos últimos anos nunca hesitou em se aliar à direita mais conservadora, não hesitando em alinhar em golpes baixos como sucedeu com a comissão parlamentar de inquérito da TVI. Obrigadinho também por ter ajudado a derrubar ministros competentes colocando no seu lugar incompetentes da sua confiança, tendo para isso alinhado no apoio a todas as manifestações populistas organizadas pela direita e pela extrema-esquerda.

O problema é que ao ajudar o Bloco de Esquerda, ao ter poupado a direita aos seus discursos poéticos, ao salvar os partidos de direita promovendo a divisão no seu próprio partido, ameaçando-o de cisão durante cinco anos não conquistou um único voto à direita ou ao centro e perdeu a confiança de muitos dos seus companheiros, nem sequer conseguiu a confiança de uma boa parte da extrema-esquerda que vai votar em Fernando Nobre.

A esta hora ainda pode acalentar a esperança de ir a uma segunda volta ao mesmo tempo que já começou a encontrar os culpados por uma eventual derrota, já o começou na fazer em plena campanha eleitoral e o próprio Louçã já adiantou alguns. Mas se passar à segunda volta é porque muitos eleitores votaram contra Cavaco optando pelas candidaturas de Fernando Lopes, José Manuel Coelho, Fernando Nobre e Defensor Moura.

Obrigadinho Manuel Alegre, mas deixe lá, continua no primeiro lugar da fila de espera para todos os cargos a que acha ter direito, mesmo que os seus camaradas de partido ou os leitores não o desejem.