sexta-feira, julho 15, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Andorinhas-das-chaminés [Hirundo rustica] no Jardim Gulbenkian, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Aldeia de Monsanto [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Vítor Gaspar, ministro das Finanças

A conferência de imprensa até estava a correr relativamente bem ao debutante Vítor Gaspar, foi lendo aquilo que poderia ser um post num blogue, falou de história económica, descreveu cenários macroeconómicos, disse o que já se sabia sobre privatizações e sobre a apropriação do subsídio de Natal confirmou o que já se sabia pela comunicação social. O homem é educado, é monocórdico, monótono, parece que ainda não despiu a farda de técnico e talvez por isso até capta a simpatia. Resta ver se as suas previsões são melhores do que as do seu desastroso antecessor.
 
O pior aconteceu quando o questionaram sobe o famoso desvio colossal, embrulhou-se, engasgou-se, deu uma explicação que alguém lhe terá sugerido e protagonizou um momento hilariante ao tentar explicar que alguém comeu umas palavras que estavam entre desvio colossal. Acabou por dizer que gostava especialmente das palavras, supõe-se que se referia ao desvio colossal, mas não explicou porquê, o que nos faz pensar que este ministro primeiro escolhe os conceitos e só depois encontra dados para os sustentar.
 
Como ministro nada provou, como técnico foi um pouco acima do vulgar e como político revelou-se um zero. O problema é que Cavaco também começou assim, Vítor Gaspar é político que nos últimos anos mais se assemelha ao Cavaco do governo de Sá Carneiro, tímido, com ar envergonhado, austero. Só lhe falta o BX. Passos Coelho que se cuide, o seu potencial sucessor pode muito bem ser um dos seus ministros mais discretos, o povo gosta deste tipo de pessoas.
 
Do ponto de vista técnico o momento mais hilariante ocorreu quando explicou que o imposto não se aplicava aos rendimentos do capital porque não pretendia atingir a poupança. Esta opinião significa que o ministro é um mau aforrador pois como vive dos rendimentos do trabalho gasta todo o seu salário como se fosse um trabalhador das antigas roças. Para Vítor Gaspar há dois grupos de portugueses os que podem poupar e beneficiam de isenções fiscais e os que não podem poupar e por isso podem apertar o cinto. Lamentável.

 Um vídeo dedicado ao ministro Vítor Gaspar


 Um buraco  muito original

Afinal o famoso desvio colossal nas contas públicas não é um buraco orçamental, é um buraco nas palavras de Pedro Passos Coelho.

 Mentira n.º 8

 
Depois de várias tentativas de explicação do famoso desvio colossal, como as protagonizadas por Miguel Frasquilho ficou-se a perceber que tais declarações não correspondem à verdade e as explicações de Vítor Gaspar só mostram que as palavras foram mesmo usadas. O ministro sabia que havia palavras no meio mas parece que quem o informou e lhe encomendou o serviço não foi capaz de o esclarecer. É evidente que Passos Coelho mentiu no Conselho Nacional do PSD.

 O imposto extraordinário

Parece ser uma taxa suportada pelos que trabalham para que Passos Coelho chegue ao fim do anos e possa dizer que teve sucesso.
  
 

 O desvio colossal de Passos Coelho: novo aliado da Moody's

«Três notas sobre o lirismo trágico de Passos Coelho (desvio colossal, que frase tão inspiradora,ui!) na reunião da Comissão Política do PSD:

1.º - É uma frase verdadeira, mas despropositada.Revela que Passos Coelho ainda não abandonou o tom eleitoralista, num momento em que é necessário trabalhar arduamente - a todo o gás! - para cumprir os compromissos que derivam do acordo firmado com a troika.Já todos sabemos que os governos de José Sócrates deixaram uma pesada herança para as contas públicas do país que todos teremos de pagar. Os portugueses de hoje e de amanhã. São todos temos noção de que os adjetivos que caraterizam o anterior governo socialista são displicente, irresponsável, mesquinho. Tudo isso é verdade e incontroverso. Contudo, os portugueses já julgaram os responsáveis, castigando-os duramente nas urnas. O tal "desvio colossal" foi reprovado pelos portugueses, que elegeram Passos Coelho porque julgaram que era a pessoa mais adequada para endireitar o "desvio". José Sócrates pertence ao passado; Passos Coelho (e a coligação PSD/CDS em geral) têm como função escrever o futuro. Um futuro melhor para Portugal e para os portugueses. Neste momento, não é José Sócrates que está em causa - é Portugal. Ora, objetivamente, ver um Primeiro-ministro de um país - que é o nosso e de que nós tanto gostamos - afirmar que as finanças públicas nacionais apresentam um desvio colossal é de um mau gosto confrangedor! E não afeta José Sócrates que está lá longe em Paris a estudar Filosofia: afeta Portugal, ou seja, todos nós! Ressuscitar quezílias políticas, no presente contexto, é dar mais uma machadada fatal (?) na credibilidade do país. Será assim tão difícil perceber este facto - tão! - elementar?

2.º- Passos Coelho tornou-se um aliado de peso da Moody's. Então, o Primeiro-ministro indignou-se como todos os portugueses (e muito bem, com toda a razão) quando a Moody's desceu o rating da dívida pública nacional para o nível de "lixo" - para agora, vir confirmar precisamente um dos fundamentos invocadas pela agência de notificação financeira norte-americana para tomar tal decisão! A bota não joga com a perdigota: é o mesmo Passos Coelho que pediu uma reacção forte das instâncias europeias contra a Moody's e confessou que as medidas do Conselho Europeu são insuficientes! Mas então, deixem-me ver se percebi...Passos Coelho versão Primeiro-Ministro revolta-se contra a crescente perda de credibilidade financeira do Estado português; Passos Coelho versão líder do PSD afirma, sem qualquer problema, que há um desvio colossal nas finanças públicas...Pois é, só que os Primeiros-Ministros não devem ter o síndrome do Dr. Jekyl e Mr.Hide:devem defender - SEMPRE! - o interesse de Portugal. Quer seja numa reunião em Bruxelas, em São Bento ou num evento partidário. Tempos excepcionais requerem atitudes excepcionais: o Primeiro-Ministro sabia perfeitamente que as suas declarações, mesmo proferidas preferencialmente para militantes partidários, têm eco mediático. Consequências - e estas, por sinal, são bem negativas para a imagem de Portugal.
 
3.º - A desculpa de mau pagador chegou a ser pior do que o pecado original. Qual foi ela? Segundo o gabinete do Primeiro-Ministro, Passos Coelho falou em "desvio colossal" porque se encontrava numa sessão estritamente partidária. Ninguém compra esta desculpa - e só fica mal a quem a invoca. Porque dá a sensação de que quando Passos Coelho fala na condição de Primeiro-Ministro mente (ou distorce a realidade, para não ferir susceptibilidades) - e só fala verdade quando se dirige aos militantes e dirigentes do PSD! Quer dizer: afinal, o que Passos Coelho realmente pensa é o que diz ao seu partido - e não ao país! Ora, isto não ajuda a criar confiança nos portugueses para enfrentar os tempos complexos e agitados que vivemos e viveremos! Das duas, uma: ou Passos Coelho é muito ingénuo politicamente e - coitado! - temos de compreender o erro; ou então a sua equipa de assessores é, no mínimo, incompetente. Verdade seja dita que ter um governo ingénuo neste momento histórico não é reconfortante. Foi, de facto, um desvio colossal de prudência de Passos Coelho e sua equipa...
 
Por último, refira-se que, caso a oposição imponha a presença do Primeiro-Ministro no Parlamento para esclarecer o "desvio colossal", creio que Passos Coelho deve comparecer e não fugir ao assunto. Deve clarificar o que disse - só assim poderá atenuar os danos negativos para a credibilidade financeira do país, numa altura em que os holofotes internacionais estão aqui concentrados. Desmentir as declarações ou culpar os jornalistas é o pior que se pode fazer. Ao menos, que fique a lição para que esta situação não se repita no futuro.» [Expresso]

Autor:

João Lemos Esteves.
        

 Passos Coelho poupa os mais ricos

«Pedro Passos Coelho assumiu por inteiro a responsabilidade de isentar todos os rendimentos de capital do novo imposto extraordinário - notícia avançada esta manhã pelo DN.

Face aos estudos que lhe foram apresentados pelas Finanças não hesitou em tomar assim a decisão, em consonância com o ministro das Finanças, garantiram esta manhã duas fontes do governo ao DN, contrariando uma informação adiantada ontem por outras fontes que davam como certo que o chefe de Governo tinha tentado que as mais-valias e juros de aplicações financeiras fossem englobados na medida.

Entre os mais próximos do chefe de Governo, garante-se que a decisão teve como base "apenas" a "estabilidade do sector financeiro e a sua capacidade de cedência de crédito à economia", que Passos sabe estar já em situação difícil e que não quer arriscar fragilizar mais. A questão da inconstitucionalidade, embora tenha sido levantada, não terá pesado na decisão.» [DN]

Parecer:

Está a cumprir a determinação presidencial segundo a qual há limites para a austeridade.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Itália a caminho da "periferia"

«O índice de referência português, o PSI 20, duplicou a queda do início da sessão e segue agora a descer 1,91% para 6,770,12 pontos, com todos os títulos negativos, registando o pior desempenho no resto da Europa. O italiano FTSE Mib desce 1,12%, ao mesmo tempo que o espanhol Ibex 35 cai 0,89% e o francês Cac 40 cede 0,85%.

As bolsas europeias agravaram as perdas depois de a Itália ter realizado quatro leilões de dívida. Roma pagou juros recorde para convencer os investidores a absorver 5 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) entre 5 e 15 anos. Além disso, o montante global das emissões ficou 42% abaixo do valor máximo pretendido. Isto na véspera de o Senado italiano votar um pacote de austeridade de 40 mil milhões de euros, que esteve na base dos desentendimentos entre o primeiro-ministro Silvio Berlusconi e o seu ministro das Finanças, Giulio Tremonti.» [DE]

Parecer:

As maldades que esse Sócrates fez....

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Berlusconi se a culpa é mesmo do Sócrates.»
  
 Gestores portugueses com referências negativas no Google

«Apesar de mais de metade dos gestores portugueses ter, pelo menos, uma “ameaça à sua reputação” nas primeiras referências de pesquisa naquele motor de busca, no caso das empresas, a maioria não tem referências negativas nos 20 primeiros resultados da pesquisa (primeira página). São 37 por cento as que estão “associadas a pelo menos um resultado negativo”, de acordo com o Barómetro de Reputação Online Top 50 Euronext Lisbon hoje revelado na sede da praça portuguesa, em Lisboa.

O estudo, que contempla na análise o volume e a qualidade das referências também em redes sociais e outros sites, considera ainda “preocupante” o facto de 42 por cento dos empresários – executivos/ porta-vozes – estarem associados a três, quatro ou cinco referências negativas nos primeiros 20 resultados no Google, quando se procura pelo seu nome”.» [Público]

Parecer:

Pelo estado da economia e das empresas seria de esperar pior.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se aos gestores que façam por merecer opiniões positivas.»
  
 Águia-pesqueira vai ser introduzida no Alqueva

«Ao primeiro clique da máquina fotográfica, uma das aves pia. É um som alto, num timbre imponente, que a princípio parece cancelar os demais ruídos à volta, para imediatamente a seguir os despertar: uma cigarra que canta, um peixe a saltar da água, a brise leve sobre as azinheiras. Um novo clique, mais um pio e todos ali à volta - o biólogo Luís Palma, os representantes da empresa dona da propriedade, os jornalistas do PÚBLICO - a andar em bicos de pés, de modo a manter o máximo silêncio.

Silêncio, peixes, sombra e água fresca é tudo de que necessitam, neste momento, dez jovens águias-pesqueiras trazidas da Suécia e da Finlândia para as margens do Alqueva. Na terça-feira passada, cinco já ocupavam as grandes gaiolas de madeira montadas sobre palafitas, a poucos metros do espelho de água. Ontem à noite, chegariam mais cinco.» [Público]
    
 Não eram os finlandeses que se riam de nós

«Depois de a Nokia ter anunciado o despedimento de 1.900 trabalhadores na Finlândia, os receios sobre o futuro do país estão a fazer-se sentir e Timo Tyrvaeinen, economista-chefe do banco Aktia Oyj, admite que "a Finlândia tem um problema implícito de competitividade".
 
O economista, citado pela Bloomberg, admite que existe no país "um desequilíbrio das finanças públicas exacerbado pelo envelhecimento da população". "Dentro de 10 anos, podemos ter problemas similares aos que Portugal tem agora", comentou Timo Tyrvaeinen. » [Jornal de Negócios]

Parecer:

Pela boca morre o peixe.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Manifeste-se disponibilidade para ajudar a Finlândia.»
  
 As coisas a que Passos Coelho é obrigado

«Face aos estudos que lhe foram apresentados pelas Finanças, Pedro Passos Coelho não hesitou em tomar assim a decisão, em consonância com o ministro das Finanças, garantiram esta manhã duas fontes do governo ao DN, contrariando uma informação adiantada ontem por outras fontes que davam como certo que o chefe de Governo tinha tentado que as mais-valias e juros de aplicações financeiras fossem englobados na medida. Entre os mais próximos do chefe de Governo, garante-se que a decisão teve como base "apenas" a "estabilidade do sector financeiro e a sua capacidade de cedência de crédito à economia", que Passos sabe estar já em situação difícil e que não quer arriscar fragilizar mais. A questão da inconstitucionalidade, embora tenha sido levantada, não terá pesado na decisão.» [JN]
  
Parecer:

Prevendo a impopularidade da decisão o governo não esperou pela conferência de imprensa e fez passar a mensagem de que Passos Coelho seria contra a não aplicação do impostos extraordinário aos juros e mais-valias ma a isso foi obrigado pelos estudos apresentados pelo ministério das Finanças.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos Coelho se vai pedir desculpa aos portugueses que não mereceram a protecção do ministro das Finanças.»
  
 Nos EUA como cá

«A imprensa dos EUA está hoje em efervescência devido à forma como as conversações entre a Casa Branca e o Partido Republicano têm decorrido, tendo culminado com a saída do presidente Barack Obama da reunião de quarta-feira à noite de forma "abrupta", refere o New York Times, na edição digital.

Enquanto a reunião decorria, a agência de notação financeira Moody's colocava sob vigilância o 'rating' máximo dos EUA, com perspectivas de corte no futuro, caso não haja acordo entre as principais forças políticas para aumentar o nível da dívida, que se encontra, neste momento em 14,29 biliões de dólares, algo que a Standard & Poor's também já tinha ameaçado.

O Washington Post 'online' fala num cenário "potencialmente catastrófico", enquanto o Financial Times descreve as negociações entre a Casa Branca e os republicanos como "rancorosas", ao passo que o Los Angeles Times fala em "falência desastrosa" caso haja mesmo um 'default' no dia 2 de agosto.» [DN]

Parecer:

Faz lembrar o PEC IV.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Atribuam-se as culpas a Sócrates.»
  
 Até na justiça a carne é fraca

«Segundo nota da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), a investigação comprovou que "não houve acesso a processos em segredo de justiça, que não houve prejuízo para as investigações criminais nem para os direitos fundamentais dos arguidos ou das vítimas". A PGDL assegura que todos os factos apurados envolvem "actuações de natureza individual que não colocam nem nunca colocaram em risco a segurança dos processos ou a responsabilidade funcional" daqueles que exercem funções no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP). A propósito de uma notícia de hoje do Correio da Manhã, segundo a qual uma "magistrada passa informações a falso PJ", a PGDL refere também que foi aberto inquérito-crime em Setembro de 2009 para "urgente apuramento de todos os factos" imputáveis ao homem que conviveu com uma procuradora-adjunta e era conhecido de outra magistrada, fazendo-se passar por polícia.
  
Segundo a PGDL, a investigação decorreu com a "celeridade e a eficácia exigíveis" e teve como resultado a obtenção da verdadeira identificação do homem e a verificação de que se encontrava evadido desde Junho de 2003 na sequência de uma saída precária da prisão. A PGDL adianta que, após esta comprovação, foram realizadas com "êxito" todas as diligências policiais de localização do paradeiro homem, que veio a ser preso. Na sequência dos factos ocorridos, a PGDL lembra também que foi instaurado processo para apurar eventual responsabilidade disciplinar individual das duas procuradoras-adjuntas envolvidas nesta ligação pessoal, estando "em curso as investigações" que se mostrem necessárias.

"Foram assim ordenadas tempestivamente todas as medidas adequadas e proporcionadas à protecção da integridade e da honra dos serviços, da normalidade do seu funcionamento e do bom nome do MP e ainda à indiciação dos inúmeros crimes de burla imputáveis ao arguido - que se encontra preso em cumprimento de pena em consequência desta investigação", conclui a PGDL. Contudo, de acordo com a notícia hoje publicada, a investigação apurou que o burlão conseguiu quebrar a segurança do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), acedendo a informações do MP.» [DN]

Parecer:

Uma procuradora um pouco distraída.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Uma ministra da Justiça muito desastrada

«O Governo terá detectado uma derrapagem no Ministério da Justiça, o que terá justificado a ausência de Paula Teixeira da Cruz no Conselho Nacional do PSD de terça-feira à noite, segundo revela hoje o Diário Económico. Questionada pela Lusa sobre a referida derrapagem, a ministra afirmou que o Governo vai "avaliar integralmente" os números. "Posso dizer que neste momento há números que nos inquietam muitíssimo, o secretário de Estado Fernando Santo já falou nos 38 milhões só em arrendamentos, numa gestão muito aleatória de todo o património do Ministério da Justiça, estamos a concluir essa avaliação", afirmou.» [DN]

Parecer:

alguém soprou para a comunicação social que o desvio colossal na despesa pública tinha que ver com uma derrapagem na justiça, a pobre ministra até teve que fazer horas extraordinárias para fazer as contas, o que a impediu de estar presente no Conselho Nacional. Agora o ministro das Finanças veio dizer que não havia um buraco nas contas públicas mas sim na transcrição das palavras de Passos Coelho.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»