segunda-feira, junho 18, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Guincho-comum [Larus ridibundus], Terreiro do Paço, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


  
"Força Portugal", Vila Real de Santo António [A. Moura]
  
A mentira do dia d'O Jumento
 
 
Depois de ter metido dois velhos e duas crianças em cada cama para aumentar a capacidade dos lares e das creches o Lambretas decidiu encerrar uma boa parte das creches e infantários. O Lambretas não quer ficar atrás do sô Álvaro porque não se cansa de dizer que os louros de dar a tantos trabalhadores despedidos a oportunidade de mudarem de vida é dele, ao fechar as creches espera que um dia se fale do baby Lambretas.

Ao encerrar as creches os país e crianças deste país ficam em dívida com o Lambretas, devem-lhe a oportunidade de conviverem mais. Obrigando a serem os pais a cuidar dos filhos, não só obriga os pais a autorizarem as mães a deixarem de trabalhar para cuidaro dos filhos, como terão a oportunidade de conviver mais com as crianças. Daqui a uns anos falaremos da geração que beneficiou desta política e foi educada em casa, será a geração Lambretas.

Jumento do dia


Paulo Macedo, Opus ministro da Saúde

Se Paulo Macedo fosse um ministro competente em vez de ter decidido o encerramento da Maternidade escondendo-se depois atrás de fórmulas administrativas para não assumir responsabilidades, teria esperado pelos pareceres de quem sabe e decidido tendo esses pareceres.

Só que Pualo Macedo não é nem um ministro competente nem um político corajoso, uma coisa é subir à custa do trabalho alheio, outra é estar à altura de ser ministro da Saúde.

«A proposta da Comissão Nacional de Saúde Materna é conhecida precisamente na semana em que o Governo deu como certo o encerramento da maternidade Alfredo da Costa até final do ano e a transferência das equipas para o Hospital D. Estefânia.
  
Na proposta da Carta Hospitalar Materna, da Criança e do Adolescente, a que a agência Lusa teve acesso, a comissão, liderada pelo pediatra Bilhota Xavier, sugere igualmente a integração das maternidades Bissaya Barreto e Daniel de Matos (ambas em Coimbra) num único Departamento/Serviço de Ginecologia-Obstetrícia e Serviço de Neonatologia.» [Expresso]
 
 Europeu: Portugal teve melhores argumentos
 
   
Onze por todos, todos por dez

O governo tem onze ministros mas um que só aparece quando lhe parece que não perde nada ou para se armar em chefe da diplomacia económica.
 
 Nem todos investem o seu capital nas vitórias holandesas
 
 
Quando um presidente se ajeita...



Alegre, cidadania e maternidades


Eu ainda sou do tempo em que o Manuel Alegre, uma senhora que é vereadora da CML e mais uns rapazes e raparigas eram grandes defensores da cidadania, preocupavam-se com tudo o que o governo fazia, protestatavam por tudo e por nada, estavam  permanentemente encontrando motivos para serem grandes defensores da democracia e do exercício livre da cidadania.

Um dos momentos mais altos destas moçoilas e rapazolas defensores da cidadania contra o maldito Sócrates foi o encerramento da decadente maternidade privada de Elvas, aqui d'El Rei que é melhor nascer português numa maternidade do século XIX do que nascer espanhol. Estes senhores e outros interessados nos negócios do IPO foram determinantes para demitir Correia de Campos, um dos mais competentes ministros que passaram por este país.

Onde estão essas moçoilas, esses rapazolas e o Alegre da voz grossa agora que um qualquer director decidiu encerrar um dos centros hospitalares de qualidade do país, a maternidade Alfredo da Costa. Ok, se o Sócrates fosse o primeiro-ministro estariam todos à portas dos jornais, mas como não é e não ficaram zangados por a direita não lhe ter dado tachos desapareceram.

Pobre povo se a sua cidadania dependesse desta gente.
 
 

Respeito, por favor

«No debate parlamentar da última sexta-feira, o primeiro-ministro mostrou desconhecer a decisão do seu Governo sobre o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa. A situação chegou mesmo a ser constrangedora quando, fazendo um ar muito sério para dizer que não governava pelos jornais, viu Francisco Louçã mostrar-lhe o comunicado oficial do Governo anunciando a data de fecho da Maternidade. Não foi o único assunto em que Passos Coelho mostrou não estar devidamente informado: sobre as condições do resgate financeiro a Espanha nada sabia e também mostrou desconhecer como seriam feitas as negociações sobre as rendas no sector da energia.
Nenhum dos assuntos será de somenos importância. Não serão matérias em que se possa dizer que o primeiro-ministro, coitado, não pode saber tudo. Digamos que desconhecer uma decisão sobre o encerramento da principal maternidade do País, não estar preocupado se as condições do resgate espanhol serão diferentes das nossas e ignorar as linhas mestras das negociações sobre as rendas energéticas que tanto custam ao erário público não deixará os portugueses propriamente descansados sobre a atenção que o primeiro-ministro dá a dossiers com tanta relevância para o País.
  
Infelizmente, não é a primeira vez que Passos Coelho mostra, em pleno Parlamento, que parece ignorar temas importantes ou que, pura e simplesmente, não está informado sobre as acções e declarações dos seus ministros. Foi assim com a necessidade ou não da apresentação dum PEC, em que entrou em contradição com Vítor Gaspar e foi assim com a trapalhada monumental acerca da cobrança de portagens na Ponte 25 de Abril, em que no mesmo debate deu três versões distintas sobre o assunto. Só lembrando dois exemplos flagrantes.
  
Nunca é demais recordar que os momentos em que um primeiro-ministro vai ao Parlamento são importantes. É lá que tem de responder perante os representantes dos portugueses acerca dos vários aspectos da governação. Ir ao Parlamento não é um pró-forma. Quando responde evasivamente aos deputados, quando mostra ignorar assuntos ou quando exibe desconhecimento sobre aspectos centrais da actuação dos seus ministros, mostra, não há outra maneira de o dizer, desprezo pelo Parlamento, e isso é imperdoável.
  
Claro está, e já toda a gente percebeu, que a coordenação política do Governo é inexistente, o que leva a que um ministro diga uma coisa, outro ministro outra completamente diferente e que o primeiro-ministro ignore o que cada um diz e faz. Mais, se o ministro dos Assuntos Parlamentares não consegue ajudar o primeiro-ministro a responder às perguntas dos deputados, o que é que lá está a fazer? Será que também só soube pelos jornais da data de encerramento da Alfredo da Costa?
   
É, também, cada vez mais evidente que o gabinete do primeiro-ministro não funciona de forma competente, pelo menos no aspecto fulcral de preparar Passos Coelho com a informação adequada para os debates parlamentares - é preferível pensar assim, do que pensar que o primeiro-ministro prefere não estudar os dossiers que lhe serão ou não entregues.
  
Tudo isto parece razoavelmente claro, convém porém não esquecer o essencial: a responsabilidade, em derradeira instância, é do primeiro-ministro. Não vale a pena tentar encontrar bodes expiatórios. Quem mostra desprezo pelo Parlamento é o primeiro-ministro e o responsável por não haver coordenação política no Governo é, também, o primeiro-ministro.
Não mostrar respeito pelo Parlamento é não mostrar respeito pelos eleitores, e isso é, não custa repetir, imperdoável.» [DN]

Autor:

Pedro Marques Lopes.
    

Brasil quer engenheiros e arquitectos

«Engenheiros e arquitetos portugueses terão um novo mercado de trabalho do outro lado do Atlântico. Num ano, o Governo brasileiro pretende reconhecer os diplomas desses profissionais portugueses e abrir as suas portas a uma onda de imigrantes altamente qualificada.
  
"Isso é viável no curto prazo para os profissionais que vêm de universidades portuguesas que têm excelência em ensino. Acredito que o processo possa levar no máximo um ano, mas espero que até o final deste possamos dar resposta a isso. Vamos trabalhar fortemente para poder reconhecer esses diplomas", antecipou ao Expresso o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, ex-senador e homem forte do Partido dos Trabalhadores de Lula e Dilma Rousseff.
  
Essa será a resposta que Mercadante dará ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, quando se reunirem na semana que vem no Rio de Janeiro durante a conferência Rio +20. Em maio, o ministro Paulo Portas pediu a Aloízio Mercadante o reconhecimento dos diplomas portugueses nas áreas de engenharia e arquitetura.» [Expresso]

Parecer:

O problema é que no Brasil como em Portugal os interesses dos grupos corporativos são mais poderosos do que os interesses do país e um arquitecto português no Brasil é tratado como se tivesse a escolaridade mínima obrigatória e quando é reconhecido é para trabalhar na clandestinidade, com salários baixos e sem direitos.

Se o Brasil quer engenheiros e arquitectos que os forme, que pague o custo das universidade e promova a formação dos seus cidadãos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
 

 Ricos escolhem a esquerda, tesos agarram-se à direita
   
«Segundo as estimativas de resultados da segunda volta obtidas pela AFP, os socialistas do Presidente François Hollande conseguem a maioria absoluta nas legislativas. A abstenção bate recordes, chegando aos 44%.
  
A maioria absoluta (entre 312 e 326 deputados em 577) dispensa o apoio dos Verdes no Parlamento, com os quais tem um acordo de Governo, e sobretudo da esquerda radical, cujas posições sobre a economia e a Europa são diferentes das suas.» [DN]
   
Parecer:

Enfim, é o que acontece quando o Finantial Times e os boches se metem nas eleições alheias.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»