segunda-feira, outubro 30, 2017

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Francisco Assis

O senhor que em tempos disse que representava mais de metade do eleitorado do PS parece gostar de aparecer sempre que o PS parece estar a enfrentar dificuldades. Lamentavelmente aparece sempre do outro lado. Até parece que está à espera de uma oportunidade para ser candidato à liderança do PS.

«“O Presidente vai ter um papel-chave nos próximos anos. Tem uma relação com o país que mais ninguém tem. Com a perspetiva de um segundo mandato ficará 10 anos. António Costa não tem interesse em alimentar qualquer conflito”, afirma ao Expresso o eurodeputado do PS, Francisco Assis.

“Surpreendeu-me bastante a reação do PS. Foram sinais de alguma desorientação e não interessa estabelecer um conflito institucional. O PR pode ser o promotor de outros entendimentos noutras áreas nos próximos tempos, como na Europa ou na economia”, acrescenta, referindo-se nomeadamente ao ataque do “Ação Socialista” a Marcelo.

O eurodeputado acha que a reação da ala costista foi “epidérmica” face a um Presidente que sai “totalmente reforçado”, mas não acredita que Marcelo queira “obstaculizar” o Governo. “A poeira vai assentar, embora o ambiente vá ser diferente. O PSD está a recompor a sua liderança”.”» [Expresso]

 Os malucos do Riso e o governo de Santana Lopes



 Dúvidas que me atormentam

Se os incêndios tivessem ocorrido numa região onde o partido do Presidente tivesse menos expressão eleitoral haveria tanto empenhamento quer do Presidente da República, quer os partidos que o apoiaram nas eleições presidenciais?

É bom lembrar os tempos de Cavaco Silva, quando todas as atenções e investimentos iam para as zonas onde o PSD tinha maior implantação.

 Catarina Martins e a Catalunha

Compreende-se que Catarina se tenha excitado tanto com a declaração de independência da Catalunha e  argumente com a autodeterminação e independência, como se a Catalunha fosse uma colónia espanhola na Oceania. Uma lutinha pela independência ficaria bem no currículo do BE, talvez por isso a líder do BE tenha ignorado que apoiou uma nacionalismo ideológico apoiado por uma parte minoritária da população da Catalunha que visa apenas poupar deixando de dar um contributo para as regiões menos ricas da Espanha.

   
 Outro com a mania dos afetos
   
«“Quando escolherem têm de saber que liderança querem: uma liderança mais austera, distante, mais calada, mais seca — eu estou a repetir a preocupação do défice zero e a preocupação do chamado banho de ética e mais uns pontos — ou a proximidade das pessoas.”

O ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa aproveitou a sua intervenção, perante 200 militantes, para responder a Pacheco Pereira que, no programa Quadratura do Círculo da SIC Notícias, acusou o candidato à liderança social-democrata de ter passado “toda a vida” a “conspirar” contra as direções do partido, tendo mesmo tentado criar “um partido novo que concorresse com o PSD”.

“O Dr. Pacheco Pereira esta semana acusou-me de já ter conspirado, nestes 40 anos de militância partidária. Eu diria mal seria se assim não fosse. Todos nós já conspirámos um bocadinho.”» [Observador]
   
Parecer:

Todos sabemos que Marcelo rebelo de Sousa é uma espécie de Santana Lopes mais inteligente, mas educado e de melhores famílias, até pode parecer óbvio que o agora candidato à liderança do PSD é o primeiro-ministro com a personalidade ideal para completar o agora presidente. Mas a colagem de Santana à imagem dos afetos de Marcelo é uma manobra ridícula, pouco digna de um potencial candidato a primeiro-ministro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 A anedota do dia
   
«O secretário de Estado para as Migrações e Asilo, Theo Francken, do partido independentista flamenco N-Va, declarou hoje que o presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, tem a opção de solicitar "asilo político" na Bélgica.

"O presidente catalão Puigdemont pode solicitar asilo político" na Bélgica, afirmou Francken através da sua conta no Twitter.» [DN]
   
Parecer:

Esperemos que a Catarina Martins não se antecipe e exija ao governo que dê exílio ao defensor da secessão da Catalunha.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»