Desde sempre assumi e respeitei a minha independência partidária ainda que nunca tenha omitido as minhas opções de voto ou a simpatia partidária, tem sido minha opção uma participação política fora do quadro partidário e, não raras vezes, manifestei a insuficiência dos actuais partidos.
Ao fim de três anos de blogosfera concluo que independentemente da possibilidade do exercício da cidadania política fora do quadro partidário, a forma mais eficaz de intervir na vida política é através dos partidos. Não acreditando em novas aventuras partidárias, bastou-nos a desgraça que foi o partido do Ramalho Eanes, optei por aderir ao Partido Socialista.
Todavia, limitarei essa participação partidária no quadro de uma actividade de base, recusando-me a intervir partidariamente no contexto profissional, quer porque discordo da intervenção de células partidárias, quer porque num momento em que o ministério das Finanças entra numa fase de reestruturação, com lugares de chefia que davam para encher umas quantas barracas da Feira do Relógio, poderia ser acusado de oportunismo.
Limitando o meu respeito pela disciplina partidária às actividades partidárias procurarei manter n’O Jumento a linha de independência que sempre o caracterizou e quando isso for impossível terminará a minha experiência partidária.
