segunda-feira, abril 09, 2007

Segunda-feira de Pascoela


Terminada a Quaresma e chegados à Segunda-feira de Pascoela é tempo de fazer o balanço das “amêndoas” que por cá foram distribuídas. Num primeiro balanço parece ser poucos os que se podem gabar de andar com a boca doce.

Sócrates ainda anda a chupar nas suas amêndoas sem saber se no fim vai morder numa amêndoa amarga, ele que tem sido o exímio gestor da sua própria imagem errou ao tentar desvalorizar e fazer esquecer os seus pecadilhos universitários pelos métodos habituais e, como se isso não bastasse, esqueceu que nesta história do canudo há uma abordagem anedótica que pode ser demolidora para qualquer político. Na ausência de explicação os portugueses optaram pelas abordagens mais humorísticas transformando o primeiro-ministro em bobo da corte.

Marques Mendes continua a abastecer-se de amêndoas nos almoços da Santa Casa pois por mais pulos que dê não há nada que leve a pular nas sondagens, por mais estratégias que dê o resultado é sempre o mesmo, fica a mastigar em seco.

Lá para os lados do largo das caldas ainda não se sabe quem vai comer as amêndoas, Portas tentou roubar as amêndoas a Ribeiro e Castro que estava convencido que a Páscoa seria como sempre foi e as amêndoas seriam servidas na hora certa.

Quem também deve andar com a boca amarga é Belmiro de Azevedo, com a Opa à PT tentou ficar com as amêndoas todas para ele, agora que está a preparar para abandonar o comando do grupo por já estar a ficar sem dentes. No mundo da doçaria financeira Belmiro de Azevedo não foi o único a ficar com amargos de boca, Paulo Teixeira Pinto também pensava que a ia adoçar com o BPI e saiu-lhe uma amêndoa com casca tão dura que até ao momento ainda não sabe como partir. Com a boca meio doce, meia amarga ficou o Ricardo Salgado do BES, não permitiu que o Belmiro lhe roubasse as amêndoas do cesto da PT mas, em contrapartida, ainda não conseguiu convencer Sócrates a levar a amendoeira da Ota lá mais para junto dos seus investimentos, esforço agronómico que partilha com o Belmiro de Azevedo contando com a ajuda do Público.